Deus não deseja que Sua obra esteja constantemente envolvida em dívidas. Quando parecer conveniente aumentar os nossos edifícios ou outras dependências de uma instituição, evitemos ir além dos nossos meios. É preferível adiar o melhoramento até que a Providência abra o caminho para que ele seja realizado sem contrair pesadas dívidas e ter que pagar juros. T7 206.1
As casas publicadoras têm atraído a confiança de nosso povo e, dessa maneira, se tornaram capazes de fornecer recursos para manter setores da obra nos diferentes campos, e têm auxiliado na condução de outros empreendimentos. Isso está certo. Não tem sido feito o suficiente nesse sentido. O Senhor vê tudo isso. De acordo, porém, com a luz que Ele me deu, devem-se empenhar todos os esforços para estarem livres de dívidas. T7 206.2
A obra de publicações foi iniciada com sacrifício e deve ser administrada de acordo com princípios econômicos rígidos. A questão das finanças pode ser enfrentada se, ao surgir carência de recursos, os obreiros concordarem com uma redução nos salários. Esse foi o princípio que o Senhor me revelou para ser levado às nossas instituições. Quando o dinheiro for escasso, devemos estar dispostos a restringir as nossas necessidades. T7 206.3
Que seja feito o mais detalhado orçamento das publicações e então todos em nossas casas publicadoras estudem cada possibilidade de economizar, ainda que isso possa gerar alguma inconveniência. É preciso cuidar das pequenas despesas. Estancar todo vazamento. São as pequeninas perdas que cobram caro no fim. Deve-se ajuntar os fragmentos; coisa alguma deve ser desperdiçada. Que não se gaste os minutos conversando; os minutos perdidos comprometem as horas. A persistente diligência, que opera pela fé, será sempre coroada de êxito. T7 206.4
Alguns pensam que rebaixa a sua dignidade o cuidar de coisas pequenas. Pensam eles ser isso a evidência de uma mente estreita e de um espírito mesquinho. Mas as pequenas infiltrações têm posto a pique muito navio. Não se deve permitir que coisa alguma que se destine ao benefício de todos seja desperdiçada. A falta de economia acarretará certamente dívida às nossas instituições. Embora se possa receber muito dinheiro, este se perderá nos pequenos gastos de cada setor da obra. Economia não é mesquinhez. T7 206.5
Todo homem ou mulher empregados na casa publicadora deve ser uma fiel sentinela, que vigie para que nada seja desperdiçado. Todos devem acautelar-se contra supostas necessidades que exijam o emprego de meios. Alguns homens vivem melhor com quatrocentos dólares por ano do que outros com oitocentos. A mesma coisa se dá com nossas instituições; algumas pessoas podem dirigi-las com muito menos capital do que outras. Deus deseja que todos os obreiros exerçam economia, e especialmente que sejam fiéis contabilistas. T7 207.1
Cada obreiro de nossas instituições deve receber justa remuneração. Se os obreiros receberem salários adequados, eles terão a satisfação de fazer doações à causa. Não é justo que alguns recebam grande quantia, e outros, que estão realizando trabalho necessário e fiel, recebam tão pouco. T7 207.2
Não obstante, há casos em que se deve estabelecer uma diferença. Há homens ligados com as casas publicadoras que desempenham pesadas responsabilidades, e cujo trabalho é de grande valor para a instituição. Em muitos outros lugares eles poderiam ter muito menos responsabilidade e, financeiramente, obterem maior remuneração. Todos podem ver a injustiça de não se pagar a esses homens um salário maior do que se paga a trabalhadores braçais. T7 207.3
Se uma mulher for apontada por Deus para fazer certo trabalho, seu trabalho deve ser calculado de acordo com o seu valor. Alguns podem pensar que seja correto permitir que as pessoas devotem seu tempo e trabalho à obra sem remuneração. Deus, porém, não sanciona tais soluções. Ao se exigir sacrifício por causa de falta de recursos, não se deve fazer recair o fardo exclusivamente sobre umas poucas pessoas. Todos devem unir-se nesse sacrifício. T7 207.4
O Senhor deseja que os que têm o encargo de Seus bens revelem bondade e liberdade, não mesquinhez. Não devem eles, em seu interesse, procurar exigir cada centavo possível. Deus olha com desprezo para tais métodos. T7 208.1
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Devem os obreiros receber remuneração de acordo com as horas que eles dedicam a trabalho honesto. Aquele que dedica tempo integral deve receber de acordo com o tempo. Se alguém emprega mente, alma e energia no desempenho de suas responsabilidades, deve ser pago de acordo com isso. T7 208.2
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Ninguém deve receber um salário exorbitante, ainda que ele possua aptidões e qualificações especiais. O trabalho feito para Deus e Sua causa não deve ser realizado de forma mercenária. Nenhuma sobrecarga a mais têm os obreiros da casa publicadora, gasto algum maior, nenhuma responsabilidade mais pesada do que os obreiros de outros setores. Seu trabalho não é mais cansativo do que o do fiel pastor. Ao contrário, os pastores fazem, via de regra, maiores sacrifícios do que os realizados pelos obreiros de nossas instituições. Os pastores vão onde são enviados; são soldados, prontos para se locomoverem a qualquer momento, para enfrentar qualquer emergência. São, até certo ponto, forçosamente separados de suas famílias. Os obreiros das casas publicadoras têm, em geral, uma casa permanente, e podem viver com suas famílias. Isso é uma grande economia e deve ser considerado comparando-se a relativa compensação dos obreiros do ministério com os das casas publicadoras. T7 208.3
Os que trabalham sem reservas na vinha do Senhor, empregando o máximo de sua habilidade, não são os que mais valorizam seu próprio serviço. Em lugar de se encherem de orgulho e presunção, e calcularem com exatidão cada hora de trabalho, comparam seus esforços com o trabalho do Salvador, e se consideram servos pouco úteis. T7 209.1
Irmãos, não considerem quão pouco pode ser feito para atingir o padrão mais baixo, mas despertem-se para a possibilidade de chegar à plenitude de Cristo, a fim de poder fazer muito por Ele. T7 209.2
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O Senhor necessita de pessoas que vejam a obra em sua magnitude, e que compreendam os princípios que com ela têm estado entrelaçados desde o seu surgimento. Ele não deseja que um sistema mundano de coisas venha moldar a obra em rumos inteiramente diferentes dos que destinou ao Seu povo. A obra deve demonstrar o caráter de seu Originador. T7 209.3
No sacrifício de Cristo pelos homens caídos, a misericórdia e a verdade se encontraram, a justiça e a paz se beijaram. Quando esses atributos estão separados da mais maravilhosa e visivelmente bem-sucedida obra, ela perde completamente o seu valor. T7 209.4
Deus não escolheu uns poucos homens para Sua estima, e deixou outros abandonados. Ele não exalta um, e abate e oprime outro. Todos os que são verdadeiramente convertidos manifestarão o mesmo espírito. Eles tratarão os seus semelhantes como tratariam a Cristo. Um não ignorará os direitos do outro. T7 209.5
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Os servos de Deus devem ter tão grande respeito pela sagrada obra que estão manejando que não tragam para ela nenhum vestígio de egoísmo. T7 209.6