Mara e Elim
Hoje é Elim com suas palmeiras e fontes,
E sombra feliz para a fadiga do deserto.
Ontem foi Mara, somente rocha e sal,
Solidão sem fim e penosa canseira.
Contudo, o mesmo deserto encerra ambas,
A mesma brisa sobre ambas sopra;
O mesmo vale abriga uma e outra,
E as mesmas montanhas as envolvem.
Assim é conosco sobre a Terra, e assim,
Quanto eu saiba, sempre foi.
O amargo e o doce, a dor e a alegria,
Jazem lado a lado, à parte apenas um dia.
Por vezes Deus converte o amargo em doce,
Por vezes nos abriga na concha de Sua mão.
Por vezes nos guia a fontes aprazíveis;
Por vezes nos traz a um oásis de palmeiras.
Que importa? A prova não será longa.
De igual modo passam Mara e Elim.
Fontes e palmeiras ficam para trás,
Chegamos à cidade de nosso Deus enfim.
Oh! terra feliz! além destes montes solitários,
Onde jorram cantando as fontes eternas.
Oh! santo paraíso! Oh! bendita mansão!
Onde breve finda nossa peregrinação. Horácio Bonar CBV 258.2
(Tradução livre de J. S. Schwantes).