A Obediência Exigida
Deve o professor demonstrar em tudo o que faz o fiel respeito de si mesmo. Não consinta em si um temperamento precipitado. Não deve punir asperamente as crianças que estejam necessitadas de uma reforma. Deve compreender que o eu precisa ser conservado em sujeição. Nunca se esqueça de que acima dele há um Mestre divino, de quem é discípulo, e sob cuja direção deve sempre achar-se. Humilhando o professor diante de Deus o coração, este abrandar-se-á e se fará submisso ante o pensamento de suas próprias deficiências. Compreenderá algo do sentido destas palavras: “A vós também, que noutro tempo éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora, contudo, vos reconciliou no corpo da Sua carne, pela morte, para, perante Ele, vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis” (Cl 1:21, 22).CP 152.2
Algumas vezes há na escola um elemento desordeiro que torna o trabalho muito difícil. Crianças que não receberam uma educação devida perturbam muito, e por sua perversidade entristecem o coração do professor. Mas não fique ele desanimado. Provas e provações trazem experiências. Se as crianças são desobedientes e rebeldes, há tanto mais necessidade de esforço persistente. O fato de que há crianças com tal caráter é uma das razões por que se devem estabelecer escolas. As crianças que os pais negligenciaram educar e disciplinar devem ser salvas, sendo possível.CP 153.1
Tanto na escola como no lar, deve haver sábia disciplina. Deve o professor organizar regras para dirigir a conduta de seus alunos. Tais regras devem ser poucas e bem consideradas, e uma vez feitas, ponham-se em execução. Todo princípio nelas envolvido deve de tal maneira ser posto perante o estudante que ele se convença da justiça desse princípio. Assim sentirá a responsabilidade de fazer com que sejam obedecidas as regras que ele próprio auxiliou a organizar.CP 153.2