Go to full page →

Uma comparação de valores LA 232

A mãe raramente aprecia sua própria obra, e freqüentemente se põe tão baixo na estima de seu trabalho que o considera como servidão doméstica. Ela vive na mesma rotina dia a dia, semana a semana, com nenhum resultado especialmente marcante. Ao fim do dia não pode ela dizer quanta coisa terá realizado. Posta em contraste com as realizações do marido, ela sente que nada fez digno de nota. LA 232.3

O pai freqüentemente chega com um ar satisfeito e orgulhosamente passa em revista o que realizou durante o dia. Suas observações mostram que ele agora espera ser servido pela mãe, pois ela não fez muito exceto cuidar dos filhos, cozer o alimento e manter a casa em ordem. Ela não fez trabalho de comerciante, não comprou nem vendeu; não fez trabalho de agricultor, no preparo do solo; não trabalhou em mecânica — logo não pode estar cansada. Ele critica, e censura, e impõe, como se fora o senhor da criação. E isto é de tudo o mais difícil para a esposa e mãe, porque ela de fato se cansou muito em seu posto de dever durante o dia, e no entanto não pode ver o que fez e está realmente fatigada. LA 232.4

Pudesse o véu ser afastado e o pai e a mãe ver como Deus a obra do dia, e como Seus olhos infinitos comparam a obra de um com a do outro, e ficariam atônitos ante a revelação celestial. O pai haveria de olhar o seu trabalho em mais modesta luz, enquanto a mãe ganharia nova coragem e energia para persistir em seu trabalho com sabedoria, perseverança e paciência. Agora ela conhece o seu valor. Enquanto o pai trata com coisas que devem perecer e passar, a mãe trata com o desenvolvimento de mentes e caracteres, trabalhando não apenas para o tempo, mas para a eternidade. — The Signs of the Times, 13 de Setembro de 1877. LA 233.1