Enquanto os estudantes estão sendo educados deste modo, vão se tornando menos capacitados para fazer um trabalho aceitável para o Mestre. O desgaste que sofrem para alcançar um ampliado conhecimento nos ramos médicos incapacita-os para trabalhar como deviam nos setores ministeriais. Esgotamento físico e mental sobrevém em virtude do excesso de estudo, e porque os estudantes são encorajados a trabalhar indevidamente pelos de baixa classe e degradados. Assim alguns ficam desqualificados para a obra que poderiam ter feito, tivessem eles começado trabalho missionário onde necessário fosse e deixado o aspecto médico associar-se como uma parte essencial relacionada com a obra do ministério evangélico como um todo, assim como a mão está ligada ao corpo. A vida não deve ser posta em perigo no esforço de obter educação médica. Há o perigo, em alguns casos, de que os estudantes arruínem sua saúde e se incapacitem para fazer o trabalho que poderiam ter feito não tivessem sido desavisadamente animados a fazer um curso médico. CE 205.2
Muitas vezes opiniões errôneas são inscritas na mente, e conduzem a um modo de agir inadequado. Os estudantes devem ter tempo para falar com Deus, tempo para viver em constante e consciente comunhão com os princípios da verdade, justiça e misericórdia. Neste tempo é essencial rigoroso exame do coração. O estudante precisa colocar-se onde possa haurir da Fonte de poder espiritual e intelectual. Ele deve exigir que toda causa que reclame sua simpatia e cooperação tenha a aprovação do raciocínio que Deus lhe deu, e da consciência, a qual o Espírito Santo está controlando. Não deve ele praticar um só ato que não se harmonize com os profundos e santos princípios que ministram luz a sua alma e vigor a sua vontade. Somente assim pode ele prestar a Deus o mais elevado serviço. Não se lhe deve ensinar que a obra médico-missionária o ponha em obrigação para com qualquer homem, o qual lhe ditará o que deve ser a sua obra. CE 206.1
Não deve a obra médico-missionária ser posta à parte e separada da organização da igreja. Os estudantes de medicina não devem receber a idéia de que pode considerar-se responsável somente aos líderes na obra médica. Devem ser deixados livres para receber conselho de Deus. Não devem comprometer-se a si mesmos e o seu futuro a coisa alguma que falíveis seres humanos possam esboçar-lhes. Nenhum fio de egoísmo deve ser entretecido na teia; nenhum esquema que tenha uma só partícula de justiça deve ser traçado. O egoísmo não deve controlar qualquer aspecto da obra. Lembremo-nos de que individualmente estamos trabalhando a plena vista do Universo celestial. CE 206.2