De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça? Hebreus 10:29. RP 33.1
Os que resistem ao Espírito de Deus, ofendendo-O até que vá embora, não sabem até onde Satanás os levará. Quando o Espírito Santo Se afasta do homem, este fará imperceptivelmente certas coisas que outrora encarava, de maneira correta, como evidente pecado. A menos que atenda às advertências, envolver-se-á num engano que, como no caso de Judas, o levará a tornar-se traidor e cego. Seguirá passo a passo as pegadas de Satanás. Quem, então, poderá lutar eficazmente com ele? Pleitearão os pastores com ele e por ele? Todas as suas palavras são como conversas infundadas. Tais almas têm a Satanás como companheiro favorito, para desvirtuar as palavras proferidas e levá-las ao seu entendimento sob falsa luz. RP 33.2
Quando o Espírito de Deus é entristecido de tal modo que venha a retirar-Se, todo apelo feito através dos servos do Senhor é inexpressivo para eles. Interpretarão mal cada palavra. Zombarão e escarnecerão das mais solenes advertências bíblicas, as quais, não houvessem eles sido fascinados por instrumentos satânicos, os fariam tremer. Todo apelo feito a eles é inútil. Não prestam atenção a repreensões e conselhos. Desprezam todas as instâncias do Espírito e desobedecem aos mandamentos de Deus que outrora defendiam e enalteciam. As palavras do apóstolo bem podem aplicar-se a tais pessoas: “Quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade?” Gálatas 3:1. Seguem o conselho de seu próprio coração até que a verdade deixa de ser verdade para eles. Barrabás é escolhido, e Cristo é rejeitado. RP 33.3
É essencial viver de toda palavra de Deus; do contrário, nossa velha natureza se reafirmará constantemente. É o Espírito Santo, a graça redentora da verdade na alma, que torna os seguidores de Cristo um, uns com os outros, e um com Deus. Só Ele pode expelir a inimizade, a inveja e a incredulidade. Ele santifica todas as afeições. Restaura a alma desejosa e voluntária, do poder de Satanás para Deus. Este é o poder da graça. É um poder divino. Sob a sua influência, há uma mudança dos velhos hábitos, costumes e práticas que, quando acalentados, separam a alma de Deus; e a obra da santificação prossegue na alma, avançando e se ampliando constantemente. — The Review and Herald, 12 de Outubro de 1897. RP 33.4