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    11 - Não Recebais em Vão a Graça de Deus

    A. T. JonesESF 100.1

    É possível o crente receber graça suficiente para mantê-lo livre de pecar? Sim.7Ellen White confirma este pensamento nos seguintes textos: “Nem por um pensamento [Jesus] cedia à tentação. O mesmo se pode dar conosco. [...] Enquanto a Ele estivermos ligados pela fé, o pecado não mais terá domínio sobre nós (O Desejado de Todas as Nações, p. 77, grifo acrescentado). “Cristo veio para nos tornar ‘participantes da natureza divina’, e Sua vida declara que a humanidade, unida à divindade, não comete pecado” (A Ciência do Bom Viver, p. 180, grifo acrescentado). De fato, todos podem ter o suficiente para guardá-los de pecar. O suficiente é dado, e é dado para esse propósito. Se alguém não tem essa medida, não é porque o suficiente não lhe foi dado, mas, sim, porque ele não recebe o que foi dado. “E a graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo” (Efésios 4:7). A proporção, ou a medida, do dom de Cristo constitui Ele próprio por completo, e esta corresponde à medida de “toda a plenitude da divindade”, “corporalmente” (Colossenses 2:9). Não há um limite para “toda a plenitude da divindade”; trata-se de algo ilimitado cujo alcance é a infinitude de Deus. Todavia, essa nada mais é do que a medida da graça concedida a cada um de nós. A ilimitada medida da plenitude da divindade é a única coisa que pode expressar a proporção de graça concedida a cada pessoa deste mundo, pois “onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Romanos 5:20). Essa graça é dada “a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor” (Romanos 5:21), e para que “o pecado não [tenha] domínio sobre vós; pois [...] estais debaixo [...] da graça” (Romanos 6:14).ESF 100.2

    Ela é dada também “com vistas ao aperfeiçoamento dos santos” (Efésios 4:12). O alvo dela é conduzir cada um à perfeição em Cristo Jesus – a uma perfeição, também, que está plenamente à altura do padrão de Deus, pois tal graça é dada para a edificação do corpo de Cristo, “até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Efésios 4:13). Ela é dada “a cada um de nós” “até que todos cheguemos” à perfeição, à medida da estatura da plenitude de Cristo. Repito: essa graça é concedida a cada um que vive numa condição em que abundou o pecado e ela traz salvação a cada um a quem ela é dada. Ao trazer em si a salvação, a medida da salvação que essa graça traz a cada um não é nada menos do que a medida de sua própria plenitude, que, por sua vez, não é nada menos do que a medida da plenitude da divindade.ESF 101.1

    Visto que graça ilimitada é concedida a cada um trazendo uma quantidade de salvação equivalente à própria plenitude dela mesma, então se alguém não tem salvação ilimitada, por que isso ocorre? Em termos claros, isso só pode ocorrer porque a pessoa não está disposta a receber a graça concedida.ESF 101.2

    Visto que graça ilimitada é concedida a cada um a fim de que ela reine no indivíduo contra todo o poder do pecado, tão certamente como o pecado reinou, e a fim de que o pecado não tenha mais domínio, então se o pecado ainda reina na pessoa, se o pecado ainda tem domínio sobre ela, onde está a culpa? Claramente se conclui que o problema reside no fato de que a pessoa não permite que a graça realize por ela e nela a obra para a qual foi dada. Devido à incredulidade, tal pessoa frustra a graça de Deus. No que diz respeito a esse indivíduo, a graça foi concedida em vão.ESF 101.3

    Mas cada crente, segundo sua profissão de fé, afirma ter recebido a graça de Deus. Então, se a graça não reina no crente em lugar do pecado, se a graça não tem o domínio no lugar do pecado, é suficientemente evidente que ele está recebendo a graça de Deus em vão. Se a graça não está conduzindo o crente avante rumo à perfeita varonilidade, segundo a medida da estatura da plenitude de Cristo, conclui-se que ele está recebendo a graça de Deus em vão. Daí a exortação das Escrituras: “Nós, na qualidade de cooperadores com Ele, também vos exortamos a que não recebais em vão a graça de Deus” (2 Coríntios 6:1).ESF 101.4

    A graça de Deus é plenamente capaz de realizar a obra para a qual ela foi dada, mas somente se tiver a permissão de operar. Vimos que, pelo fato de a graça proceder completamente de Deus, o poder da graça é nada menos que o poder de Deus. É mais do que evidente, portanto, que o poder de Deus é abundantemente capaz de realizar toda a obra para a qual foi outorgado, a saber, a salvação da alma, a libertação do pecado e do seu poder, o reinado da justiça na vida e o aperfeiçoamento do crente até a medida da estatura da plenitude de Cristo. Mas, para isso ocorrer, tal poder precisa ter lugar no coração e na vida da pessoa, a fim de operar de acordo com a vontade de Deus. O propósito do poder de Deus é “a salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1:16). A incredulidade frustra a graça de Deus. Muitos creem e recebem a graça de Deus para a salvação de seus pecados passados, mas se contentam com isso; e apesar de terem dado lugar a essa graça na alma para a salvação dos pecados passados, não fazem o mesmo para que ela reine contra o poder do pecado. Isso não passa, também, de outro estágio de incredulidade. Assim, no que diz respeito ao objetivo final da graça – a perfeição da vida à semelhança de Cristo –, tais pessoas, na prática, recebem a graça de Deus em vão.ESF 102.1

    “Nós, na qualidade de cooperadores com Ele, também vos exortamos a que não recebais em vão a graça de Deus (porque Ele diz: Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação; eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação); não dando nós nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o ministério não seja censurado” (2 Coríntios 6:1-3). A palavra “ministério” aqui não se refere simplesmente ao ministério ordenado do púlpito. Ela inclui a cada um que recebe a graça de Deus e afirma confessar o nome de Cristo, pois “cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros [mordomos] da multiforme graça de Deus” (1 Pedro 4:10). Logo, Deus não deseja que as pessoas recebam a Sua graça em vão, a fim de que essa graça e sua bendita obra não seja erroneamente representada diante do mundo, pois isso impediria ainda mais que homens e mulheres rendam-se a ela. Deus não quer que Sua graça seja recebida em vão, pois, quando este é o caso, motivos de escândalo ocorrem em muitas coisas e a culpa é posta sobre o próprio ministério da graça. Por outro lado, quando a graça de Deus não é recebida em vão, mas a ela é dado o lugar que lhe é devido, “nenhum motivo de escândalo” haverá “em coisa alguma”, e o ministério, além de não ser censurado, será, sim, abençoado.ESF 102.2

    E agora, para mostrar quão completo e plenamente abrangente será o reino da graça na vida de quem não a recebe em vão, o Senhor nos apresenta a seguinte lista, que abrange tudo, e pela qual iremos recomendar a nós mesmos como ministros aprovados de Deus. Vamos ler com cuidado:ESF 103.1

    Em tudo recomendando-nos a nós mesmos como ministros de Deus:
    Na muita paciência,
    Nas aflições,
    Nas privações,
    Nas angústias,
    Nos açoites,
    Nas prisões,
    Nos tumultos,
    Nos trabalhos,
    Nas vigílias,
    Nos jejuns,
    Na pureza,
    No saber,
    Na longanimidade,
    Na bondade,
    No Espírito Santo,
    No amor não fingido,
    Na palavra da verdade,
    No poder de Deus,
    Pelas armas da justiça, quer ofensivas, quer defensivas;
    Por honra e por desonra,
    Por infâmia e por boa fama,
    Como enganadores e sendo verdadeiros;
    Como desconhecidos e, entretanto, bem conhecidos;
    Como se estivéssemos morrendo e, contudo, eis que vivemos;
    Como castigados, porém não mortos;
    Entristecidos, mas sempre alegres;
    Pobres, mas enriquecendo a muitos;
    Nada tendo, mas possuindo tudo.
    ESF 103.2

    Essa lista cobre todas as experiências pelas quais a vida do crente pode passar neste mundo. Ela mostra que, onde a graça de Deus não é recebida em vão, tal graça terá de tal forma a posse e o controle da vida, que cada experiência pela qual o crente passar em sua vida será apropriada pela graça e transformada para que sejamos aprovados e recomendados diante de Deus e para que sejamos edificados com vistas à perfeição segundo a medida da estatura da plenitude de Cristo. “Nós, na qualidade de cooperadores com Ele, também vos exortamos a que não recebais em vão a graça de Deus”.ESF 104.1

    Advent Review and Sabbath Herald, 22 de setembro de 1896ESF 104.2

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