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5. Matérias Práticas para o Currículo EEC 119

“Os estudantes se acham em nossas escolas a fim de receber um preparo especial e estar familiarizados com todos os ramos de serviço, de modo que, se tiverem que sair como missionários, sejam independentes e capazes, e, assim, por meio de sua aprimorada habilidade, possam prover-se do conforto e acomodações necessários” (Testemunhos para a Igreja, Vol. 6, p. 208). EEC 119.1

“Os estudos, no geral, deveriam ser poucos e bem escolhidos, e os que frequentam nossos colégios devem receber preparo diverso do que é ministrado nas escolas comuns da atualidade” (Christian Education, p. 47). EEC 119.2

Além das disciplinas consideradas essenciais, temos o seguinte currículo disciplinar que nossas escolas deveriam ensinar, para que o aluno, ao deixar a instituição, esteja não somente equipado para ensiná-las a outros, mas usá-las para seu próprio sustento: EEC 119.3

Carpintaria e construção: — EEC 119.4

“Sob a liderança de carpinteiros experientes ... os próprios alunos deveriam erguer prédios no terreno da escola... aprendendo a construir com economia” (Testemunhos para a Igreja, Vol. 6, p. 176). EEC 119.5

Jardinagem, agricultura e plantio de frutas: — EEC 119.6

“O estudo da agricultura deve ser o ABC da educação dada em nossas escolas. ... Devem-se plantar frutas miúdas, cultivar verduras e flores... [Os estudantes] devem dedicar-se ao plantio de árvores ornamentais e de frutas” (Ibid., p. 179, 181). EEC 119.7

Ofícios variados: — EEC 119.8

“Devem também ser feitos preparativos para ensinar ferraria, pintura, confecção de calçados, arte culinária, produção de pães, lavanderia, consertos de roupa, datilografia e impressão” (Ibid., p. 182). EEC 119.9

Criação de animais e aves: — EEC 119.10

“Os alunos aprendem a... cuidar com sabedoria do gado e das aves” (“An Appeal for the Madison School,” p. 1). EEC 119.11

Enfermagem: — EEC 120.1

“O treinamento para a obra médico-missionária é um dos maiores objetivos para o estabelecimento de qualquer escola” (Idem). EEC 120.2

Deveres domésticos: — EEC 120.3

“Tanto rapazes quanto moças deveriam obter conhecimento sobre deveres domésticos. Fazer a cama e arrumar o quarto, lavar a louça, preparar uma refeição, lavar e consertar sua própria roupa, tudo isso constitui um treinamento que não tornará um rapaz menos varonil. ... Que as moças, por outro lado, aprendam a arrear, cavalgar, usar a serra e o martelo, assim como o ancinho e a enxada” (Educação, p. 216). EEC 120.4

Cozinha e costura: — EEC 120.5

“Deveria ter havido professoras experientes para dar aulas às jovens no departamento culinário. As moças deveriam ter aprendido a confeccionar roupas, a cortar, fazer e consertar artigos de vestuário” (Christian Education, p. 19). EEC 120.6

Manutenção própria: — Os estudantes “têm aprendido a se tornar autossustentáveis, e um treinamento mais importante do que esse eles não poderiam receber” (“An Appeal for the Madison School,” p. 1). “E a lição do auxílio de si mesmo aprendida pelo estudante, muito faria no sentido de preservar as instituições de ensino do peso das dívidas” (Educação, p. 221). EEC 120.7

Trabalho manual: — Há uma ciência no trabalho manual que os educadores cristãos devem reconhecer. Ele desenvolve o cérebro, e é um meio para a conservação do físico. Os cientistas descobriram que o desenvolvimento mental simétrico é impossível à parte desse preparo físico, visto que, por meio do trabalho manual, uma área importante do cérebro é desenvolvida. Vale repetir, um tempo de angústia está adiante de nós, em que os que estiverem “na linha da verdadeira educação” não terão acesso a máquinas que são tão comuns hoje em dia, e muito do que agora é feito em fábricas e oficinas deverá necessariamente ser feito à mão. Mas o sucesso nessa reforma, como em qualquer outra, será proporcional ao amor pela causa. O educador que falou do treinamento manual como sendo “educação de cabo de enxada”, veio de uma escola cujo conselho diretivo havia fornecido instalações para o ensino da agricultura e de várias ocupações, mas todas elas haviam sido negligenciadas. A atitude desse professor fez com que os alunos sentissem que essas matérias importantes eram apenas secundárias. EEC 120.8

A necessidade de uma mudança no programa: — Muitas das disciplinas do currículo, como o Senhor tem dito, não são essenciais e deviam ser eliminadas. Esses estudos práticos, segundo o conselho divino, são essenciais, mas não podem encontrar seu devido lugar ao lado das disciplinas intelectuais até que o programa de ensino, seguido por anos a fio e moldado segundo a velha ordem, seja radicalmente mudado para atender às novas demandas. Repetimos que é necessário fazer uma série de reformas radicais antes de um programa poder ser implantado e propiciar aos estudantes a oportunidade de pagar suas despesas escolares enquanto estudam. EEC 120.9

“Precisamos de escolas que sejam autossuficientes, e isso pode ser feito se professores e alunos forem úteis, industriosos e econômicos” (“Words of Encouragement to Self-supporting Workers”, p. 28 [24 de janeiro de 1907]). EEC 121.1

Devemos ter escolas com esse perfil para treinar os missionários que Deus requer para o alto clamor. EEC 121.2

Escolas de uma nova ordem: — EEC 121.3

“O plano das escolas que estabeleceremos nesses anos finais da obra deve ser de uma ordem completamente diferente dos que temos instituído. ... Há entre nós muito apego a velhos costumes; e por causa disso estamos muito aquém de onde deveríamos estar no desenvolvimento da terceira mensagem angélica. Como os homens não puderam compreender o propósito de Deus nos planos anteriormente feitos para a educação de obreiros, têm-se seguido métodos em algumas de nossas escolas que mais retardaram a obra de Deus do que a fizeram progredir” (“The Madison School”, p. 29). EEC 121.4

Verificamos que, na escola sob a nova ordem de coisas, além de outros estudos essenciais, EEC 121.5

“os estudantes aprendem a cultivar as próprias lavouras, a construir as próprias casas e a cuidar com sabedoria do gado e de aves. Eles têm aprendido a se tornar autossustentáveis, e não poderiam receber treinamento mais importante do que esse. Desse modo, eles têm obtido uma educação valiosa para a utilidade em campos missionários. EEC 121.6

“A isso é acrescentado o conhecimento de como tratar os doentes e cuidar dos feridos. Essa formação para o trabalho médico-missionário é um dos objetivos mais grandiosos para os quais qualquer escola possa ser estabelecida... A obra educacional da escola e do sanatório podem avançar de mãos dadas. A instrução dada na escola beneficiará os pacientes, e a instrução dada aos pacientes do sanatório será uma bênção para a escola... A qualidade da educação proporcionada ... é tão elevada que será considerada um tesouro de grande valor por aqueles que assumirem a obra missionária nos campos estrangeiros. Se muitos mais em outras escolas estivessem recebendo um treinamento semelhante, nós, como povo, seríamos um espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens. A mensagem seria rapidamente levada a todos os países, e almas agora na escuridão seriam trazidas para a luz. EEC 121.7

“Em breve chegará o tempo em que o povo de Deus, por causa da perseguição, será disperso em muitos países. Aqueles que têm recebido uma educação integral estarão em grande vantagem onde quer que se encontrarem. O Senhor revela sabedoria divina em assim conduzir Seu povo para que treinem todas as suas faculdades e capacidades para a obra de espalhar a verdade. ... Vocês não têm nenhum tempo a perder. Satanás logo se levantará para criar obstáculos; que a obra vá adiante enquanto pode. ... Então a luz da verdade será irradiada de forma simples e eficaz, e uma grande obra será realizada para o Mestre num curto espaço de tempo. ... Temos de aprender a nos contentar com alimentos e roupas simples, para que possamos poupar muitos recursos para investir na obra do evangelho” (“An Appeal for the Madison School,”p. 1-3). EEC 122.1

Há esperança: — É dever de vocês, como estudantes, buscar descobrir qual é o plano de Deus para as nossas escolas, e que esta concisa exposição os capacite a entender melhor o tipo de educação que existia em nossas escolas mais antigas, de modo que possam evitá-la. Permitam-me impressioná-los novamente com o pensamento de que vocês devem buscar a ajuda do Senhor para impedir que jugos mundanos de educação sejam postos sobre vocês, mesmo sendo pelos professores de vocês. Lembrem-se de que Deus disse estas enfáticas palavras para nós, professores e alunos: EEC 122.2

“Estamos em positivo perigo de trazer para nossa obra educacional os costumes e modas que prevalecem nas escolas do mundo” (“The Madison School”, p. 28). EEC 122.3

Despendemos anos de peregrinação no deserto da educação mundana. Se nos faltar fé e coragem para adotar essa reforma, Deus levantará homens que a empreenderão. Sabemos de educadores seculares que olham com favor o plano educacional que nos foi entregue. Por exemplo, o atual presidente do Comissariado de Educação dos Estados Unidos, Dr. P. P. Claxton, como Horace Mann fez no passado, tem simpatia por esse plano; e depois de visitar um bom número de escolas que estão se esforçando para implantar essas reformas, expressou a um grupo de professores sua apreciação pelo sistema educacional nas seguintes palavras: EEC 122.4

“Eu gostaria muito que me fosse possível estar presente na reunião de professores e enfermeiros das escolas nas colinas que vocês estão realizando esta semana. Estou grandemente interessado no trabalho que essas escolas estão fazendo. O trabalho que vocês estão realizando em Madison é notável e digno de elogios. Se vocês conseguirem de modo permanente manter a escola com seus fundamentos atuais, ela não deixará de realizar grande bem. O trabalho que fazem é altamente viável, e me parece estar baseado em princípios fundamentais e importantes de educação. O mesmo é verdadeiro com respeito às pequenas escolas que visitei, e acompanharei o seu progresso com grande interesse. Acredito que vocês vão conseguir realizar o que têm em mente. EEC 122.5

“Toda educação deve fluir da vida das pessoas que estão sendo educadas. Vocês e os professores que vocês estão enviando estão reconhecendo sabiamente esse princípio. A fim de educar as crianças, os pais também devem ser educados. Toda verdadeira educação deve consistir na educação de toda a comunidade, e deve se apropriar da vida que as pessoas vivem, tornando-as mais inteligentes acerca das coisas desta vida. É difícil e praticamente impossível alcançar melhores circunstâncias sem que as condições existentes sejam compreendidas”. EEC 123.1

Será que temos em nós o espírito de Calebe e Josué para dizermos que somos bem capazes, com a ajuda de Deus, de construir uma escola “na linha da verdadeira educação”? Devemos nos lembrar da promessa de que nossas escolas “são prisioneiras da esperança, e Deus as corrigirá e iluminará, trazendo-as de volta à sua honrada posição de separação do mundo”. Se estivermos dispostos e formos obedientes, Deus nos dará a vitória de que precisamos. EEC 123.2

“Que diretores, professores ou auxiliares não oscilem, voltando a seus velhos costumes de deixar que sua influência anule os próprios planos que o Senhor apresenta como o melhor plano para a educação física, mental e moral de nossa juventude. O Senhor requer que sejam dados passos adiante” (Review and Herald, 27 de dezembro de 1901). EEC 123.3

“Professores, confiem em Deus e avancem. ‘A Minha graça te basta’, é a garantia do Grande Mestre. Apoderem-se da inspiração dessas palavras, e nunca, nunca falem de dúvida e incredulidade. Sejam enérgicos. Não há serviço pela metade na religião pura e sem mácula” (Fundamentos da Educação Cristã, p. 436). EEC 123.4

“Antes que possamos levar a mensagem da verdade presente em toda a sua plenitude a outros países, devemos primeiro romper todo jugo. Precisamos entrar na linha da verdadeira educação, andando na sabedoria de Deus, e não na sabedoria do mundo. Deus chama mensageiros que serão verdadeiros reformadores. Devemos educar, educar, para preparar um povo que irá entender a mensagem, e então dar a mensagem ao mundo” (“The Madison School”, p. 30). EEC 123.5

“Agora, como nunca antes, precisamos compreender a verdadeira ciência da educação. Se deixarmos de compreender isso, jamais teremos lugar no reino de Deus”. EEC 124.1