E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa. Lucas 2:42. EXA 78.1
Aos doze anos de idade, o Espírito Santo estava habitando em Jesus, e Ele sentiu um pouco da responsabilidade da missão para a qual viera ao nosso mundo. Seu coração foi despertado para a ação. Como alguém que queria aprender, Ele fez perguntas que não eram comuns, pelas quais lançou luz na mente de Seus ouvintes e os conduziu à compreensão das profecias e da verdadeira missão e obra do Messias que estavam aguardando. EXA 78.2
O povo judeu acalentava idéias errôneas. Eles antecipavam grandes e maravilhosas coisas, esperando sua exaltação pessoal acima das nações da Terra, por ocasião do aparecimento do Messias. Aguardavam a glória que acompanhará a segunda vinda de Cristo, e esqueciam-se da humilhação que assinalaria o Seu primeiro advento. EXA 78.3
Mas Jesus, em Suas perguntas sobre as profecias de Isaías que apontavam para o Seu primeiro aparecimento, lançou luz na mente daqueles que estavam dispostos a aceitar a verdade. Ele mesmo dera essas profecias antes de Sua encarnação na humanidade, e, à medida que o Espírito Santo Lhe trazia essas coisas à mente, e O impressionava com respeito à grande obra que teria de realizar, Ele transmitia luz e conhecimento aos que O rodeavam. EXA 78.4
Embora crescesse em conhecimento e a graça de Deus estivesse sobre Ele, não Se envaideceu, nem considerou uma indignidade realizar o serviço mais humilde. Participava dos encargos, junto com o pai, a mãe e os irmãos. ... Conquanto Sua sabedoria houvesse despertado a admiração dos doutores, sujeitou-Se humildemente a Seus tutores humanos, assumiu Sua parte nos encargos da família e trabalhou com as próprias mãos como faria qualquer outro labutador. É declarado que Jesus (ao ir aumentando de idade) “crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.”. Lucas 2:52. EXA 78.5
O conhecimento que Ele diariamente obtinha de Sua maravilhosa missão, não O incapacitava para a realização dos deveres mais humildes. Aceitava alegremente o trabalho que recai sobre os jovens que moram em lares humildes afligidos pela pobreza. Ele compreendia as tentações das crianças, pois suportou suas tristezas e provações. Sua intenção de fazer o que é correto era firme e constante. Embora fosse assediado pelo mal, não Se afastou uma só vez da mais estrita veracidade e retidão. Manteve perfeita obediência filial; mas a Sua vida sem mácula despertou a inveja e o ciúme de Seus irmãos. Sua infância e juventude foram tudo menos calmos e felizes. Seus irmãos não criam nEle, e se irritavam porque Ele não agia em todas as coisas como eles, juntando-se-lhes na prática do mal. Em Sua vida familiar Jesus era alegre, mas não turbulento. Sempre mantinha a atitude de um discípulo. Tinha grande prazer na Natureza, e Deus era o Seu professor. — The Signs of the Times, 30 de Julho de 1896. EXA 78.6