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Testemunhos para a Igreja 4

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    Capítulo 57 — Economia e abnegação

    A economia no gasto de recursos é um excelente aspecto da sabedoria cristã. Esse assunto não é suficientemente considerado pelos que ocupam posição de responsabilidade em nossas instituições. O dinheiro é um excelente dom de Deus. Nas mãos de Seus filhos é ele alimento para o faminto, bebida para o sedento e vestido para o nu; é defesa ao oprimido e um meio de saúde para o enfermo. Os recursos não devem ser gastos desnecessária e prodigamente para satisfação do orgulho e da ambição.T4 571.1

    A fim de satisfazermos as reais necessidades do povo, os austeros motivos dos princípios religiosos devem ser um poder controlador. Quando cristãos e incrédulos são mantidos juntos, o elemento cristão não deve assimilar o não santificado. Deve-se manter o contraste distinto e positivo entre ambos. Eles são servos de senhores diferentes. Uma classe se esforça para manter-se no caminho humilde da obediência aos mandamentos de Deus — o caminho da simplicidade, da mansidão e da humildade — imitando o Modelo, Cristo Jesus. A outra classe é em todos os sentidos o oposto da primeira. Eles são servos do mundo, ávidos e ambiciosos para seguir as suas modas no vestir-se com extravagância e em satisfazer o apetite. Esse é o campo onde Cristo deu aos que se relacionam com o hospital sua obra específica. Não devemos encurtar a distância que nos separa das pessoas do mundo seguindo suas normas, descendo do elevado caminho aberto para que os redimidos do Senhor nele andem. Mas a beleza demonstrada na vida do cristão — os princípios mantidos em nosso trabalho diário, ao submetermos o apetite ao controle da razão, o mantermos a simplicidade no vestir-nos e entregar-nos à conversação santa — será uma luz a brilhar continuamente no caminho daqueles cujos hábitos são errôneos.T4 571.2

    Há aqueles que são fracos e vãos e que não têm profundidade mental ou poder de princípio, que são suficientemente néscios para serem influenciados e afastados da simplicidade do evangelho pelos adeptos da moda. Se virem que os que professam ser reformadores, de acordo com suas circunstâncias, estão se submetendo ao apetite e vestindo-se segundo os costumes do mundo, os escravos da condescendência própria se confirmarão em seus hábitos perversos. Concluem que afinal não estão tão desviados do caminho assim, e que nenhuma grande mudança precisa ser feita por eles. O povo de Deus deve sustentar firmemente o padrão do que é correto e exercer uma influência para corrigir os hábitos errados daqueles que têm estado adorando diante do templo da moda, e quebrar o fascínio que Satanás tem sobre essas pobres almas. Os mundanos devem ver um assinalado contraste entre sua própria extravagância e a simplicidade dos reformadores que são seguidores de Cristo.T4 571.3

    O segredo do êxito na vida está na atenção cuidadosa e consciente às pequenas coisas. Deus faz a simples folha, a delicada flor, a haste de grama, com tanto cuidado quanto cria um mundo. A estrutura simétrica de um caráter forte e belo é desenvolvida por atos individuais de obediência. Todos devem aprender a ser fiéis tanto no menor dever, quanto no maior. Sua obra não pode suportar a inspeção de Deus, a menos que inclua atenção fiel, diligente e prudente pelas coisas pequenas.T4 572.1

    Todos os que se acham relacionados com as nossas instituições devem ter zeloso cuidado para que nada seja desperdiçado, mesmo que a questão não se prenda justamente à parte da obra a eles designada. Todos podem fazer alguma coisa no sentido da economia. Todos devem realizar o seu trabalho, não para receber a aprovação dos homens, mas de tal maneira que esta possa resistir ao escrutínio de Deus.T4 572.2

    Certa vez Cristo deu ao Seus discípulos uma lição sobre economia, a qual é digna de cuidadosa atenção. Ele realizou um milagre a fim de alimentar os milhares de famintos que estiveram escutando os Seus ensinamentos; todavia, após todos se haverem alimentado e estarem satisfeitos, não permitiu que as sobras fossem desperdiçadas. Aquele que pôde alimentar a grande multidão, em sua necessidade, pelo Seu divino poder, mandou que os discípulos ajuntassem as sobras, a fim de que nada se perdesse. Esta lição foi dada para o nosso benefício tanto quanto para o das pessoas que viviam nos dias de Cristo. O Filho de Deus cuida das necessidades temporais da vida. Não desprezou Ele as sobras após a refeição, embora pudesse fazer tal milagre todas as vezes que achasse por bem. Os obreiros de nossas instituições fariam bem em atentar para esta lição: “Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca.” João 6:12. Este é o dever de todos, e os que ocupam posição de liderança devem dar o exemplo.T4 572.3

    Aqueles cujas mãos estão abertas para responder aos apelos em prol de recursos para manter a causa de Deus e aliviar os sofredores e necessitados, não são os descuidados, negligentes e vagarosos em dirigir os seus negócios. Eles são sempre cuidadosos em manter suas despesas dentro de suas receitas. São econômicos por princípio; sentem que é seu dever economizar, para que possam ter alguma coisa para dar.T4 573.1

    Alguns dos obreiros, à semelhança dos filhos de Israel, permitem que apetites pervertidos e velhos hábitos de condescendência clamem pela vitória. Anseiam, como fez o antigo Israel, pelos “porros” e “cebolas” do Egito. Números 11:5. Todos os que estão ligados com essas instituições devem aderir estritamente às leis da vida e da saúde, e assim não dar margem, por seu exemplo, aos hábitos errados de outros.T4 573.2

    O que primeiro leva a alma para longe de Deus é a transgressão nas pequenas coisas. Por seu pecado em partilhar do fruto proibido, Adão e Eva abriram as comportas da dor sobre o mundo. Alguns podem considerar a transgressão como coisa muito pequena; mas vemos que suas conseqüências não foram nada pequenas. Os anjos no Céu têm uma esfera mais elevada e ampla de ação do que nós; mas o que é certo para eles também é certo para nós.T4 573.3

    Não é o espírito avarento e mesquinho que levaria os devidos oficiais a reprovar erros existentes e requerer de todos os obreiros justiça, economia e abnegação. Não é descer da dignidade própria zelar pelos interesses de nossas instituições nesses assuntos. Aqueles que são fiéis, naturalmente esperam fidelidade em outros. Estrita integridade deve governar o trato dos administradores e deve ser imposta a todos os que trabalham sob sua direção.T4 573.4

    Homens de princípio não precisam da restrição de chaves e fechaduras; não necessitam ser vigiados nem guardados. Lidarão de maneira veraz e honrosa em todos os momentos, tanto sozinhos, sem nenhum olhar sobre eles, como em público. Não trarão mácula sobre sua alma por nenhuma soma de ganho ou vantagem egoísta. Eles desprezam atos mesquinhos. Conquanto ninguém mais possa sabê-lo, saberiam por si mesmos, e isso destruiria o seu respeito próprio. Aqueles que não são conscienciosos e fiéis nas coisas pequenas não se reformarão, caso houvesse leis, restrições e penalidades sobre a questão.T4 573.5

    Poucos são os que têm força moral para resistir à tentação, especialmente quanto ao apetite, e para praticar abnegação. Para alguns é demasiado forte resistir à tentação de ver outros tomarem a terceira refeição; e imaginam estar com fome, quando essa sensação não é um pedido do estômago para se alimentar, mas um desejo da mente que não foi fortalecida através de princípio firme, e disciplinada quanto à abnegação. Os muros do domínio próprio e da restrição própria em nenhum caso devem ser enfraquecidos e derribados. Paulo, o apóstolo aos gentios, diz: “Subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.” 1 Coríntios 9:27.T4 574.1

    Os que não vencem em coisas pequeninas, não terão poder moral para resistir a tentações maiores. Todos os que buscam fazer da honestidade o princípio governante nos negócios diários da vida, precisarão estar em guarda para que não cobice de ninguém “a prata, nem o ouro, nem a veste”. Atos dos Apóstolos 20:33. Enquanto se contentam com roupa e comida conveniente, será fácil proteger o coração e as mãos da contaminação da cobiça e desonestidade.T4 574.2

    Os hábitos formados na infância e juventude têm mais influência do que qualquer dote natural em tornar os homens e mulheres intelectualmente grandes ou atrofiados e enfraquecidos; pois os melhores talentos podem, mediante hábitos errados, tornar-se desvirtuados e debilitados. Em grande extensão, o caráter é determinado nos primeiros anos. Hábitos corretos e virtuosos formados na juventude, geralmente assinalarão a conduta do indivíduo ao longo da vida. Na maioria dos casos, aqueles que reverenciam a Deus e honram o direito, serão vistos como tendo aprendido essa lição antes que o mundo pudesse estampar a sua imagem de pecado na alma. Homens e mulheres de idade madura são geralmente tão insensíveis às novas impressões, como é a rocha endurecida; mas a juventude é impressionável, e o caráter correto pode então ser facilmente formado.T4 574.3

    Aqueles que estão empregados em nossas instituições têm, em muitos respeitos, as melhores vantagens para a formação de hábitos corretos. Ninguém será colocado além do alcance da tentação; pois em todo o caráter há pontos fracos que estão em perigo quando atacados. Aqueles que professam o nome de Cristo, como o fariseu cheio de justiça própria, não devem ter grande prazer em relembrar os seus bons atos, mas todos devem sentir a necessidade de manter a natureza moral protegida por constante vigilância. Como fiéis sentinelas, devem guardar a cidadela da alma, nunca achando que podem relaxar a sua vigilância por um momento. Sua única segurança está em oração fervorosa e em fé viva.T4 575.1

    Aqueles que começam a ser descuidados em seus passos, descobrirão que antes de estarem cientes disso, seus pés estão embaraçados numa rede da qual é impossível desvencilhar-se. Ser fiéis e honestos deve ser um princípio estabelecido com todos. Sejam ricos ou pobres, quer tenham amigos ou não, venha o que vier, devem resolver na força de Deus que nenhuma influência os levará a cometer o menor ato errado. Todos devem perceber que deles, individualmente, depende em certa medida a prosperidade das instituições que Deus estabeleceu entre nós.T4 575.2

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