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Crianças inquietas FC 144

Os leitores de contos frívolos e empolgantes tornam-se inaptos para os deveres da vida prática. Vivem em um mundo irreal. Tenho observado crianças a quem se consentiu adquirir o costume de ler tais histórias. Quer em casa quer fora de casa, acham-se inquietas, sonhadoras, incapazes de conversar a não ser sobre os assuntos mais triviais. Conversas e pensamentos religiosos são inteiramente alheios ao seu espírito. Cultivando o apetite pelas histórias sensacionais, perverte-se o gosto da mente, e o espírito não se satisfaz, a menos que seja nutrido com tal alimento prejudicial. Não posso imaginar expressão mais apropriada para designar os que condescendem com tal leitura, do que a de embriagados mentais. Hábitos intemperantes na leitura, têm sobre o cérebro um efeito idêntico àquele que os hábitos de intemperança no comer e no beber exercem sobre o corpo.14Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 134, 135. FC 144.1

Antes de aceitarem a verdade presente, alguns haviam formado o hábito de ler romances. Ao unirem-se à igreja, esforçavam-se para vencer esse hábito. Colocar perante essas pessoas leituras semelhantes às que abandonaram, equivaleria a oferecer bebidas intoxicantes ao amante da embriaguez. Cedendo à tentação que sempre os acomete, logo perdem o gosto pela leitura saudável. Não têm interesse no estudo da Bíblia. Debilita-se-lhes a força moral. Cada vez menos repulsivo se lhes afigura o pecado. Manifesta-se crescente infidelidade, desprazer cada vez maior pelos deveres práticos da vida. Pervertendo-se o espírito, está ele pronto para prender-se a qualquer leitura de caráter estimulante. Assim se acha aberto o caminho para Satanás ter domínio completo sobre a pessoa.15Testemunhos Para a Igreja 7:203. FC 144.2