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Semear junto a todas as águas, 24 de Julho EDD 222

À medida que seguirdes, pregai que está próximo o reino dos Céus. Não vos provereis de ouro, nem de prata, nem de cobre nos vossos cintos; nem de alforje para o caminho, nem de duas túnicas, nem de sandálias, nem de bordão; porque digno é o trabalhador do seu alimento. Mateus 10:7, 9, 10. EDD 223.1

Paulo, o grande apóstolo aos gentios, aprendeu o ofício de fazer tendas. Havia ramos mais altos e mais baixos de fabricação de tendas. Paulo aprendera os ramos mais altos, mas podia trabalhar também nos ramos comuns, se as circunstâncias o requeressem. EDD 223.2

Os gregos no litoral eram comerciantes argutos. Acostumaram-se a ser desonestos nos negócios, chegando a crer que o lucro era piedade e que a habilidade de obter lucro, quer de modo honesto ou ilícito, constituía um motivo para serem honrados. Paulo estava inteirado de suas práticas, e não lhes daria o ensejo de dizer que ele e seus companheiros de trabalho pregavam a fim de serem sustentados pelo evangelho. EDD 223.3

Conquanto fosse perfeitamente correto que ele se mantivesse dessa maneira (pois “digno é o trabalhador do seu salário” Lucas 10:7), viu, porém, que se fizesse isso, a influência sobre seus companheiros de trabalho e sobre aqueles a quem ele pregava não seria a mais apropriada. Paulo temia que se vivesse da pregação do evangelho, poderiam supor que tivesse motivos egoístas para fazê-lo. ... Precisava mostrar que estava disposto a empenhar-se nalgum trabalho útil. Não queria dar a pessoa alguma um pretexto para desabonar a obra do evangelho imputando motivos de egoísmo aos que pregavam a Palavra. Não proporcionaria aos gregos astutos ensejo algum de prejudicarem a influência dos servos de Deus. EDD 223.4

Paulo raciocinou: Como poderia ele ensinar os mandamentos, que requeriam que amasse a Deus com o coração, alma, força e entendimento, e o seu próximo como a si mesmo, se desse a alguém motivo para pensar que amava a si próprio mais do que a seu próximo ou a seu Deus, e que seguia as práticas dos gregos, agindo dolosamente em seu ofício, por amor ao lucro, em vez de seguir os princípios do evangelho? Como poderia conduzir as pessoas a Cristo, se extorquisse delas tudo que pudesse? Paulo decidiu que não daria a esses cambistas perspicazes, críticos e inescrupulosos o ensejo de suporem que os servos de Deus estavam trabalhando tão astutamente e seguindo métodos tão desonestos como eles. — Manuscrito 97, 1899. EDD 223.5