Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente. 1 João 2:17. AV 282.4
As lições de Cristo eram de natureza a mostrar a importância relativa do Céu e da Terra. Ele apresenta diante da consciência que as reivindicações do Céu estão em primeiro lugar em importância. Os direitos de Deus são supremos. Ele requer todo o coração, mente e forças. Às coisas terrenas designa Ele seu lugar, sendo subordinadas aos interesses eternos. AV 282.5
As tentações de Satanás apresentam coisas terrenas e as tornam todo-envolventes e atrativas, de modo que as realidades celestiais são eclipsadas e o apego ao mundo posto em primeiro plano; e isso se tem tornado tão grande poder que unicamente a Onipotência o pode deslocar. A obra de Satanás é acorrentar os sentidos a este mundo. Cristo veio quebrar o encanto satânico, contrabalançar a obra de Satanás, e atrair a mente das coisas da Terra para as celestiais. Unicamente Ele é capaz de desfazer o encanto. ... Uns poucos anos mais, e o mundo e toda a sua glória, que, mediante o fascinante poder do grande enganador, se tem tornado objeto de culto, serão queimados, com todos os embelezamentos da arte humana. Que se encontrará então para compensar a perda da vida humana? AV 283.1
O Príncipe da vida chama a atenção para o mundo eterno. ... Ele quisera que a infinita grandiosidade do futuro prendesse a atenção do espírito humano, e o mundo presente tomasse o lugar subordinado em suas afeições. Ele põe em ordem coisas que Satanás tem transposto. Havendo tirado o mundo do trono em que se tem tornado poder dominante e sido adorado como um deus, Ele lhe designa sua própria esfera. ... AV 283.2
Tendo em vista as realidades eternas, cultivaremos habitualmente pensamentos da presença de Deus. Isto será um escudo contra a incursão do inimigo; dará força e certeza, e elevará a alma acima do temor. Respirando a atmosfera celeste, não absorveremos o ar viciado do mundo. Não permaneceremos no obscurecido celeiro, mas subiremos aos cenáculos em que cada janela que olha para o Céu se encontra aberta, e recebe os brilhantes raios do Sol da Justiça. — Manuscrito 42, 1890. AV 283.3