Este capítulo é baseado em Mateus 13:44.
“Também o reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem e compra aquele campo.” Mateus 13:44. PJ 47.2
Nos tempos antigos era comum esconderem os homens seus tesouros na terra. Pilhagens e roubos eram freqüentes; e cada vez que havia mudança no governo, os que possuíam muitas propriedades estavam sujeitos a serem taxados com pesados tributos. Além disso a terra estava em constante perigo, pela invasão de bandos de ladrões. Por isso os ricos procuravam preservar seus tesouros escondendo-os, e a terra era tida como esconderijo seguro. Mas, o local era muitas vezes esquecido, a morte podia chamar o possuidor, a prisão ou desterro podiam separá-lo de suas riquezas, e o tesouro, para cuja conservação tomara tais precauções, ficava para o feliz descobridor. No tempo de Cristo não era incomum descobrirem-se, em terras abandonadas, moedas velhas e ornamentos de ouro e prata. PJ 47.3
Um homem arrenda um terreno para o cultivar, e, lavrando os bois o solo, é desenterrado um tesouro oculto. Descobrindo o homem esse tesouro, vê que uma fortuna está ao seu alcance. Repondo o ouro no esconderijo, volta para casa, vende tudo quanto tem para adquirir o campo que encerra o tesouro. Sua família e vizinhos pensam que está agindo como insensato. Contemplando o campo, não vêem valor algum na terra abandonada. Mas o homem sabe o que faz; e quando o campo lhe pertence, examina cada porção do mesmo, para achar o tesouro de que se apossou. PJ 47.4
Essa parábola ilustra o valor do tesouro celestial e os esforços que devem ser feitos para assegurá-lo. O descobridor do tesouro no campo estava disposto a privar-se de tudo quanto possuía, disposto a empenhar-se em trabalho árduo para alcançar as riquezas encobertas. Assim também o descobridor do tesouro celestial não terá nenhum trabalho por demasiado grande, nem sacrifício algum por demasiado custoso, para obter os tesouros da verdade. PJ 47.5
Na parábola, o campo que encerra o tesouro, representa as Sagradas Escrituras. E o evangelho é o tesouro. A própria terra não está tão permeada de veios auríferos nem tão cheia de preciosidades como a Palavra de Deus. PJ 47.6