Uma batalha corpo a corpo — Quando os homens estão contentes de viver meramente para este mundo, a inclinação natural une-se às sugestões do inimigo, e fazem-lhe a vontade. Quando, porém, procuram deixar a bandeira negra do poder das trevas, e se enfileiram sob o ensangüentado estandarte do Príncipe Emanuel, começa a luta, e a guerra é levada avante aos olhos do Universo celeste. Te 110.4
Todo aquele que combate ao lado do direito, deve combater corpo a corpo com o inimigo. Precisa pôr toda a armadura de Deus, a fim de poder enfrentar os ardis do diabo. — Manuscrito 47, 1896. Te 110.5
O homem precisa fazer sua parte — Deus não pode salvar o homem contra sua vontade, do poder dos artifícios de Satanás. O homem precisa trabalhar com sua força humana, ajudado pelo poder divino de Cristo, para resistir e vencer a qualquer preço. Em resumo, cumpre ao homem vencer como Cristo venceu. E então, mediante a vitória que é seu privilégio obter pelo todo-poderoso nome de Jesus, pode-se tornar herdeiro de Deus e co-herdeiro de Cristo. Te 111.1
Não poderia ser assim, obtivesse Cristo sozinho toda a vitória. O homem precisa fazer sua parte. Importa que ele seja vencedor por si mesmo, por meio da força e da graça que Jesus lhe dá. Precisa ser coobreiro de Cristo na obra de vencer, e então será participante com Cristo de Sua glória. — The Review and Herald, 21 de Novembro de 1882. Te 111.2
“Sê homem” — As vítimas do mau hábito precisam ser despertadas para a necessidade de fazer um esforço por si mesmas. Outros podem desenvolver os mais fervorosos esforços para erguê-los, a graça de Deus pode ser abundantemente oferecida, Cristo pode rogar, Seus anjos, ministrar; tudo, porém, será em vão, a menos que eles próprios se levantem para travar o combate em seu próprio benefício. Te 111.3
As últimas palavras de Davi a Salomão, então jovem, e prestes a receber a coroa de Israel, foram: “Esforça-te ... e sê homem.” 1 Reis 2:2. A todo filho da humanidade, candidato a uma coroa imortal, dirigem-se estas palavras da inspiração: “Esforça-te, e sê homem.” Te 111.4
O condescendente consigo mesmo precisa ser levado a ver e sentir que grande renovação moral é necessária se quiser ser homem. Deus o chama a despertar, e na força de Cristo reconquistar a varonilidade dada por Deus, sacrificada pela pecaminosa condescendência consigo mesmo. Te 111.5
Ele pode — ele precisa resistir ao mal — Sentindo o terrível poder da tentação, o arrastamento do desejo que leva à fraqueza, muito homem brada em desespero: “Não posso resistir ao mal.” Dizei-lhe que ele pode, que ele precisa resistir. Poderá haver sido derrotado uma e outra vez, mas não é necessário que seja sempre assim. Ele é fraco em força moral, dominado por hábitos de uma vida de pecado. Suas promessas e resoluções são como cordas de areia. A consciência das promessas não cumpridas e dos violados votos, enfraquece-lhe a confiança na própria sinceridade, fazendo com que ele sinta que Deus não o pode aceitar, nem cooperar com os seus esforços. Não precisa, entretanto, desesperar. Te 111.6
Os que põem em Cristo a confiança, não devem ficar escravizados por nenhuma tendência ou hábito hereditário, ou cultivado. Em lugar de ficar subjugados em servidão à natureza inferior, devem reger todo apetite e paixão. Deus não nos deixou lutar com o mal em nossa própria, limitada força. Sejam quais forem nossas tendências herdadas ou cultivadas para o erro, podemos vencer, mediante o poder que Ele nos está disposto a comunicar. Te 112.1
A força de vontade — O tentado necessita compreender a verdadeira força da vontade. É este o poder que governa na natureza do homem — o poder de decisão, de escolha. Tudo depende da devida ação da vontade. Os desejos em direção da bondade e da pureza, são em si mesmos justos; mas, se aí ficamos, nada aproveitam. Muitos descerão à ruína, enquanto esperam e desejam vencer suas más propensões. Eles não entregam a vontade a Deus. Não escolhem servi-Lo. Te 112.2
Precisamos escolher — Deus nos deu o poder da escolha; a nós cumpre exercitá-lo. Não podemos mudar o coração, nem reger nossos pensamentos, impulsos e afeições. Não nos podemos tornar puros, aptos para o serviço de Deus. Mas podemos escolher servi-Lo, podemos entregar-Lhe nossa vontade; então, Ele operará em nós o querer e o perfazer, segundo o Seu beneplácito. Assim, nossa natureza toda será posta sob o domínio de Cristo. Te 112.3
Mediante o devido exercício da vontade, uma completa mudança pode ser operada na vida. Entregando a vontade a Cristo, aliamo-nos com o divino poder. Recebemos força do alto para nos manter firmes. Uma vida nobre e pura, uma vida vitoriosa sobre o apetite e a concupiscência, é possível a todo aquele que quiser unir sua vontade humana, fraca e vacilante, à onipotente e inabalável vontade de Deus. — A Ciência do Bom Viver, 174-176. Te 112.4
Se a vontade é bem determinada — A vontade é o poder que rege a natureza humana. Caso essa vontade seja bem determinada, todo o resto do ser se subordinará à sua direção. A vontade não é o gosto ou a inclinação, mas a escolha, o poder que decide, o régio poder que opera nos filhos dos homens para a obediência a Deus, ou a desobediência. Te 113.1
Estareis em constante perigo enquanto não compreenderdes a verdadeira força de vontade. Podeis crer e prometer tudo, mas vossas promessas e vossa fé não são de nenhum valor enquanto não puserdes a vontade do lado do direito. Se combaterdes o combate da fé com força de vontade, não há dúvida de que vencereis. Te 113.2
Quando pomos a vontade ao lado de Cristo — Vossa parte é pôr a vontade ao lado de Cristo. Quando submeterdes a vontade à Sua, Ele toma imediatamente posse de vós, e opera em vós o querer e o perfazer segundo a Sua boa vontade. Vossa natureza é posta sob o controle de Seu Espírito. Vossos próprios pensamentos ficam-Lhe sujeitos. Se não vos é possível dominar os impulsos, as emoções segundo desejais, podeis dominar a vontade, e assim operar-se-á uma completa mudança em vossa vida. Quando entregais vossa vontade a Cristo, vossa vida fica escondida com Cristo em Deus. Acha-se aliada ao poder que é sobre todos os principados e potestades. Tendes uma força vinda de Deus que vos prende firmemente a Sua força; e uma nova vida, isto é, a vida da fé, torna-se possível para vós. Te 113.3
Nunca vos podereis elevar-nos a vós mesmos, a menos que vossa vontade esteja ao lado de Cristo, cooperando com o Espírito de Deus. Não sintais que não vos é possível; mas dizei: “Eu posso, eu farei.” E Deus prometeu Seu Santo Espírito para ajudar-vos em todo esforço decidido. Te 113.4
É ouvido o mais débil grito pedindo auxílio — Cada um de nós pode conhecer que há um poder cooperando com nossos esforços por vencer. Por que não lançarão os homens mão do auxílio que foi providenciado a fim de que eles se tornem elevados e enobrecidos? Por que se degradam pela satisfação do apetite pervertido? Por que não se levantam na força de Jesus, e são vitoriosos em Seu nome? A mais fraca oração que possamos fazer, Jesus ouvirá. Ele Se compadece da fraqueza de cada alma. Auxílio para cada um foi posto sobre Aquele que é poderoso para salvar. Aponto-vos Jesus Cristo, o Salvador do pecador, o qual, unicamente, vos pode dar poder para vencer em todo ponto. Te 114.1
Coroas para todos os que vencerem — O Céu nos merece tudo. Não devemos arriscar-nos de maneira alguma nesse sentido. Não devemos ir à aventura nisso. Precisamos saber que nossos passos são ordenados pelo Senhor. Que Deus nos ajude na grande obra de vencer. Ele tem coroas para os que vencerem. Tem vestidos brancos para os justos. Tem um mundo eterno de glória para os que buscam glória, honra e imortalidade. Todo aquele que entrar na cidade de Deus, entrará aí como vencedor. Não penetrará nela como criminoso condenado, mas como filho de Deus. E as boas-vindas dadas a todo aquele que aí entrar será: “Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.” Mateus 25:34. Te 114.2
De boa vontade diria eu palavras que animassem essas almas trementes a se firmarem, pela fé, no poderoso Ajudador, a fim de poderem desenvolver um caráter que Deus Se agrade de contemplar. O Céu os pode convidar, e apresentar-lhes as mais escolhidas bênçãos, e podem ter toda facilidade de desenvolver caráter perfeito; mas tudo será em vão a menos que sejam voluntários para se ajudarem a si mesmos. Precisam aplicar as faculdades a eles dadas por Deus, ou submergirão cada vez mais, e não serão de nenhum valor para o bem, nem no tempo nem na eternidade. — Christian Temperance and Bible Hygiene, 147-149. Te 114.3