O glorioso evento é descrito - Surge então no Oriente uma pequena nuvem negra, aproximadamente da metade do tamanho da mão de um homem. É a nuvem que rodeia o Salvador, e que, à distância, parece estar envolta em trevas. O povo de Deus sabe que este é o sinal do Filho do Homem. Em solene silêncio, fitam-na enquanto se aproxima da Terra, cada vez mais brilhante e gloriosa, até se tornar numa grande nuvem branca, mostrando na base uma glória semelhante ao fogo consumidor e encimada pelo Arco-Íris da Aliança. Jesus, na nuvem, avança como poderoso Vencedor. Agora, não como “Homem de dores”, para sorver o amargo cálice da vergonha e miséria, mas vem vitorioso no Céu e na Terra, para julgar os vivos e os mortos. “Fiel e verdadeiro”, Ele “julga e combate com justiça”. E seguem-n’O “os exércitos no céu” (Apoc. 19:11, 14, BN). Com antífonas de melodia celestial, os santos anjos, juntos numa vasta e inumerável multidão, acompanham-n’O no Seu avanço. O firmamento parece repleto de formas radiantes - milhares de milhares, milhões de milhões. Nenhuma escrita humana pode descrever esta cena, nem nenhuma mente mortal é capaz de conceber o seu esplendor. “A sua glória cobre os céus, e a terra se enche do seu louvor. O seu resplendor é como a luz” do Sol (Habacuque 3:3 e 4, ARA). Ao aproximar-se cada vez mais a nuvem viva, todos os olhos contemplam o Príncipe da vida. Agora, nenhuma coroa de espinhos desfigura a sagrada cabeça, mas uma coroa de glória repousa sobre a Sua santa fronte. O semblante divino irradia o fulgor deslumbrante do Sol meridiano. “E no seu manto, no lugar em que cobre a coxa”, está “escrito este título: Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Apoc. 19:16, BN). MTA 163.5
Na Sua presença, “todos os rostos estão pálidos” (Jeremias 30:6, BN); o terror do desespero eterno cai sobre os que rejeitaram a misericórdia de Deus. “Derrete-se o coração, e tremem os joelhos”, “e o rosto de todos eles empalidece” (Naum 2:10). Os justos clamam, a tremer: “Quem poderá subsistir?” Cala-se o cântico dos anjos, e há um tempo de terrível silêncio. Ouve-se, então, a voz de Jesus, dizendo: “A minha graça te basta.” Ilumina-se a face dos justos, e a alegria enche todos os corações. E os anjos entoam uma melodia mais forte, e de novo cantam ao aproximarem-se ainda mais da Terra. MTA 164.1
O Rei dos reis desce sobre a nuvem, envolto em fogo chamejante. Os céus enrolam-se como um pergaminho, e a Terra treme diante d’Ele, e todas as montanhas e ilhas se movem do seu lugar. “O nosso Deus virá e não ficará calado; à sua frente vem um fogo abrasador, ao seu redor, uma forte tempestade. Deus, lá do alto, chama céu e terra, como testemunhas, porque vai fazer justiça ao seu povo” (Salmo 50:3 e 4, BN). - O Grande Conflito , pp. 549 e 550, 2020, ed. P. SerVir. MTA 164.2
A nota tónica das Escrituras - Uma das verdades mais solenes, mas também mais gloriosas, reveladas nas Sagradas Escrituras é a da Segunda Vinda de Cristo, para completar a grande obra da redenção. Ao povo de Deus, durante tanto tempo a peregrinar na sua jornada na “região e sombra da morte” (Mateus 4:16), é dada uma esperança preciosa e que inspira alegria, na promessa do aparecimento d’Aquele que é “a ressurreição e a vida” (João 11:25), para levar os Seus filhos exilados de novo para o lar. A doutrina do Segundo Advento é, sem dúvida, a nota tónica das Sagradas Escrituras. - O Grande Conflito , p. 259, 2020, ed. P. SerVir. MTA 165.1
Rumo ao lar! - O Senhor vem em breve e devemos estar preparados para nos encontrarmos com Ele em paz. Estejamos decididos a fazer tudo o que pudermos para partilhar luz com aqueles que nos rodeiam. Não devemos estar tristes, mas alegres, e devemos manter o Senhor Jesus sempre diante de nós. Ele vem em breve e devemos estar prontos e à espera do Seu aparecimento. Oh, quão glorioso será vê-l’O e recebermos as boas-vindas como Seus redimidos! Há muito que esperamos; contudo, a nossa esperança não se desvaneceu. Se, pelo menos, pudermos ver o Rei na Sua beleza, seremos para sempre abençoados. Sinto que devo clamar em alta voz: “Rumo ao lar!” Aproximamo-nos do tempo em que Cristo vai vir com poder e grande glória para levar os que resgatou para o seu lar eterno. - Testimonies for the Church , vol. 8, p. 253 (1904) (trad. direta). MTA 165.2
Cristo venceu - Nesse dia, os redimidos brilharão com a glória do Pai e do Filho. Os anjos, tocando as suas harpas de ouro, darão as boas-vindas ao Rei e aos Seus troféus de vitória - aqueles que foram lavados e branqueados no sangue do Cordeiro. Elevar-se-á um cântico de triunfo, que enche todo o Céu. Cristo venceu. Ele entra nas cortes celestiais, acompanhado pelos Seus redimidos, as provas de que a Sua missão de sofrimento e de sacrifício não foi em vão. - Testimonies for the Church , vol. 9, pp. 285 e 286 (1909) (trad. direta). MTA 165.3
Devemos estar cheios do espírito do Advento - Estamos à espera da Segunda Vinda do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Não devemos só crer que o fim de todas as coisas está próximo. Devemos estar cheios do espírito do Advento, para que, quando o Senhor vier, possa achar-nos preparados para nos encontrarmos com Ele, quer estejamos a trabalhar no campo, ou a construir uma casa, ou a pregar a Palavra, prontos a dizer: “Eis que este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e ele nos salvará” [Isaías 25:9.] - Carta 25 , 5 de fevereiro de 1902. MTA 166.1
A alegria de ver Deus - E qual é a alegria do Céu, senão ver Deus? Que maior alegria pode ter o pecador salvo pela graça de Cristo do que olhar para o rosto de Deus e conhecê-l’O como Pai? - Testimonies for the Church , vol. 8, p. 268 (1904) (trad. direta). MTA 166.2
Entrar na gloriosa morada - Quão abençoada será a sorte daqueles que entram nessa gloriosa morada, onde não haverá mais pecado nem mais sofrimento. Que perspetiva esta para a imaginação! Que tema para contemplação! A Bíblia está cheia dos mais ricos tesouros da verdade, de radiosas descrições da pátria celeste. Devemos pesquisar as Escrituras, para podermos compreender melhor o Plano da Salvação e aprender acerca da justiça de Cristo, até que exclamemos, ao vermos os incomparáveis encantos do nosso Redentor: “A tua bondade tornou-me grande” Na Palavra de Deus veremos a infinita compaixão de Jesus. A imaginação pode alargar-se na contemplação das maravilhas do amor redentor, e, contudo, nos seus mais intensos exercícios não seremos capazes de discernir a altura, e a profundidade, e o comprimento e a largura do amor de Deus, pois ele está além do conhecimento. - Signs of the Times , 30 de maio de 1892. MTA 166.3