Aquele que diz: Eu O conheço e não guarda os Seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. 1 João 2:4. CT 79.2
Declara-se que eu teria dito que uma pessoa não pode salvar-se, a menos que guarde o sábado. Seria realmente inexpressiva a exigência do quarto mandamento? A habitual submissão à vontade de nosso Mestre celestial não levaria o obediente a perguntar, não “O que é agradável?”; não “O que é mais conveniente ou satisfatório para mim e os que me rodeiam?” mas “O que requer o Senhor de mim? Qual é a vontade de Deus a meu respeito?” CT 79.3
É porventura estranho que alguém faça isto ou aquilo sob a convicção do Espírito de Deus, sob o senso de que a recusa ou a negligência em fazê-lo colocaria em perigo a salvação da alma? É difícil compreender esta questão, de que a obediência de nossa parte a toda a lei de Deus é absolutamente essencial à vida eterna? É esse um mistério insondável para o cristão — assegurar a salvação da alma a qualquer custo para o eu ou para o interesse egoísta? Dá-nos a Palavra de Deus alguma garantia de que podemos ir para o Céu de qualquer maneira, tanto transgredindo quanto cumprindo a lei? Nesse caso, toda a exigência de Deus quanto às condições de salvação seria um erro completo. CT 79.4
Foram punidos os habitantes do mundo antigo que pereceram no Dilúvio, por sua desobediência às exigências de Deus? Ou foram levados pelas águas do Dilúvio diretamente para a glória, porque nosso misericordioso Deus é bom demais para executar o castigo pela transgressão de Sua lei? Foram punidos os sodomitas por sua desobediência, e apenas Ló salvo? Ou foram os habitantes de Sodoma levados pelas asas do fogo que caiu do céu, diretamente para a glória? CT 79.5
Proferiu Deus alguma ordem? Então devemos obedecer — sem hesitar ou tentar descobrir algum meio de salvar-nos sem obediência; isto seria andar por outro caminho. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” João 14:6. “Tenho guardado os mandamentos de Meu Pai” (João 15:10), diz a Majestade do Céu. ... CT 80.1
Não devemos guardar os mandamentos apenas para obter o Céu, mas para agradar Aquele que morreu para salvar pecadores da penalidade da transgressão da lei do Pai. A salvação do pecador depende... de deixar de transgredir, e de obedecer a essa lei transgredida. Ninguém deveria abusar da misericórdia de Deus, sentindo-se livre para pecar tanto quanto tenha vontade. ... É uma triste decisão seguir a Cristo de tão longe quanto possível, aventurando-se a aproximar-se das margens da perdição o máximo possível sem cair lá em baixo. — Carta 35b, 1877. CT 80.2