Go to full page →

A mensagem de Isaías 58 T6 265

Não posso deixar de ser demasiado veemente em insistir com todos os membros de nossas igrejas, todos quantos são verdadeiros missionários, todos quantos crêem na terceira mensagem angélica, todos quantos desviam o pé de profanar o sábado, para considerarem a mensagem do capítulo cinqüenta e oito de Isaías. A obra de beneficência recomendada nesse capítulo é a obra que Deus requer de Seu povo neste tempo. É uma obra indicada por Ele próprio. Não somos deixados em dúvida quanto ao lugar da mensagem e ao tempo de seu assinalado cumprimento, pois lemos: “E os que de ti procederem edificarão os lugares antigamente assolados; e levantarás os fundamentos de geração em geração; e chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar.” Isaías 58:12. O memorial de Deus, o sábado do sétimo dia, o sinal de Sua obra em criar o mundo, foi removido pelo homem do pecado. O povo de Deus tem uma obra especial a fazer em reparar as brechas feitas em Sua lei; e quanto mais nos aproximamos do fim, tanto mais urgente se torna essa obra. Todos quantos amam a Deus mostrarão que Lhe trazem o sinal pela guarda de Seus mandamentos. Eles são os restauradores de veredas para a habitação. Diz o Senhor: “Se desviares o teu pé do sábado, e de fazer a tua vontade no Meu santo dia, e se chamares ao sábado deleitoso, ... então te deleitarás no Senhor, e te farei cavalgar sobre as alturas da Terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó.” Isaías 58:13, 14. Assim o genuíno trabalho médico-missionário acha-se inseparavelmente ligado à observância dos mandamentos de Deus, dentre os quais o sábado é especialmente mencionado, uma vez que é o grande memorial da obra criadora de Deus. Sua observância está ligada com a obra de restaurar a imagem moral de Deus no homem. Esse é o ministério que o povo de Deus deve levar avante neste tempo. Esse ministério, quando devidamente cumprido, trará ricas bênçãos à igreja. T6 265.2

Necessitamos, como crentes em Cristo, de uma fé maior. Importa que sejamos mais fervorosos na oração. Muitos cogitam por que suas orações são tão sem vida, tão fraca e vacilante a sua fé, sua vida cristã tão sombria e incerta. Não temos nós jejuado, dizem, e andado “de luto diante do Senhor dos Exércitos?” No capítulo cinqüenta e oito de Isaías, Cristo mostrou como se podem mudar essas condições. Diz Ele: “Porventura não é este o jejum que escolhi? que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo? e que deixes livres os quebrantados, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desterrados? e, vendo o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?” Isaías 58:6, 7. Eis a receita prescrita por Cristo para a alma desfalecida, duvidosa, tremente. Que os tristes, que andam lamentosamente na presença de Deus, levantem-se e ajudem alguém que está em necessidade. T6 266.1

Toda igreja se acha necessitada do poder controlador do Espírito Santo, e é agora o tempo de orar por ele. Mas em todo o trabalho de Deus pelo homem, Seus desígnios são que este coopere com Ele. Para isso, o Senhor roga à igreja que tenha maior piedade, mais justo senso de dever, mais clara compreensão de suas obrigações para com seu Criador. Roga-lhes que sejam um povo puro, santificado, ativo. E a obra de auxílio cristão é um dos meios de operar isso, pois o Espírito Santo participa com todos os que estão fazendo o serviço de Deus. T6 266.2

Aos que se acham empenhados nessa obra, quero dizer: Continuem a trabalhar com tato e habilidade. Despertem os companheiros para trabalhar sob algum nome com o qual se organizem para cooperar em ação harmônica. Mobilizem os rapazes e as moças das igrejas para trabalhar. Unam a obra médico-missionária com a proclamação da terceira mensagem angélica. Façam esforços regulares, organizados, para erguer os membros da igreja acima da atmosfera morta em que se têm colocado por anos. Enviem às igrejas obreiros que vivam os princípios da reforma da saúde. Sejam enviadas pessoas que sintam a necessidade de abnegação no apetite, do contrário serão um laço para a igreja. Notem então que um sopro de vida se apoderará de nossas igrejas. Importa introduzir na obra um novo elemento. O povo de Deus precisa compreender sua grande necessidade e perigo, e lançar mãos à obra que lhes fica mais perto. T6 267.1

O Salvador está sempre presente com os que se empenham nesta obra, dizendo uma palavra a tempo e fora de tempo, ajudando os necessitados, falando-lhes do maravilhoso amor de Cristo por eles, e impressionando o coração dos pobres, miseráveis e infelizes. Quando a igreja aceita a obra que lhe é dada por Deus, tem a promessa: “Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante de tua face, e a glória do Senhor será a tua retaguarda.” Isaías 58:8. Cristo é nossa justiça; vai adiante de nós nesta obra, e a glória do Senhor vem como conseqüência. T6 267.2

Tudo quanto o Céu contém está à espera para ser utilizado pela alma que trabalha com Cristo. Quando os membros de nossa igreja iniciarem individualmente o trabalho que lhes é indicado, serão circundados por uma atmosfera totalmente diversa. Suas atividades serão acompanhadas de bênção e poder. Experimentarão mais elevado cultivo de espírito e coração. O egoísmo que lhes atava a alma será vencido. Sua fé será um princípio vivo. Serão mais fervorosas as orações. A vivificante e santificadora influência do Espírito Santo será derramada sobre eles, e estarão mais perto do reino de Deus. T6 267.3

*****

O Salvador desconhece tanto classe social como posição, tanto as honras mundanas como as riquezas. Caráter e dedicação de propósito são de alto valor para Ele. Não toma partido ao lado dos fortes e dos favorecidos pelo mundo. Ele, o Filho do Deus vivo, inclina-Se para erguer os caídos. Por meio de promessas e palavras de segurança, busca atrair a Si a alma perdida e prestes a perecer. Os anjos de Deus estão observando para ver quais de Seus seguidores exercerão terna compaixão e simpatia. Observam para ver quais dentre o povo de Deus manifestarão o amor de Jesus. T6 268.1

Os que avaliam a miséria do pecado, e a divina compaixão de Cristo em Seu infinito sacrifício pelo homem caído, terão comunhão com Cristo. Seu coração estará cheio de benignidade; a expressão da fisionomia e o tom da voz manifestarão simpatia, seus esforços se caracterizarão por sincera solicitude, amor e energia, e, ajudados por Deus, serão uma força para ganhar almas para Cristo. T6 268.2

Todos nós precisamos semear uma colheita de paciência, compaixão e amor. Ceifaremos aquilo que estamos semeando. Nosso caráter está-se formando agora para a eternidade. Aqui na Terra, estamos nos preparando para o Céu. Tudo devemos à graça, abundante graça, graça soberana. A graça no concerto ordenou nossa adoção. A graça do Salvador efetuou nossa redenção, regeneração e adoção como co-herdeiros de Cristo. Que essa mesma graça seja manifesta aos outros. T6 268.3