Porei inimizade entre ti e a mulher. Gênesis 3:15. CT 25.1
Há uma luta entre as forças do bem e do mal, entre os anjos leais e os desleais. Cristo e Satanás não fazem acordo, e nunca farão. Em todas as eras, a verdadeira igreja de Deus tem-se empenhado em decidida luta contra as forças satânicas. Até ao final do conflito, prosseguirá a batalha entre os anjos maus e pessoas más por um lado, e os santos anjos e os verdadeiros fiéis por outro. CT 25.2
A batalha que se trava, tornar-se-á mais feroz à medida que o fim se aproxima. Aqueles que se unem às forças satânicas são designados pelo Senhor como filhos das trevas. Não há e não pode haver uma inimizade natural entre anjos caídos e seres humanos caídos. Ambos são malignos. Mediante a apostasia, ambos os grupos acariciam maus sentimentos. Anjos maus e pessoas ímpias ligam-se numa desesperada confederação contra o bem. Satanás sabia que se pudesse induzir a raça humana, assim como induziu os anjos, a unir-se a ele em rebeldia, teria uma grande força com a qual levar avante sua rebelião. CT 25.3
Entre as hostes do mal, há desavença e discordância, mas são todos firmes aliados na batalha contra o Céu. Seu único objetivo é desacreditar a Deus, e seu grande número os leva a nutrir a esperança de que poderão destronar a Onipotência. CT 25.4
Quando Adão e Eva foram colocados no Jardim do Éden, eram inocentes e puros, em perfeita harmonia com Deus. A inimizade não tinha existência natural em seu coração. Quando transgrediram, entretanto, sua natureza deixou de ser santa. Tornaram-se ímpios, já que se haviam colocado ao lado do inimigo caído, fazendo exatamente aquilo que Deus lhes especificara não fizessem. Não tivesse havido interferência da parte de Deus, os seres humanos caídos teriam formado uma firme aliança com Satanás contra o Céu. Mas quando foram proferidas as palavras “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gênesis 3:15), Satanás soube que, embora tivesse obtido êxito em fazer com que os seres humanos pecassem, embora os houvesse levado a crer em sua mentira e questionar a Deus, embora tivesse sido bem-sucedido em depravar a natureza humana, alguma providência fora tomada, mediante a qual os seres caídos seriam colocados em posição vantajosa, sua natureza renovada em piedade. Viu que suas ações, ao tentá-los, deporiam contra si mesmo, e ele seria colocado onde não pudesse tornar-se vencedor. ... CT 25.5
Deus comprometeu-Se a introduzir no coração dos seres humanos um novo princípio — o ódio ao pecado, ao engano, à presunção, a tudo que trouxesse as marcas da traição de Satanás. — Manuscrito 72, 1904. CT 26.1