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Justiça pela fé VE 17

No verão seguinte, meus pais foram às reuniões da assembléia metodista, em Buxton, Maine, levando-me consigo. Eu estava plenamente resolvida a buscar fervorosamente ao Senhor ali, e alcançar o possível perdão de meus pecados. Sentia de coração grande anelo pela esperança cristã e pela paz que vem com a fé. VE 17.2

Muito me animei ouvindo um sermão sobre as palavras “Irei ter com o rei... e, perecendo, pereço.” Ester 4:16. Em suas considerações, o orador referiu-se àqueles que vagavam entre a esperança e o temor, anelando serem salvos de seus pecados e receberem o amor remidor de Cristo, e, no entanto, pela timidez e receio de fracasso, se conservavam em dúvida e escravidão. Aconselhava a tais que se entregassem a Deus, e sem mais demora confiassem em Sua misericórdia. Encontrariam um Salvador compassivo, pronto para lhes apresentar o cetro da misericórdia, assim como Assuero indicou a Ester o sinal de seu favor. Tudo que se exigia do pecador, trêmulo ante a presença de seu Senhor, era que estendesse a mão da fé e tocasse o cetro de Sua graça. Aquele toque asseguraria perdão e paz. VE 17.3

Aqueles que esperavam tornar-se mais dignos do favor divino antes de se arriscarem a alcançar as promessas de Deus, estavam cometendo um erro fatal. Somente Jesus purifica do pecado; apenas Ele pode perdoar nossas transgressões. Ele assumiu o compromisso de ouvir as petições e deferir as orações dos que pela fé a Ele recorrem. Muitos têm uma idéia vaga de que devem fazer algum esforço extraordinário a fim de alcançar o favor de Deus. Toda confiança própria, porém, é vã. É unicamente ligando-se a Jesus pela fé, que o pecador se torna filho de Deus, cheio de esperança e crença. VE 18.1

Essas palavras me consolaram, e deram-me uma visão do que devia fazer para ser salva. VE 18.2

Passei então a ver mais claramente meu caminho, e as trevas começaram a dissipar-se. Ardorosamente busquei o perdão de meus pecados, e esforcei-me para entregar-me inteiramente ao Senhor. Meu espírito, porém, debatia-se muitas vezes em grande angústia, pois eu não experimentava o êxtase espiritual que considerava deveria ser a prova de minha aceitação da parte de Deus, e não ousava crer que, sem isso, estivesse convertida. Quanto necessitava eu de instrução no tocante à simplicidade da fé! VE 18.3