Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou outros cinco, dizendo: Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei. Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. Mateus 25:20, 21. RP 218.1
A parábola dos talentos deve ser objeto do estudo mais cuidadoso e devoto; pois tem aplicação pessoal e individual a todo homem, mulher e criança que possua as faculdades do raciocínio. Vossa obrigação e responsabilidade estão em proporção aos talentos que Deus vos concedeu. Não há seguidor de Cristo que não tenha algum dom particular, de cujo uso ele é responsável a Deus. RP 218.2
Muitos escusaram-se de render seu dom ao serviço de Cristo, porque outros eram possuidores de dotações e vantagens superiores. Tem prevalecido a opinião de que só aqueles que são especialmente talentosos precisam consagrar suas aptidões ao serviço de Deus. Chega-se a pensar que os talentos são concedidos apenas a certa classe favorecida, com exclusão de outros a quem, é claro, não se exige que participem das labutas ou recompensas. Mas não é assim que isso é representado na parábola. Quando o senhor da casa chamou seus servos, deu a cada um a sua obra. RP 218.3
Toda a família de Deus é incluída na responsabilidade de usar os bens de seu Senhor. Todo indivíduo, desde o mais humilde e obscuro até ao maior e mais exaltado, é um agente moral dotado de aptidões pelas quais é responsável a Deus. Em maior ou menor grau, a todos são confiados os talentos de seu Senhor. A capacidade espiritual, mental e física, a influência, posição, posses, afeições, simpatias, são todos preciosos talentos a serem usados na causa do Mestre, para a salvação de almas pelas quais Cristo morreu. Quão poucos apreciam essas bênçãos! Quão poucos aproveitam seu talento, aumentando sua utilidade no mundo! O Mestre deu a cada um a sua obra. Deu a cada qual de acordo com sua aptidão, e seu legado acha-se em proporção com a sua capacidade. Deus requer que toda pessoa seja obreiro em Sua vinha. Deveis lançar-vos à obra de que fostes incumbidos, e fazê-la fielmente. — The Review and Herald, 1 de Maio de 1888. RP 218.4