Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor. Filipenses 2:12. EDD 360.1
Não se admite nenhum descuido nesse sentido, nenhuma indolência, nenhuma indiferença, mas cada um de nós deve desenvolver sua própria salvação com temor e tremor. Por quê? Vejamos: “Assim, pois, amados meus, ... desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor.” Filipenses 2:12. Bem — direis então — devo estar constantemente temendo e tremendo? Sim, de certo modo, mas não em outro sentido. EDD 360.2
Tendes o temor de Deus diante de vós, e tereis um tremor para que não vos afasteis dos conselhos de Deus. Em todo tempo estareis desenvolvendo vossa própria salvação com temor e tremor. É só isso, porém? Não; ouçamos como o poder divino entra em cena: “Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade.” Filipenses 2:13. Eis aí as obras do homem, e eis aí as obras de Deus. Umas cooperam com as outras. O homem não pode realizar essa obra sem o auxílio do poder divino. EDD 360.3
Deus não toma o homem com seus próprios sentimentos e deficiências naturais, colocando-o diretamente na luz da presença divina. Não; o homem precisa fazer a sua parte, e, conquanto o homem desenvolva sua própria salvação, com temor e tremor, Deus é quem efetua nele tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade. Com esses dois poderes combinados, o homem será vitorioso e receberá afinal a coroa da vida. Ele encontra-se diante do porto de felicidade e do eterno peso de glória, e receia perdê-lo, receia que se for omitida alguma promessa ele não consiga alcançá-lo. Não pode dar-se ao luxo de perdê-lo. Deseja esse Céu de felicidade, e emprega todas as energias de seu ser para obtê-lo. Aplica ao máximo suas habilidades. Retesa todo nervo e músculo espirituais, para que possa ser bem-sucedido e vitorioso nesta obra e obter a preciosa dádiva da vida eterna. ... EDD 360.4
Quando o mundo vê que temos intensidade de desejo — algum objetivo que não está à vista, o qual pela fé é para nós uma viva realidade — isso constitui um incentivo à pesquisa, e eles vêem que certamente há algo que merece ser obtido, pois percebem que essa fé efetuou uma maravilhosa modificação em nossa vida e caráter. — Manuscrito 13, 1888. EDD 361.1