Até a criança se dá a conhecer pelas suas ações, se o que faz é puro e reto. Provérbios 20:11. EDD 55.3
Quando Cristo ainda era criança, foi encontrado por José e Sua mãe no templo, entre os doutores, ouvindo-os e fazendo perguntas a eles. Por Suas perguntas, lançou-lhes na mente grande luz. Nessa visita a Jerusalém Ele teve a compreensão de que era realmente o Filho de Deus e que se achava diante dEle uma obra especial. EDD 56.1
Quando Sua mãe Lhe disse: “Filho, por que fizeste assim conosco? Teu pai e eu, aflitos, estamos à Tua procura. Ele lhes respondeu: Por que Me procuráveis?” Então, com a luz da divindade irrompendo-Lhe do semblante, declarou da maneira mais solene: “Não sabíeis que Me cumpria estar na casa de Meu Pai?” Lucas 2:48, 49. E conquanto depois disso Ele tenha retornado a Nazaré e foi submisso a Seus pais, não perdeu a compreensão de Sua obra futura — o conhecimento de que precisava labutar para salvar os perdidos. Sabia que precisava manter fiel vigilância sobre toda faculdade, para que Satanás não obtivesse a menor vantagem. EDD 56.2
Em todas as Suas ações tinha de ser o Filho de Deus, para que pudesse habitar entre os homens como o Representante do Pai. Sua obra era fazer que outros se tornassem filhos de Deus, e não podia perder nenhuma oportunidade para lançar o fermento na farinha, a fim de que outros jovens e os de idade madura vissem que não é seguro deixar de habilitar-se intelectualmente para ser coobreiro de Deus. Precisava ensinar Seus seguidores a labutarem com toda a sua capacidade para se tornarem o que um dia gostariam de ser. EDD 56.3
Cristo foi interpretado mal por Seus irmãos; pois não era como eles. Esforçava-Se por aliviar todo caso de sofrimento que via, e sempre era bem-sucedido. Tinha pouco dinheiro a dar, mas freqüentemente dava seu próprio alimento humilde aos que considerava mais necessitados do que Ele mesmo. Seus irmãos achavam que Sua influência contribuía decididamente para neutralizar a deles; pois quando falavam asperamente a pobres e degradadas pessoas com quem entravam em contato, Cristo procurava essas mesmas pessoas e proferia palavras de animação para elas. Se no círculo familiar Ele não podia fazer mais do que isso, tão silenciosa e secretamente quanto possível, dava o copo de água fria aos desditosos seres que procurava ajudar, colocando-lhes então nas mãos Sua própria refeição. — Manuscrito 22, 1898. EDD 56.4