De todos os aspectos da educação a ser dada em nossos internatos são as práticas religiosas as mais importantes. Cumpre tratá-las com a máxima solenidade e reverência, ao mesmo tempo que devem ser tão atrativas quanto possível. Não devemos prolongá-las de maneira a torná-las enfadonhas, pois a impressão assim causada na mente dos jovens fará com que associem a religião com tudo quanto é árido e desinteressante; e muitos serão levados a pôr sua influência do lado do inimigo, ao passo que, se fossem devidamente ensinados, se tornariam uma bênção ao mundo e à igreja. As reuniões de sábado, os cultos matutinos e vespertinos no lar e na capela, a menos que sejam bem orientados e tenham a vivificação do Espírito de Deus, podem-se tornar por demais formais, desinteressantes e sem atrativos, sendo para os adolescentes os mais tediosos dos exercícios escolares. As reuniões de oração e todos os demais cultos religiosos devem ser planejados e dirigidos de maneira que, não somente sejam proveitosos, mas tão agradáveis que exerçam positiva atração. O orar juntos, ligará os corações a Deus com laços perduráveis; o confessar a Cristo, franca e corajosamente, manifestará em nosso caráter Sua mansidão, humildade e amor, e fará com que outros fiquem encantados com a beleza da santidade. T6 174.2
Em todas essas ocasiões Cristo deve ser apresentado como o primeiro “entre dez mil”, Aquele que é “totalmente desejável”. Cantares 5:10, 16. Seja Ele destacado como a Fonte de todo verdadeiro prazer e satisfação, o Doador de toda dádiva perfeita, o Autor de toda bênção, Aquele em quem se concentram todas as nossas esperanças de vida eterna. Em toda prática religiosa, transpareçam em sua real beleza o amor de Deus e a alegria da vida cristã. Seja apresentado o Salvador como o restaurador de todo efeito do pecado. T6 175.1
Para chegar a esse resultado, é preciso evitar toda estreiteza de visão. É necessária uma devoção sincera, fervorosa, do íntimo do coração. Será essencial nos professores a piedade ativa e ardente. Haverá poder para nós, se a possuirmos. Haverá graça, se a apreciarmos. O Espírito Santo aguarda nossa solicitação, uma vez que a façamos com intensidade de propósito proporcional ao valor do objeto que buscamos. Os anjos do Céu estão tomando nota de toda a nossa obra, e procuram ver como poderão ministrar a cada um de maneira que ele reflita a semelhança de Cristo no caráter, e se transforme à imagem divina. Quando os que se acham à frente de nossos internatos apreciarem as oportunidades e privilégios postos ao seu alcance, realizarão para Deus uma obra aprovada pelo Céu. T6 175.2