Pelas quais nos têm sido doadas as Suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo. 2 Pedro 1:4. CT 43.1
Para Enoque não foi mais fácil viver uma vida justa em seus dias do que o é para nós no tempo presente. O mundo nos dias de Enoque não era mais favorável ao crescimento na graça e santidade do que agora, mas Enoque dedicou tempo à oração e comunhão com Deus, e isso o habilitou a escapar da corrupção das paixões que há no mundo. Foi sua devoção a Deus que o capacitou para a trasladação. CT 43.2
Estamos vivendo entre os perigos dos últimos dias e devemos receber nossa força da mesma fonte da qual a recebeu Enoque. Devemos andar com Deus. Requer-se de nós uma separação do mundo. Não podemos permanecer livres dessa poluição a menos que sigamos o exemplo do fiel Enoque e andemos com Deus. Mas quantos são escravos da concupiscência da carne, da concupiscência dos olhos e da soberba da vida! Essa é a razão pela qual não são participantes da natureza divina e não escapam da corrupção das paixões que há no mundo. Estão servindo e honrando ao próprio eu. Sua constante pergunta é: Que comerei, que beberei e com que me vestirei? CT 43.3
Muitos falam de sacrifício quando não sabem o que é sacrifício. Não lhe experimentaram a primeira dose. Falam da cruz de Cristo, professam a fé, mas não têm a experiência da abnegação, a experiência de tomar a cruz e levá-la após seu Senhor. CT 43.4
Se fossem participantes da natureza divina, o mesmo espírito que habitou em seu Senhor habitaria neles. A mesma ternura e amor, a mesma piedade e compaixão se manifestariam em sua vida. Não esperariam então que os necessitados e desafortunados fossem até eles, rogando que lhes ouvissem os lamentos. Ser-lhes-ia tão natural ajudar os carentes e ministrar-lhes às necessidades como o foi para Cristo ir por toda parte fazendo o bem. CT 43.5
Cada homem, cada mulher e jovem que professa a religião de Cristo deve compreender a responsabilidade que sobre si repousa. Todos deveriam sentir que essa é uma obra individual, uma guerra individual, uma pregação individual de Cristo na prática diária. Se todos entendessem isso e pusessem mãos ao trabalho, seríamos poderosos como um exército com bandeiras. A pomba celestial pairaria sobre nós. O Sol da Justiça sobre nós brilharia, e a luz da glória de Deus não seria excluída de nós mais do que o foi do dedicado Enoque. — Manuscrito 1, 1869; Sermons and Talks 2:5, 6. CT 44.1