Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou Eu; não temais. Mateus 14:27. AV 51.1
Penso nos discípulos naquela violenta tempestade; o barco lutava com fortes ventos e violentas rajadas. Haviam abandonado os esforços como inúteis, e quando as ondas iradas falavam de morte, por entre a tempestade um vulto luminoso aparece andando sobre as vagas toucadas de espuma. ... Ouve-se uma voz por entre o rugir da tempestade: “Tende bom ânimo, sou Eu; não temais”. Mateus 14:27. AV 51.2
Oh! quantos, neste tempo de perigo, estão fazendo uma forte arrancada contra os vagalhões! A Lua e as estrelas parecem ocultas pelas nuvens tempestuosas e, desalentados e em desespero, muitos de nós dizemos: “Não adianta; nossos esforços são como nada. Pereceremos. Temos labutado aos remos, mas sem nenhum proveito.” ... Jesus está simplesmente tão perto de nós em meio às cenas de tempestade e prova como estava de Seus seguidores jogados de um lado para outro no Mar da Galiléia. Precisamos ter uma confiança calma, constante, firme, inabalável em Deus. ... Precisamos ter agora uma experiência individual em nos apegarmos firmemente a Deus. Cristo está a bordo do barco. Crede que Cristo é nosso Capitão, que Ele cuidará, não só de nós, mas da embarcação. ... AV 51.3
Aquela noite no barco foi para os discípulos uma escola em que deviam receber sua educação para a grande obra que devia ser feita posteriormente. As horas sombrias da prova hão de vir a cada um como parte de sua educação para uma obra mais elevada, para esforço mais dedicado, mais consagrado. A tempestade não foi mandada aos discípulos para que naufragassem, mas para experimentá-los e prová-los, individualmente. ... AV 51.4
O tempo de nossa educação está a findar. Não temos tempo a perder andando entre nuvens de dúvida e incerteza. ... Podemos estar bem achegados a Jesus. Ninguém se furte a uma lição penosa nem perca a bênção de uma árdua disciplina. AV 51.5
Seja qual for nossa condição na vida, nossa ocupação, temos um Guia seguro. Seja qual for nossa condição é Ele nosso conselheiro. Seja qual for nossa solidão Ele é nosso Amigo, em quem sempre podemos confiar. — Carta 13, 1892. AV 51.6