Agradou-Se o Senhor de Abel e de sua oferta; ao passo que de Caim e de sua oferta não Se agradou. Gênesis 4:4, 5. CT 33.1
O Senhor dera a Caim e Abel instruções relacionadas com o sacrifício que deveriam trazer-Lhe. Abel, guardador de ovelhas, obedeceu à ordem do Senhor e trouxe um cordeiro como oferta. Esse cordeiro, ao ser morto, representava o Cordeiro de Deus, que seria morto pelos pecados do mundo. Caim trouxe como oferta o fruto da terra, sua própria produção. Não estava disposto a depender de Abel quanto a uma oferta. Não lhe pediria um cordeiro. Pensou em suas próprias obras perfeitas, e estas apresentou ele a Deus. ... CT 33.2
Caim conversou com Abel acerca de seus sacrifícios e acusou a Deus de parcialidade. Abel arrazoou com seu irmão, repetindo-lhe as exatas palavras da ordem divina a ambos, em relação às ofertas que Ele requeria. Caim sentiu-se provocado porque seu irmão mais novo se atrevia a ensiná-lo. Permitiu que a inveja e o ciúme lhe enchessem o coração. Odiou seu irmão porque este fora preferido em lugar dele. CT 33.3
Enquanto ponderava a questão, Caim se tornava cada vez mais irado. Viu seu erro ao oferecer somente seus produtos diante do Senhor, sem o devido sacrifício de um cordeiro, mas decidiu defender a si mesmo e condenar Abel. Satanás operou através dele, inspirando-o com o desejo de matar seu irmão. ... CT 33.4
Através dessa história o Senhor ensinaria a todos que se deve obedecer implicitamente à Sua Palavra. Caim e Abel representam duas classes — os ímpios e os justos, aqueles que seguem seu próprio caminho e aqueles que conscienciosamente guardam os caminhos do Senhor para fazer justiça e juízo. ... CT 33.5
Abel não tentou forçar Caim a obedecer à ordem de Deus. Foi Caim, inspirado por Satanás e cheio de ira, quem usou a força. Furioso porque não conseguia compelir Abel a desobedecer a Deus e porque Deus havia aceitado a oferta de Abel e recusado a dele, que não reconhecia o Salvador, Caim matou seu irmão. CT 33.6
Os dois grupos, representados por Caim e Abel, existirão até ao encerramento da história terrestre. O que pratica o bem, o obediente, não guerreia contra o transgressor da santa lei de Deus. Mas aqueles que não respeitam a lei de Deus oprimem e perseguem outras pessoas. Seguem o seu líder, que é o acusador de Deus e daqueles que são aperfeiçoados pela obediência. ... O espírito que leva pessoas a acusar, condenar, aprisionar e matar outras tem-se tornado forte em nosso mundo. É esse o espírito que sempre opera nos filhos da desobediência. — Manuscrito 136, 1899. CT 33.7