Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e então, partiu. Mateus 25:14, 15. RP 211.1
A cada um é dada a sua obra. Um homem talvez não seja capaz de fazer o trabalho para o qual outro homem foi preparado e educado. Mas o trabalho de cada pessoa deve começar no coração, não se baseando numa teoria da verdade. O trabalho daquele que rende a alma a Deus e coopera com os seres divinos revelará um trabalhador hábil e prudente, que discerne a maneira de adaptar-se às circunstâncias. A raiz tem de ser santa, do contrário não haverá fruto santo. Todos devem ser cooperadores de Deus. O próprio eu não deve tornar-se preeminente. O Senhor confiou talentos e capacidades a cada pessoa, e aqueles que são mais favorecidos de oportunidades e privilégios para ouvir a voz do Espírito estão sob a mais pesada responsabilidade para com Deus. RP 211.2
Os que são representados como possuindo apenas um talento têm também o seu trabalho a fazer. Negociando, não com notas de maior valor, mas com centavos, eles devem utilizar diligentemente sua capacidade, decididos a não fracassar nem ficar desanimados. Devem pedir com fé, e confiar na atuação do Espírito Santo em corações que não crêem. Se confiarem em suas próprias aptidões, fracassarão. Os que utilizam fielmente o único talento ouvirão as agradáveis palavras de aprovação que lhes serão proferidas com a mesma cordialidade que para os que foram prendados com muitos talentos e os utilizaram sabiamente: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei: entra no gozo do teu Senhor.” Mateus 25:21. RP 211.3
É o espírito de humildade com que o trabalho é efetuado que Deus leva em consideração. Aquele que possuía só um talento tinha uma influência a ser exercida, e o seu trabalho era necessário. Desenvolvendo seu próprio caráter, aprendendo na escola de Cristo, ele estava exercendo uma influência que ajudava a desenvolver o caráter dos que tinham maiores responsabilidades, mas corriam o perigo de edificar-se a si mesmos, negligenciando algumas coisinhas importantes, que aquele homem fiel, com um só talento, estava considerando com diligente atenção. — Notebook Leaflets from the Elmshaven Library 1:129, 130. RP 211.4