As características que mais intensamente precisam ser acariciadas pelo povo que guarda os mandamentos de Deus, são: paciência e longanimidade, paz e amor. Quando falta o amor, observa-se uma perda irrecuperável, pois as pessoas são afastadas da verdade, mesmo depois de estarem em ligação com a causa de Deus. Nossos irmãos em posição de responsabilidade, que possuem força para influenciar, devem lembrar-se das palavras do apóstolo Paulo, proferidas sob a direção do Espírito Santo: “Mas nós que somos fortes devemos suportar as fraquezas dos fracos e não agradar a nós mesmos. Portanto, cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação. Porque também Cristo não agradou a si mesmo, mas, como está escrito: Sobre mim caíram as injúrias dos que te injuriavam.” Romanos 15:1-3. Uma vez mais, diz ele: “Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão, olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado. Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo.” Gálatas 6:1, 2. T6 398.1
Conservem em mente que é a obra da restauração que deve constituir o nosso fardo. Tal obra não deve ser realizada de modo orgulhoso, impositivo, autoritário. Que suas maneiras jamais digam: “tenho o poder, vou utilizá-lo”, passando a lançar acusações sobre o errante. Façam a obra de restauração “com espírito de mansidão, olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado.” Gálatas 6:1. A obra que devemos realizar em favor de nossos irmãos não é jogá-los para o lado, não é conduzi-los ao desencorajamento e desespero, dizendo: “Você me desapontou, de modo que não mais tentarei ajudá-lo.” Aquele que posiciona a si mesmo como cheio de sabedoria e força, e critica aquele que se sente oprimido, angustiado e suspirando por auxílio, manifesta o espírito dos fariseus, e se enrosca nas vestes de sua pretensa dignidade. Intimamente, tal pessoa agradece a Deus porque não é como os demais homens, e supõe que sua forma de agir é digna de louvor, e que, por ser tão forte, está além do alcance da tentação. Ocorre que “se alguém cuida ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo.” Gálatas 6:3. Tal pessoa se encontra em constante perigo. Quem ignora as graves necessidades de seu irmão, será colocado pela providência divina no mesmo caminho de provação e tristeza que o irmão trilhou; e, através de amarga experiência, lhe será demonstrado que ele é tão desajudado e necessitado quanto aquele sofredor pelo qual ele antes sentia repulsa. “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” Gálatas 6:7. T6 398.2
“Se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões, completai a minha alegria, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa. Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus.” Filipenses 2:1-5. T6 399.1
Quanto mais perto nos mantivermos de Cristo, quanto mais meigos, amáveis e desprovidos do eu formos, mais firmemente nos apegaremos a Jesus e maior será o nosso poder para, através dEle, converter os pecadores, pois não é o agente humano quem comove a alma. Inteligências celestiais cooperam com o agente humano, imprimindo a verdade no coração. Se permanecermos em Cristo, seremos capacitados a influenciar outros; mas isso ocorre por causa da presença daquele que diz: “eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos.” Mateus 28:20. O poder de que dispomos para triunfar sobre Satanás é o resultado de Cristo operando em nós o querer e o efetuar de acordo com Sua boa vontade. T6 399.2