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    13 - Formalismo Morto – I

    A. T. JonesESF 110.1

    O Israel incrédulo, não tendo a justiça que é pela fé, e consequentemente não dando valor ao grande sacrifício feito pelo Pai celestial, buscou a justiça pela eficácia da própria oferta e pelo mérito de apresentar a oferta.ESF 110.2

    Assim foram pervertidas todas as formas do ritual, bem como tudo que Deus havia designado para ser o meio de expressão de uma fé viva – rituais que não tinham em si nenhum significado genuíno, exceto pela presença viva e pelo poder do próprio Cristo na vida. E mesmo isso não foi suficiente. Por não encontrarem em nenhum desses serviços, nem na soma de todos eles, a paz e a satisfação de uma justiça eficaz, eles amontoaram sobre esses rituais, estabelecidos por Deus para outro propósito, mas os quais eles tinham pervertido para cumprir propósitos de sua própria invenção, sim, eles amontoaram sobre essas coisas dez mil tradições, exigências e distinções minuciosas de invenção própria; e tudo, tudo isso mesmo, numa vã esperança de alcançar a justiça. Prova disso estava no ensino dos rabis, que era praticamente uma confissão de desespero. Eles diziam:ESF 110.3

    “Se ao menos uma pessoa pudesse por apenas um dia guardar toda a lei e não pecar em um ponto sequer; ou ainda, se uma pessoa ao menos pudesse guardar aquele ponto específico da lei tocante à devida observância do sábado, então os infortúnios de Israel chegariam ao fim, e o Messias finalmente viria” (Farrar, Life and Work of St. Paul [Vida e Obra de Paulo], p. 37. Ver também p. 36, 83).ESF 110.4

    Seria possível apresentar uma descrição mais apropriada do que essa a respeito de um formalismo morto? Todavia, apesar dessa consciência de carência na própria vida, os judeus supunham ter suficiente mérito, a ponto de se acharem tão melhores do que as outras pessoas, que eles as consideravam como meros cães, em contraste consigo mesmos.ESF 111.1

    Mas não é assim com aqueles que são considerados justos pelo Senhor com base numa fé viva livremente exercitada. Pois quando o Senhor considera uma pessoa justa, ela de fato é justa diante de Deus, e por meio desse ato se torna separada de todas as pessoas do mundo. Mas isso não ocorre por causa de alguma excelência própria, ou de algum “mérito” proveniente de algo que ela mesma tenha feito. Tudo se deve à excelência do Senhor e àquilo que Ele fez. E a pessoa que é alvo dessa obra sabe que, em si mesma, ela não é melhor do que ninguém; ao contrário, à luz da justiça de Deus que lhe é gratuitamente comunicada, ela, na humildade da verdadeira fé, voluntariamente considera os outros superiores a si mesma (Fl 2:3).ESF 111.2

    O ato de atribuírem a si mesmos grande crédito por suas obras e de se considerarem superiores a todos os demais, com base no mérito proveniente do que haviam praticado, levou, sem qualquer demora, os judeus a aterrizar na completa justiça própria do farisaísmo. Eles se consideravam tão melhores do que todos os outros que era impossível haver qualquer parâmetro de comparação. Parecia-lhes uma revolução perfeitamente destruidora ensinar como verdade divina que “para com Deus não há acepção de pessoas” (Romanos 2:11).ESF 111.3

    E o que dizer da vida dessas pessoas? Ah, a vida delas estava cheia de injustiça e opressão, malícia e inveja, discórdia e rivalidade, apunhalamento pelas costas e maledicência, hipocrisia e mesquinhez; jactância por grandemente honrarem a lei, mas desonrando a Deus com suas transgressões; tinham o coração repleto de homicídio e a língua manchada com o estrondoso grito pelo sangue de Um de seus irmãos, e, contudo, não podiam adentrar num tribunal romano “para não se contaminarem” (João 18:28). Ferrenhos defensores do sábado, todavia, passando o dia santo em traiçoeira espionagem e conspiração de assassinato.ESF 111.4

    O que Deus pensava e ainda pensa de todo esse comportamento descrito acima se encontra suficientemente sintetizado, para o presente propósito, em duas curtas passagens das Escrituras. Esta é a palavra de Deus para Israel – as dez tribos – enquanto ainda lhes restava um tempo de graça:ESF 112.1

    Aborreço, desprezo as vossas festas e com as vossas assembleias solenes não tenho nenhum prazer. E, ainda que Me ofereçais holocaustos e vossas ofertas de manjares, não Me agradarei deles, nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais cevados. Afasta de Mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras. Antes, corra o juízo como as águas; e a justiça, como ribeiro perene” (Amós 5:21-24).ESF 112.2

    E para Judá, aproximadamente à mesma época, Deus apresentou a mesma mensagem por meio das seguintes palavras:ESF 112.3

    Ouvi a palavra do Senhor, vós, príncipes de Sodoma; prestai ouvidos à lei do nosso Deus, vós, povo de Gomorra. De que Me serve a Mim a multidão de vossos sacrifícios? – diz o Senhor. Estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais cevados e não Me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecer perante Mim, quem vos requereu o só pisardes os Meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para Mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniquidade associada ao ajuntamento solene. As vossas Festas da Lua Nova e as vossas solenidades, a Minha alma as aborrece; já Me são pesadas; estou cansado de as sofrer. Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue.”ESF 112.4

    “Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos Meus olhos; cessai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas. Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã” (Isaías 1:10-18).ESF 112.5

    O próprio Senhor havia designado esses dias de festas, as convocações solenes, os holocaustos, as ofertas de manjares, as ofertas pacíficas; mas agora Ele diz que as aborrece e que não vai aceitá-las. Suas maviosas canções apresentadas por corais preparados e acompanhadas de instrumentos musicais em grande exibição, tudo aquilo que eles consideravam música refinada, Deus agora chamava de “estrépito” e queria que fosse afastado Dele.ESF 113.1

    Deus nunca havia designado nenhum dia de festa, nenhuma convocação solene, nem sacrifícios, nem cânticos com o propósito para os quais estavam sendo usados. Tudo havia sido estabelecido como meio de expressar reverentemente a fé viva pela qual o próprio Senhor pudesse habitar no coração e operar a justiça na vida, de maneira que, em justiça, eles pudessem defender o direito do órfão e pleitear a causa das viúvas, a fim de que o juízo pudesse correr como as águas, e a justiça, como ribeiro perene.ESF 113.2

    Cânticos entoados com inflexões pomposas e elegantes, em vãs exibições, não passam de “estrépito”; por outro lado, a simples expressão “Pai nosso” a fluir de um coração tocado pelo poder de uma fé genuína e viva e “pronunciada em sinceridade por lábios humanos é música” que penetra os ouvidos inclinados do Pai celestial (Salmos 116:2) e traz bênção divina para a alma.ESF 113.3

    Este e somente este era o propósito para o qual Deus designara todas essas coisas, e nunca para serem usadas na ostentação vazia de um formalismo morto que tentava comunicar justiça à iniquidade de um coração carnal. Nada senão a limpeza dos pecados pelo sangue do cordeiro de Deus e a purificação do coração mediante a fé viva – nada além disso poderia tornar essas coisas aceitáveis Àquele que as designara.ESF 113.4

    Bible Echo, 28 de janeiro de 1895ESF 113.5

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