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Casa de oração, 5 de Setembro CT 279

Tendo Jesus entrado no templo, expulsou todos os que ali vendiam e compravam; também derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. Mateus 21:12. CT 279.3

O pátio do templo estava cheio de gado, ovelhas, bois e pombas. Acima do barulho do mugido do gado, do balido das ovelhas e do arrulhar das pombas, podia-se ouvir a voz dos negociantes, ao oferecerem para a venda animais e aves, ao mais alto preço, para os que tinham vindo à Páscoa oferecer sacrifícios. Jesus disse: “Está escrito: A Minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores.” Mateus 21:13. CT 279.4

Esse ato da parte de Cristo foi profundamente significativo, mais significativo do que qualquer dos expectantes poderia compreender. Quando os sacerdotes e fariseus se recuperaram do terror que se havia apossado de suas culpadas almas diante das palavras de Cristo, retornaram ao templo. Não estavam convertidos, nem mesmo humilhados. Decidiram desafiar a Cristo quanto a Sua autoridade para expulsá-los do pátio do templo. Quando chegaram ao templo, descobriram que uma obra maravilhosa havia sido realizada durante sua ausência. Os enfermos e moribundos haviam sido restaurados à saúde. Ficaram espantados, mas não cediam em sua obstinada incredulidade. Já estavam decididos a condenar Cristo à morte, e também Lázaro, que fora ressuscitado dentre os mortos. Sabiam que as pessoas ainda creriam em Jesus enquanto estivesse entre elas alguém que fora por Seu poder ressuscitado dos mortos. CT 279.5

A evidência que Cristo tinha dado fora calculada para convencer cada mente sincera, mas aquelas pessoas não queriam evidências. O que procuravam era a rejeição e a condenação de Cristo por parte do povo. Toda evidência adicional só aumentava sua aversão por Cristo. Ter a Cristo no mundo realizando Suas maravilhosas obras, tê-Lo vivendo entre o povo a Sua vida de bondade, abnegação e sacrifício, tê-Lo exercendo em favor dos outros a terna compaixão que havia muito desaparecera de suas vidas, era exatamente o que não queriam. CT 280.1

Cristo estava cumprindo a comissão que Lhe fora dada pelo Pai. “O Espírito do Senhor está sobre Mim, pelo que Me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-Me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor.” Lucas 4:18, 19. — Manuscrito 128, 1899. CT 280.2