Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que Eu te mostrarei. Gênesis 22:2. CT 86.1
Numa visão da noite, em seu lar em Berseba, quando tinha cento e vinte anos de idade, Abraão recebeu a alarmante ordem: “Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que Eu te mostrarei.” Gênesis 22:2. Seu filho, seu único filho, o filho da promessa, a ser sacrificado. Não houve mais sono para Abraão naquela noite. ... Deus lhe prometera que seu nome seria perpetuado em Isaque, mas ali estava um teste severo de sua fé. Abraão se apegara à promessa de um filho de sua própria esposa Sara, e Deus havia cumprido Sua promessa. ... Deixara Ismael fora de questão, dizendo: “Teu único filho, Isaque”. ... CT 86.2
Deus já lhe havia dito que através de Isaque sua semente seria como a areia do mar em multidão. Ao sair naquela noite para fora, pareceu ouvir a divina voz que o chamara da Caldéia cinqüenta anos antes e lhe dissera: “Olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes. ... Será assim a tua posteridade.” Gênesis 15:5. Pode ser a mesma voz que lhe ordena matar o filho? Lembra-se da promessa: “Farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, então se contará também a tua descendência.” Gênesis 13:16. Não é a voz de um estranho que lhe ordena oferecer seu filho como sacrifício? Pode Deus contradizer-Se? Cortará Ele a única esperança de cumprimento da promessa? Deve ele ficar sem o filho? CT 86.3
Mas Abraão não argumenta; ele obedece. Sua única esperança é que o Deus que pode fazer todas as coisas ressuscite seu filho dos mortos. É erguido o cutelo, mas este não desce. Deus fala: “É suficiente.” A fé do pai e a submissão do filho foram plenamente provadas. “Agora sei que temes a Deus, porquanto não Me negaste o filho, o teu único filho.” Gênesis 22:12. CT 86.4
A prova de Abraão foi a mais severa que já pôde sobrevir a um ser humano. Tivesse ele então ignorado a Deus, não teria sido nunca chamado o pai dos fiéis. Tivesse ele se desviado da ordem divina, o mundo teria perdido este rico exemplo de fé em Deus e vitória sobre a descrença. ... CT 86.5
Nada é precioso demais para se dar a Deus. A confiança na divina Palavra levará ao cumprimento dessa Palavra. — Carta 110, 1897. CT 86.6