Para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças. Mateus 8:17. PC 43.1
Somente Cristo é capaz de carregar as aflições de muitos. “Em toda a angústia deles foi Ele angustiado.” Isaías 63:9. Ele não teve nunca doença em Sua própria carne; mas tomava sobre Si as enfermidades de outros. Com a mais terna compaixão olhava os sofredores que se comprimiam em torno dEle. Gemia em espírito ao ver a obra de Satanás manifesta em todo o seu infortúnio; e tornava Seu todo caso de necessidade e dor. Nenhuma multiplicidade de números O confundia. Nenhuma angústia O assombrava. Com um poder jamais intimidado, Ele expulsava os espíritos maus que possuíam mente e corpo, enquanto a dor dos aflitos vibrava-Lhe em todo o ser. O poder do amar achava-se em todas as curas. Ele identificava Seus interesses com os de toda a humanidade sofredora. PC 43.2
Cristo era em Si mesmo saúde e força, e quando os sofredores se achavam em Sua imediata presença, a doença era sempre repreendida. Foi por essa razão que Ele não foi imediatamente ter com Lázaro. Não poderia ver-lhe os sofrimentos sem Lhe trazer alívio. Não podia testemunhar a enfermidade e a morte sem combater o poder de Satanás. A morte de Lázaro foi permitida para que, mediante sua ressurreição, pudesse ser dada aos judeus a última e suprema prova de que Jesus era o Filho de Deus. PC 43.3
E em todo esse conflito com o poder do mal, havia sempre diante de Cristo a entenebrecida sombra em que devia Ele próprio entrar. Diante dEle estava sempre a maneira por que precisava pagar o resgate dessas vidas. ... Quando ressuscitou a Lázaro, sabia que, por aquela vida Ele devia pagar o resgate na cruz do Calvário. Todo livramento feito devia-Lhe causar a mais profunda humilhação. Ele devia provar a morte por todo homem. ... Da sofredora multidão levada a Cristo, diz-se: “Ele curou a todos”. Mateus 12:15. Assim exprimia Ele Seu amor aos filhos dos homens. Seus milagres eram parte de Sua missão. ... Ele sabe como proferir a palavra: “Sê limpo” ou “sê curado”; e, havendo curado o sofredor, diz: “Vai e não peques mais”. João 8:11. — Manuscrito 18, 1898. PC 43.4