Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu. Mateus 25:14, 15. AV 286.4
Deus não concedeu talentos a alguns escolhidos meramente, mas a todos Ele confiou algum dom particular, para ser empregado em Seu serviço. Muitos a quem o Senhor deu preciosos talentos se têm recusado a empregá-los para o progresso do reino de Deus; não obstante, eles se acham sob obrigação para com Deus pelo uso de Seus dons. Cada um... é possuidor de algum depósito, cujo devido emprego trará glória a Deus, e cujo mau emprego roubará ao Doador. ... AV 286.5
A família humana compõe-se de agentes morais responsáveis, e do mais alto e bem dotado ao mais humilde e obscuro, todos são depositários dos bens do Céu. O tempo é um dom confiado por Deus, e deve ser diligentemente aproveitado no serviço de Cristo. A influência é um dom de Deus, e deve ser exercida em promover os mais elevados e nobres desígnios. ... A inteligência é um talento confiado. A compaixão e as afeições são talentos que devem ser conservados e aperfeiçoados, para que possamos prestar serviços Àquele a quem pertencemos por aquisição. AV 287.1
Tudo quanto somos ou possamos ser, pertence a Deus. A educação, a disciplina e a habilidade em todo sentido, devem ser usadas para Ele. O capital é Seu, e o aproveitamento são os lucros que de direito pertencem ao Mestre. Quer a importância confiada seja grande quer pequena, o Senhor requer que Seus mordomos façam o que puderem. Não é a importância depositada ou o aproveitamento obtido que traz aos homens a aprovação do Céu, mas a fidelidade, a lealdade a Deus, o amoroso serviço prestado, que trazem a bênção divina: “Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo de teu Senhor”. Mateus 25:23. Esta recompensa de alegria não espera até entrarmos na cidade de Deus, mas o servo fiel tem um antegozo dela mesmo aqui nesta vida. — The Signs of the Times, Janeiro de 1893. AV 287.2