E estará o arco nas nuvens, e Eu o verei, para Me lembrar do concerto eterno entre Deus e toda alma vivente de toda carne, que está sobre a terra. Gênesis 9:16. AV 312.1
Tempos atrás, tivemos o privilégio de ver o mais glorioso arco-íris que jamais contemplamos. Visitamos muitas vezes galerias de arte, e admiramos a habilidade manifestada pelo artista ao pintar quadros representando o grande arco do concerto de Deus. Ali, porém, víamos as variadas cores — carmesim, púrpura, azul, verde, prata e dourado, todas perfeitamente combinadas pelo grande Artista-Mestre. Ficamos enlevados ao contemplar esse glorioso quadro no firmamento. AV 312.2
Ao olharmos esse arco, selo e sinal da promessa de Deus ao homem, de que a tempestade de Sua ira não mais desolaria nosso mundo com as águas de um dilúvio, contemplamos Aquele que outros olhos que não os finitos vêem acima dessa gloriosa visão. Os anjos se regozijam ao olhar esse precioso testemunho do amor de Deus pelos homens. O Redentor do mundo o contempla; pois foi mediante Seu auxílio que esse arco apareceu nos céus, como um sinal, ou concerto promissor ao homem. O próprio Deus olha a esse arco nas nuvens, e lembra o eterno concerto entre Ele e o homem. ... O arco representa o amor de Cristo, o qual circunda a Terra e alcança ao mais elevado Céu, ligando os homens com Deus, e ligando a Terra com o Céu. AV 312.3
Ao olharmos o belo quadro, podemos nos regozijar em Deus, certos de que Ele está olhando a esse sinal de Seu concerto, e que enquanto Ele olha, lembra-Se dos filhos da Terra, a quem esse arco foi dado. Suas aflições, perigos e provas não Lhe estão ocultos. Podemos regozijar-nos na esperança, pois o arco do concerto de Deus está sobre nós. Ele nunca esquecerá os filhos de Seu cuidado. Quão difícil é à mente do homem finito apreender o amor e ternura peculiares de Deus, e Sua incomparável condescendência quando disse: “E Eu o verei, para Me lembrar” de ti. AV 312.4
Oh! quão fácil nos é esquecer a Deus, ao passo que Ele nunca Se esquece de nós; Ele nos visita com Suas misericórdias a toda hora. — The Review and Herald, 26 de Fevereiro de 1880. AV 312.5