Ao pecador era impossível observar a lei de Deus, a qual é santa, justa e boa; mas essa impossibilidade foi removida pela comunicação da justiça de Cristo à pessoa arrependida e crente. A vida e a morte de Cristo em favor do homem pecaminoso tinham por finalidade restaurar o pecador à aprovação de Deus, comunicando-lhe a justiça que satisfizesse as reivindicações da lei e encontrasse aceitação da parte do Pai. FO 106.1
Sempre foi, porém, o propósito de Satanás invalidar a lei de Deus e deturpar o verdadeiro significado do plano da salvação. Consequentemente, ele originou a falsidade de que o sacrifício de Cristo na cruz do Calvário tinha por finalidade livrar os homens da obrigação de guardar os mandamentos de Deus. Ele tem impingido ao mundo o engano de que Deus aboliu Sua constituição, lançou fora Seu padrão moral e invalidou Sua santa e perfeita lei. Caso houvesse feito isso, quão terrível teria sido o custo para o Céu! Em vez de proclamar a abolição da lei, a cruz do Calvário proclama retumbantemente o seu caráter imutável e eterno. Se a lei pudesse ser abolida e mantido o governo do Céu e da Terra e dos incontáveis mundos de Deus, Cristo não precisava ter morrido. A morte de Cristo destinava-se a resolver para sempre a questão da validade da lei de Jeová. Tendo sofrido toda a penalidade por um mundo culpado, Jesus tornou-Se o Mediador entre Deus e o homem, para restaurar a pessoa arrependida ao favor de Deus, concedendo-lhe graça para guardar a lei do Altíssimo. Cristo não veio destruir a lei ou os profetas, mas cumpri-los ao pé da letra. A expiação do Calvário vindicou a lei de Deus como santa, justa e verdadeira, não somente diante do mundo caído, mas também diante do Céu e perante os mundos que não caíram. Cristo veio engrandecer a lei e torná-la honrosa. FO 106.2