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Soldados do Senhor, 13 de Dezembro CT 391

Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. Romanos 8:18. CT 391.3

Ninguém pensaria em unir-se a um exército em tempo de guerra, esperando ter sossego, folga e momentos realmente agradáveis e proveitosos. Todos sabem que as dificuldades e privações são os riscos e, enquanto durar a guerra, terão alimento pobre e freqüentemente escassas rações, longas e cansativas marchas cada dia, suportando o calor do sol ardente, acampando-se à noite ao ar livre, expostos a chuvas torrenciais e enregelantes geadas, arriscando a saúde e a própria vida como alvos do inimigo. CT 391.4

A vida cristã é comparada à vida de um soldado, e não se podem apresentar seduções na forma de comodidade e satisfação própria. É uma farsa a idéia de que os soldados cristãos devem ser isentos de conflitos, de experimentar provações, tendo todos os confortos temporais para desfrutar, e até mesmo os luxos da vida. O conflito cristão é batalha e marcha, exigindo resistência. Tem de ser feito trabalho difícil. Muitas vezes se demonstra fatal ao cristianismo daqueles que, com falsas idéias de amenidade e sossego, alistam-se como soldados no exército de Cristo e depois experimentam provações. Deus não apresenta recompensa àqueles cuja vida toda neste mundo foi de prazer e satisfação dos próprios desejos. ... CT 391.5

Daqueles que servem sob a bandeira ensangüentada do Príncipe Emanuel, espera-se que façam trabalho difícil, que ponha à prova toda faculdade que Deus lhes deu. Terão dolorosas provações a suportar por amor a Cristo. Terão conflitos que laceram a alma; se, no entanto, forem fiéis soldados, dirão com Paulo: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação.” 2 Coríntios 4:17. ... CT 391.6

Um exército ficaria desmoralizado se não aprendesse a obedecer às ordens do capitão. Cada soldado deve agir de comum acordo. A união é a força; sem união, os esforços são inexpressivos. Sejam quais forem as excelentes qualidades que os soldados possam ter, não poderão ser soldados confiáveis, fidedignos, se reivindicam o direito de atuar independentemente de seus companheiros. A ação independente não pode manter-se no serviço de Cristo. ... CT 392.1

Aqueles que preferem agir sozinhos não são bons soldados; têm no seu caráter alguma deformidade que precisa ser endireitada. Podem julgar-se conscienciosos, mas não realizam as obras de Cristo. Não podem prestar serviço eficiente. Sua obra será de natureza a separar, quando a oração de Cristo foi para que Seus discípulos fossem um, assim como Ele era um com o Pai. — Carta 62, 1886. CT 392.2