Mas a misericórdia do Senhor é de eternidade a eternidade, sobre os que O temem, e a Sua justiça, sobre os filhos dos filhos, para com os que guardam a Sua aliança e para com os que se lembram dos Seus preceitos e os cumprem. Salmos 103:17-18. JMM 182.1
A misericórdia é um atributo de que o instrumento humano pode participar, juntamente com Deus. Como fez Cristo, assim pode o homem apoderar-se do braço divino e manter comunicação com o poder divino. Foi-nos dado um serviço de misericórdia para ser feito em favor de nossos semelhantes. Efetuando esse serviço, trabalhamos em sociedade com Deus. Bem faremos, pois, em ser misericordiosos, como é misericordioso nosso Pai no Céu. JMM 182.2
“Misericórdia quero”, diz Deus, “e não sacrifício”. Mateus 9:13. A misericórdia é bondosa, compassiva. A misericórdia e o amor de Deus purificam a alma, aformoseiam o coração e limpam do egoísmo a vida. A misericórdia é uma manifestação do amor divino e é manifestada pelos que, identificados com Deus, O servem, refletindo a luz do Céu sobre o caminho dos semelhantes. JMM 182.3
O estado de muitas pessoas requer a prática da genuína misericórdia. Os cristãos, em seus negócios uns com os outros, devem ser controlados pelos princípios da misericórdia e amor. Devem aproveitar todas as oportunidades de ajudar seus semelhantes em aflição. O dever de todo cristão está claramente delineado nas palavras: “Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados; dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. Lucas 6:37-38. “Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles”. Lucas 6:31. Esses são os princípios que bem faremos em cultivar. JMM 182.4
Que os que desejam aperfeiçoar um caráter cristão sempre tenham em mente a cruz na qual Cristo morreu morte cruel, para redimir a humanidade. Nutram sempre o mesmo espírito misericordioso que levou o Salvador a fazer, para nossa redenção, um sacrifício infinito. — The Signs of the Times, 21 de Maio de 1902. JMM 182.5