Go to full page →

O que as provações nos ensinam, 10 de Dezembro RC 350

Porque os Meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os Meus caminhos, diz o Senhor. Isaías 55:8. RC 350.1

O obreiro de Deus muitas vezes considera as atividades da vida como sendo essenciais para o progresso da obra. Ele vê a si próprio como uma necessidade, e o eu é associado a tudo que é dito e realizado. Então Deus Se interpõe, e afasta Seu filho para longe das coisas terrenas, que atraem sua atenção, a fim de que possa contemplar a Sua glória. Ele diz: “Esta pobre alma perdeu de vista a Mim e a Minha suficiência. Seus olhos não se acham fixos em seu Senhor. Preciso espalhar Minha luz e Meu poder vitalizador em seu coração, e desse modo prepará-lo para trabalhar na direção certa. Ungindo seus olhos com o colírio celestial, prepará-lo-ei para receber a verdade.” RC 350.2

O Senhor é compelido a fortalecer o coração contra a auto-suficiência e a presunção, de modo que o obreiro não considere suas falhas como virtudes, e desse modo se perca em virtude de exaltação própria. Às vezes o Senhor abre caminho para a humanidade através de um processo doloroso; a obra de purificação é uma grande obra, e sempre acarretará sofrimento e provação ao homem. Mas ele precisa passar pela fornalha até que o fogo tenha consumido a escória, e ele possa refletir a imagem divina. RC 350.3

Os que seguem suas próprias inclinações não são bons juízes do que o Senhor está fazendo, e estão cheios de descontentamento. Vêem fracasso onde há triunfo, e perda onde há ganho. Como Jacó, estão prontos a exclamar: “Todas estas coisas me sobrevêm” (Gênesis 42:36), quando as próprias coisas das quais reclamam estão juntamente contribuindo para o seu bem. “Os Meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os Meus caminhos, diz o Senhor”. Isaías 55:8. ... RC 350.4

Pensemos um pouco na experiência de Paulo. No exato momento em que os esforços do apóstolo pareciam ser mais necessários para fortalecer a provada e perseguida igreja, sua liberdade lhe foi tirada, e ele foi acorrentado. Mas esta foi a oportunidade para o Senhor atuar, e preciosas foram as vitórias obtidas. RC 350.5

Quando, segundo todas as aparências, Paulo podia fazer o mínimo, foi que a verdade teve entrada no palácio real. Não foram os magistrais sermões de Paulo que atraíram a atenção desses grandes homens, mas as suas cadeias. Através de seu cativeiro ele se tornou um conquistador para Cristo. A paciência e mansidão com as quais ele se submeteu ao seu longo e injusto confinamento, levou esses homens a dar valor ao caráter. Ao enviar a última mensagem aos seus amados na fé, Paulo acrescenta às suas palavras as saudações desses santos da casa de César aos santos em outras cidades. — Signs of the Times, 21 de Fevereiro de 1900. RC 350.6