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Conselhos para a Igreja

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    Capítulo 11 — O cristão é um representante de Deus

    É o propósito de Deus tornar evidentes, por meio de Seu povo, os princípios de Seu reino. Mas para que possa revelar esses princípios em sua vida e caráter, o Senhor deseja separá-lo dos costumes, hábitos e práticas do mundo. Procura aproximá-lo de Si para que lhe possa dar a conhecer Sua vontade. [...]CI 79.1

    O propósito que Deus quer realizar por meio de Seu povo hoje é o mesmo que desejou realizar por meio de Israel quando o tirou do Egito. Pela contemplação da bondade, misericórdia, justiça e amor de Deus, manifestados na igreja, deve o mundo ter uma idéia de Seu caráter. E se a lei divina for desse modo exemplificada na conduta dos que a professam, o próprio mundo reconhecerá a superioridade dos que amam, temem e servem a Deus sobre o restante da humanidade.CI 79.2

    Os olhos do Senhor fixam-se em cada um dos membros de Seu povo; Ele tem um plano para cada um. É Seu propósito que os que cumprem Seus santos preceitos, sejam um povo distinto. Ao povo de Deus, aplica-se ainda hoje, como ao antigo Israel, as palavras escritas por Moisés sob a inspiração divina: “Povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, para que Lhe fosses o Seu povo próprio, de todos os povos que sobre a Terra há”. Deuteronômio 7:6. — Testimonies for the Church 6:9, 12.CI 79.3

    Desenvolver um caráter semelhante ao de Cristo — A religião de Cristo jamais degrada o que a recebe; ela nunca o torna ríspido ou rude, descortês ou pretensioso, apaixonado ou duro de coração. Ao contrário, ela refina o gosto, santifica o discernimento, e purifica e enobrece os pensamentos, levando-os cativos a Cristo. O ideal de Deus para Seus filhos é mais alto do que o possa conceber o mais elevado pensamento humano. Em Sua santa lei Ele deu uma mostra do Seu caráter. [...]CI 79.4

    O ideal do caráter cristão é a semelhança com Cristo. Acha-se aberta diante de nós uma senda de progresso contínuo. Temos um objetivo a atingir, uma norma a alcançar, a qual inclui tudo que é bom, puro, nobre e elevado. Deve haver contínuo esforço e constante progresso para a frente e para o alto, rumo á perfeição do caráter. — Testimonies for the Church 8:63, 64.CI 79.5

    Seremos, individualmente, para o tempo e a eternidade, o que nossos hábitos fizerem de nós. A vida dos que formam bons hábitos, e são fiéis no cumprimento de todo dever, será como luz brilhante, lançando raios vivos no caminho dos outros; caso, porém, haja condescendência com hábitos de infidelidade, se se permitem fortalecer os hábitos frouxos, indolentes e descuidados, repousará sobre as perspectivas dessa vida uma nuvem mais sombria que a meia-noite, a qual excluirá para sempre a vida futura. — Testimonies for the Church 4:452.CI 79.6

    Bem-aventurado aquele que dá ouvidos às palavras da vida eterna. Guiado pelo “Espírito da verdade” (João 16:13), ele será conduzido a toda a verdade. Não será amado, honrado e louvado pelo mundo; será, porém, precioso aos olhos do Céu. “Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo nos não conhece; porque O não conhece a Ele”. 1 João 3:1. — Testimonies for the Church 5:439.CI 80.1

    Viver corajosamente nos dias atuais — A verdade de Deus, recebida no coração, é capaz de fazê-la sábia “para a salvação”. 2 Timóteo 3:15. Crendo nela e obedecendo-lhe, receberá graça suficiente para os deveres e provas de cada dia. Você não necessita de graça para o dia de amanhã. Cumpre-lhe considerar que você só tem que ver com o dia de hoje. Vença por hoje; negue-se por hoje; vigie e ore por hoje; em Deus obtenha vitória por hoje. Nossas circunstâncias e ambiente, as mudanças que diariamente surgem ao nosso redor e a Palavra Escrita de Deus que discerne e prova tudo — estas coisas são suficientes para nos ensinar o dever, e o que nos cumpre fazer dia a dia. Em vez de deixar que sua mente vagueie numa linha de pensamentos de que não tirará nenhum benefício, você deve examinar diariamente as Escrituras, e cumprir aqueles deveres da vida diária que presentemente lhe são enfadonhos, mas que devem ser cumpridos por alguém. — Testimonies for the Church 3:333.CI 80.2

    Muitos fixam os olhos na terrível impiedade que existe em torno deles, a apostasia e fraqueza de todos os lados, e falam sobre essas coisas até que o coração se lhes enche de tristeza e dúvida. Conservam especialmente na imaginação a magistral operação do arquienganador, e pensam nos aspectos desanimadores de sua vida, ao passo que parecem perder de vista o poder do Pai celeste e Seu incomparável amor. Tudo isso é justamente o que Satanás quer. É um erro pensar no inimigo da justiça como revestido de tão grande poder, quando tão pouco demoramos no amor de Deus e em Sua força. Precisamos falar no poder de Cristo. Somos indizivelmente impotentes para nos salvar das garras de Satanás; Deus, porém, indicou um meio de escape. O Filho do Altíssimo tem poder para combater o combate por nós, e “por Aquele que nos amou”, podemos sair “mais que vencedores”. Romanos 8:37.CI 80.3

    Não há nenhuma força espiritual para nós em continuamente pensar em nossa fraqueza e nossos desvios, e lamentar a força de Satanás. Esta grande verdade deve ser estabelecida como princípio vivo em nosso espírito e coração — a eficácia da oferta feita por nós; que Deus pode salvar perfeitamente, e salva todos quantos a Ele se achegam cumprindo as condições especificadas em Sua Palavra. Nossa obra é colocar a própria vontade ao lado da Sua. Então, mediante o sangue da expiação, tornamo-nos participantes da natureza divina; por intermédio de Cristo, somos filhos de Deus, e temos a certeza de que Deus nos ama, mesmo como amou a Seu Filho. Somos um com Jesus. Andamos seguindo a direção de Cristo: Ele tem poder para dissipar as negras sombras lançadas por Satanás em nosso caminho; e, em vez de trevas e desânimo, brilha em nosso coração o sol de Sua glória. [...]CI 80.4

    Irmãos e irmãs, é pela contemplação que somos transformados. Fixando-nos no amor de Deus e nosso Salvador, mediante a contemplação da perfeição do caráter divino e reclamando a justiça de Cristo como sendo nossa pela fé, haveremos de ser transformados à mesma imagem. Não reunamos, pois, todos os quadros desagradáveis — iniqüidades, corrupções e decepções, provas do poder de Satanás a fim de os suspender nas paredes da memória, para falar e lamentar sobre essas coisas até que todos fiquem completamente desanimados. Uma alma desanimada é um corpo entenebrecido, não deixando de receber, ele somente, a luz de Deus. mas impedindo-a de atingir aos outros. Satanás gosta de ver o efeito dos quadros de seus triunfos, tornando as criaturas humanas destituídas de fé e desalentadas. — Testimonies for the Church 5:741, 744, 745.CI 81.1

    Representamos a Deus através de uma vida sem egoísmo — O pecado com que mais se condescende, e que nos separa de Deus e produz tantas contagiosas perturbações espirituais, é o egoísmo. Não pode haver retribuição ao Senhor, a não ser por meio da abnegação. Não podemos fazer coisa alguma de nós mesmos, mas mediante a força que Deus nos comunica, podemos viver para fazer bem aos outros, esquivando-nos assim ao mal do egoísmo. Não necessitamos ir para terras pagãs para manifestar nosso desejo de consagrar a Deus tudo, em uma vida útil, abnegada. Devemos fazer isto no círculo familiar, na igreja, entre aqueles com quem convivemos, e com quem temos negócios. Justamente nas ocupações comuns da vida, é que nos cumpre negar-nos a nós mesmos e manter o eu em sujeição. Paulo podia dizer: “Cada dia morro”. 1 Coríntios 15:31. É o morrer diário para o próprio eu nas pequeninas decisões da vida, que nos torna vencedores. Devemos esquecer o próprio eu no desejo de fazer bem aos outros. Há por parte de muitos decidida falta de amor para com os outros. Em vez de cumprirem fielmente seu dever, buscam de preferência o próprio prazer. [...]CI 81.2

    No Céu, ninguém pensará em si mesmo, nem buscará o próprio prazer; mas todos, movidos por puro e genuíno amor, buscarão a felicidade dos seres celestes que os rodeiam. Caso desejemos fruir a sociedade celeste na Terra renovada, precisamos ser aqui regidos por princípios celestiais. — Testimonies for the Church 2:132, 133.CI 81.3

    Foi-me mostrado que há demasiado comparar-nos uns aos outros, tomando por exemplo mortais falíveis, quando temos um seguro e infalível Modelo. Não nos devemos medir pelo mundo, nem pelas opiniões dos homens, nem pelo que nós éramos antes de abraçarmos a verdade. Nossa fé e posição no mundo, porém, tais como são agora, devem ser comparados com o que poderiam ter sido, caso nossa conduta tivesse sido sempre para a frente e para cima, desde que professamos ser seguidores de Cristo. Esta é a única comparação digna de confiança que se pode fazer. Em qualquer outra haverá engano. Se o caráter moral e o estado espiritual do povo de Deus não correspondem às bênçãos, privilégios e luz a eles concedidos, são pesados na balança, e os anjos fazem o registro: Em falta. — Testimonies for the Church 1:406.CI 82.1

    O pecado imperdoável — Que constitui o pecado contra o Espírito Santo? Está em voluntariamente atribuir a Satanás a obra do Espírito Santo. Por exemplo, suponhamos que alguém seja testemunha de uma nova manifestação especial do Espírito de Deus. Possui prova convincente de que o fato está em harmonia com as Escrituras, e o Espírito testemunha com seu espírito que é de Deus. Depois, entretanto, a pessoa cai em tentação; orgulho, convencimento, ou qualquer outro mau traço a domina; e, ao rejeitar todas as provas de seu divino caráter, declara que tudo o que antes reconhecera como sendo o poder do Espírito Santo era apenas o de Satanás. É por meio de Seu Espírito que Deus atua no coração humano; e quando o homem voluntariamente rejeita o Espírito e declara ser o de Satanás, interrompe o canal por meio do qual Deus Se pode comunicar com ele. Pela negação da prova que Deus Se dignou conceder-lhe, apaga a luz que lhe estivera a brilhar no coração e, como resultado, é deixado em trevas. Assim se verificam as palavras de Cristo: “Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!”. Mateus 6:23. Por algum tempo, pessoas que tenham cometido este pecado podem parecer serem filhos de Deus; mas quando surgem circunstâncias destinadas a desenvolver o caráter e mostrar de que espírito são, ver-se-á que se acham no terreno do inimigo, arregimentadas sob sua negra bandeira. — Testimonies for the Church 5:634.CI 82.2

    Confessar ou negar a Cristo — Em nosso convívio na sociedade, em família, ou em quaisquer relacionamentos da vida em que sejamos colocados, limitados ou extensos que sejam, há muitas maneiras pelas quais podemos confessar a nosso Senhor, e muitos modos pelos quais podemos negá-Lo. Podemos negá-Lo por nossas palavras, falando mal de outros, por conversas levianas, gracejos e zombarias, por palavras ociosas ou cruéis, ou por prevaricar, falando contrariamente à verdade. Por nossas palavras podemos confessar que Cristo não está em nós. Por nosso caráter, podemos negá-Lo pelo amor da comodidade, esquivando-nos aos deveres e responsabilidades da vida que cevem recair sobre outros, se nós não os assumirmos, e amando os prazeres pecaminosos. Podemos também negar a Cristo pelo orgulho no vestuário e conformidade com o mundo, ou por uma conduta descortês. Podemos negá-Lo pelo amor a nossas próprias opiniões, buscando sustentar e justificar o próprio eu. Também podemos negá-Lo, permitindo a mente girar em torno do sentimentalismo amoroso, e demorando os pensamentos sobre nossa suposta dura sorte, nossas provações.CI 82.3

    Pessoa alguma pode na verdade confessar a Cristo perante o mundo, a menos que nela habitem a mente e o espírito de Cristo. Impossível é comunicarmos aquilo que não possuímos. A conversação e a conduta devem ser real e visível expressão da graça e verdade interiores. Caso o coração seja santificado, submisso e humilde, os frutos serão vistos exteriormente e serão a mais eficaz confissão de Cristo. — Testimonies for the Church 3:331, 332.CI 83.1

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