Leram no Livro, na lei de Deus, claramente, dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia. Neemias, que era o governador, e Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que ensinavam todo o povo lhe disseram: Este dia é consagrado ao Senhor, vosso Deus, pelo que não pranteeis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei. Neemias 8:8, 9. RP 271.1
Neemias e Esdras são homens de oportunidade. O Senhor tinha uma obra especial para eles fazerem. Deviam instar com o povo para que considerassem os seus caminhos e vissem onde haviam errado; pois o Senhor não permitira que o Seu povo se tornasse impotente e confuso, e fosse levado em cativeiro, sem motivo algum. O Senhor abençoou especialmente esses homens por defenderem o que é direito. Neemias não foi separado como sacerdote ou profeta, mas o Senhor o usou para fazer uma obra especial. Ele foi escolhido como dirigente do povo. Mas sua fidelidade a Deus não dependia de sua posição. RP 271.2
O Senhor não deixará que Sua obra seja prejudicada, mesmo que os obreiros se mostrem indignos. Deus tem homens de reserva, preparados para enfrentar as exigências, de modo que Sua obra seja guardada de toda influência contaminadora. Deus será honrado e glorificado. Quando o Espírito divino impressiona a mente do homem indicado por Deus como sendo apto para a obra, ele responde, dizendo: “Eis-me aqui, envia-me a mim.” Isaías 6:8. RP 271.3
Deus demonstrou ao povo pelo qual fizera tanta coisa que não condescenderia com os seus pecados. Ele operou, não por intermédio dos que se recusavam a servi-Lo com inteireza de propósito, que corromperam os seus caminhos diante dEle, mas por meio de Neemias; pois ele foi registrado nos livros do Céu como homem. Deus disse: “Aos que Me honram, honrarei.” 1 Samuel 2:30. Neemias demonstrou ser um homem a quem Deus podia usar para derribar falsos princípios, e restaurar os de origem celeste; e Deus honrou-o. O Senhor usará em Sua obra homens que tenham para com os princípios a firmeza do aço, que não sejam demovidos pelos sofismas dos que perderam a visão espiritual. — The Review and Herald, 2 de Maio de 1899. RP 271.4