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Equilíbrio do Trabalho CP 290

A mente dos homens pensantes trabalha demasiado arduamente. Com freqüência, eles usam muito prodigamente suas faculdades mentais; ao passo que outra classe existe, cujo mais elevado objetivo na vida é o trabalho físico. Esta classe não exercita o cérebro. Os músculos são exercitados, ao passo que o cérebro fica privado da força intelectual; da mesma maneira, a mente dos intelectuais é trabalhada, enquanto o corpo lhes fica sem forças nem vigor, em virtude de sua negligência de exercitar os músculos. ... Caso o intelectual houvesse de partilhar até certo ponto do fardo das classes trabalhadoras, revigorando assim os músculos, essas classes poderiam fazer menos, e consagrariam parte do tempo à cultura intelectual e moral. As pessoas de hábitos sedentários e literários devem fazer exercício físico mesmo não tendo necessidade de fazê-lo, no que respeita aos meios. A saúde devia constituir suficiente incentivo para os levar a unir o trabalho físico ao intelectual. CP 290.1

A cultura moral, a intelectual e a física devem ser combinadas a fim de produzir homens e mulheres bem desenvolvidos e equilibrados. Alguns são aptos a exercer grande força intelectual, ao passo que outros se inclinam a gostar e achar prazer no trabalho físico. Ambas essas classes devem buscar melhorar-se onde são deficientes, de modo a apresentar a Deus o ser todo, em sacrifício vivo, santo e agradável a Ele, que é o seu culto racional. ... CP 290.2

Os que se satisfazem em dedicar a vida ao trabalho físico, deixando a outros o pensar por eles, enquanto simplesmente executam o que o cérebro desses outros planejou, terão vigorosa musculatura, mas débil intelecto. Sua influência para o bem é diminuta, em comparação com o que poderia ser, caso empregassem o cérebro da mesma maneira que fazem com os músculos. Essa classe cai mais facilmente quando atacada pela doença, porque o organismo não é vivificado pela força elétrica do cérebro para resistir à enfermidade. Os homens dotados de boas energias físicas, devem educar-se para pensar tão bem quanto são capazes de agir, não dependendo de outros para lhes servir de cérebro. CP 291.1