Então, disse Ele: Vai e dize a este povo: Ouvi, ouvi e não entendais; vede, vede, mas não percebais. Torna insensível o coração deste povo, endurece-lhe os ouvidos e fecha-lhes os olhos, para que não venha ele a ver com os olhos, a ouvir com os ouvidos e a entender com o coração, e se converta, e seja salvo. Isaías 6:9, 10. RP 266.1
O dever do profeta era claro; ele devia levantar a voz em protesto contra os males predominantes. Mas receava empreender a tarefa sem alguma segurança de sucesso. “Até quando, Senhor?” (Isaías 6:11), ele inquiriu. Nenhum dentre Teu povo escolhido há de compreender, arrepender-se, e ser curado? RP 266.2
Sua angústia de alma em favor do extraviado Judá não devia ser sofrida em vão. Sua missão não devia ser inteiramente infrutífera. Contudo, os males que tinham estado a se multiplicar por muitas gerações não seriam removidos em seus dias. No transcurso de sua vida ele teria de ser um corajoso e paciente ensinador — um profeta da esperança, bem como da condenação. O divino propósito seria finalmente cumprido, os frutos de seus esforços e dos labores de todos os fiéis mensageiros de Deus, haveriam de aparecer. Um remanescente devia ser salvo. Para que isto pudesse ser alcançado, e as mensagens de advertência e súplica fossem levadas à nação rebelde, o Senhor declarou: “Até que sejam desoladas as cidades e fiquem sem habitantes, as casas fiquem sem moradores, e a terra seja de todo assolada, e o Senhor afaste dela os homens, e no meio da terra seja grande o desamparo.” Isaías 6:11, 12. RP 266.3
Os pesados juízos que deviam cair sobre os impenitentes — guerra, exílio, opressão, perda de poder e prestígio entre as nações — tudo isso devia vir, para que os que neles reconhecessem a mão de um Deus ofendido, pudessem ser levados ao arrependimento. As dez tribos do reino do Norte deviam logo ser espalhadas entre as nações, e suas cidades ficariam em desolação; os exércitos destruidores de nações hostis deviam varrer sua terra vez após vez; até mesmo Jerusalém devia finalmente cair, e Judá ser levada cativa; contudo, a Terra Prometida não devia permanecer inteiramente abandonada para sempre. — The Review and Herald, 11 de Março de 1915. RP 266.4