Sabendo, pois, Jesus que estavam para vir com o intuito de arrebatá-Lo para O proclamarem rei, retirou-Se novamente, sozinho, para o monte. João 6:15. MG 40.1
Sentado na relva da planície, ao crepúsculo de uma tarde de primavera, o povo comeu do alimento que Cristo provera. ... O milagre dos pães tocou a todos naquela vasta multidão. ... Poder algum humano poderia criar, de cinco pães de cevada e dois peixinhos, alimento bastante para saciar milhares de criaturas famintas. E disseram uns aos outros: “Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo.” João 6:14. ... Pode satisfazer todo desejo. Pode derribar o poder dos odiados romanos. ... Conquistar as nações, e dar a Israel o domínio longamente ambicionado. MG 40.2
Em seu entusiasmo, o povo estava disposto a coroá-Lo imediatamente Rei. Vêem que Ele não faz nenhum esforço para atrair a atenção ou conquistar honras para Si. ... Temem que não venha nunca a reclamar Seus direitos ao trono de Davi. Consultando-se entre si, concordaram em apoderar-se dEle por força, e proclamá-Lo rei de Israel. ... MG 40.3
Jesus vê o que está em andamento e compreende, como eles não o podem fazer, o resultado desse movimento. ... Violência e insurreição seguir-se-iam a qualquer esforço para O colocar no trono, e prejudicar-se-ia a obra do reino espiritual. O plano deveria ser impedido sem demora. Chamando os discípulos, Jesus ordena-lhes que tomem o barco e voltem imediatamente para Cafarnaum. ... MG 40.4
Cristo manda então à massa que se disperse; e tão incisiva é Sua maneira, que não Lhe ousam desobedecer. ... o régio porte de Jesus, porém, e Suas breves e serenas palavras de ordem, aquietam o tumulto, frustrando-lhes os desígnios. NEle reconhecem poder superior a toda terrena autoridade, e, sem uma réplica, submetem-se. MG 40.5
Quando a sós, Jesus “subiu ao monte para orar à parte”. ... Rogava poder para revelar aos mesmos o divino caráter de Sua missão, a fim de que Satanás não lhes cegasse o entendimento e pervertesse o juízo. ... Em angústia e lutas de alma, orava pelos discípulos. ... Suas esperanças, tão longamente acariciadas, baseadas numa ilusão popular haviam de lhes trazer a mais dolorosa e humilhante decepção. Em lugar de Sua exaltação ao trono de Davi, haveriam de testemunhar-Lhe a crucifixão. Essa deveria, na verdade ser Sua coroação. — O Desejado de Todas as Nações, 377-379. MG 40.6