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Como Pedro enfrentou a morte CId 170

Desde sua reintegração depois de haver negado a Cristo, Pedro enfrentara denodadamente o perigo, e mostrara nobre coragem em pregar um Salvador crucificado, ressuscitado e assunto ao Céu. Agora em sua cela, recordava as palavras que Cristo havia falado a seu respeito: “Na verdade, na verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando já fores velho, estenderás as tuas mãos; e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queiras.” João 21:18. Assim fizera Jesus conhecer ao discípulo a própria maneira de sua morte, e predissera mesmo o estender de suas mãos sobre a cruz. CId 170.1

Pedro, como um estrangeiro judeu, foi condenado a ser açoitado e crucificado. Na perspectiva desta terrível morte, o apóstolo lembrou seu grande pecado em haver negado a Jesus na hora de Seu julgamento. Não preparado então para reconhecer a cruz, considerava agora uma alegria render a vida pelo evangelho, sentindo tão-somente que, para ele que negara seu Senhor, morrer da mesma maneira por que seu Mestre morrera, lhe era uma honra demasiado grande. Pedro havia-se arrependido sinceramente daquele pecado, e tinha sido perdoado por Cristo, o que se revelava pela alta missão a ele dada para alimentar as ovelhas e cordeiros do rebanho. Ele, porém, nunca pôde perdoar a si mesmo. Nem mesmo o pensamento das agonias da última e terrível cena puderam diminuir a amargura de sua tristeza e arrependimento. Como último favor, rogou aos seus algozes que fosse pregado na cruz de cabeça para baixo. O pedido foi atendido, e desta maneira morreu o grande apóstolo Pedro. — The Review and Herald, 26 de Setembro de 1912. Ver também Atos dos Apóstolos, 537, 538. CId 170.2