Porque o Filho do Homem é senhor do sábado. [...] É lícito, nos sábados, fazer o bem. Mateus 12:8, 12. JMM 139.1
Jesus tinha lições que desejava ensinar a Seus discípulos, para que quando não mais estivesse com eles, eles não fossem iludidos pelas distorções enganosas dos sacerdotes e autoridades com respeito à correta observância do sábado. Ele removeria do sábado as tradições e exigências com as quais os sacerdotes e líderes tinham sobrecarregado o sábado. JMM 139.2
Ao passar por uma plantação de grãos no dia do sábado, Ele e Seus discípulos, famintos, começaram a arrancar espigas de grão e comer. “Os fariseus, porém, vendo isso, disseram-Lhe: Eis que os Teus discípulos fazem o que não é lícito fazer em dia de sábado”. Mateus 12:2. Para responder à acusação deles, Ele os dirigiu ao ato de Davi e outros, dizendo: “Não lestes o que fez Davi quando ele e seus companheiros tiveram fome? Como entrou na Casa de Deus, e comeram os pães da proposição, os quais não lhes era lícito comer, nem a ele nem aos que com ele estavam, mas exclusivamente aos sacerdotes? Ou não lestes na Lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa? Pois Eu vos digo: aqui está quem é maior que o templo”. Mateus 12:3-6. JMM 139.3
Se a fome excessiva isentou Davi da violação até mesmo da santidade do santuário, e tornou seu ato inocente, quanto mais desculpável era o simples ato dos discípulos de arrancar espigas e comê-las no dia de sábado! Jesus desejava ensinar a Seus discípulos e a Seus inimigos que o serviço de Deus vinha em primeiro lugar, e que se a fadiga ou fome acompanhassem o trabalho, era correto satisfazer as necessidades humanas mesmo no dia de sábado. [...] JMM 139.4
Obras de misericórdia e de necessidade não são transgressões da lei. Deus não condena essas coisas. O ato de misericórdia e necessidade ao passar por uma plantação, de arrancar espigas de trigo, esfregar os grãos nas mãos e comê-los para satisfazer a fome, Ele declarou estarem de acordo com a lei que Ele mesmo tinha proclamado no Sinai. Desse modo declarou-Se inocente diante dos escribas, autoridades e sacerdotes, diante do universo celeste, e diante dos anjos caídos e dos homens caídos. — The Review and Herald, 3 de Agosto de 1897. JMM 139.5