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    A Mensagem do Terceiro Anjo – Sermão 1

    A. T. Jones
    Publicado no Daily Bulletin of the General Conference, 27 de janeiro de 1893, p. 5-12.
    MTA1893 13.1

    Antes de iniciar nosso estudo bíblico, creio que seria interessante gastar esta hora considerando a razão por que estamos aqui e o que nos cumpre fazer para tirarmos o melhor proveito. Suponho que todos vieram na expectativa de ouvir coisas sobre as quais nunca pensamos antes; e não apenas na expectativa de ouvir coisas sobre as quais nunca pensamos antes, mas na expectativa de aprender coisas que nunca passaram por nossa mente. É muito fácil ouvir coisas que nunca imaginávamos ouvir, mas nem sempre aprendemos o que ouvimos. Mas suponho que viemos aqui esperando aprender coisas sobre as quais nunca pensamos antes. O que quero dizer simplesmente é que viemos aqui na expectativa de que o Senhor nos dará novas revelações de Si mesmo, de Sua Palavra e de Seus caminhos de modo geral. Foi por essa razão que eu vim aqui.MTA1893 13.2

    Este texto traz a todos nós um bom conselho:MTA1893 13.3

    “Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira nenhuma entrará nele” (Marcos 10:15).MTA1893 13.4

    Então, viemos aqui para aprender a respeito do reino de Deus, para receber coisas do reino de Deus, coisas novas e velhas, coisas velhas de uma maneira nova e coisas novas de uma nova maneira. Quem não receber o reino como uma criança de maneira nenhuma entrará nele, ou seja, não o pode ter. Portanto, estamos aqui para nos assentar aos pés de Cristo, olhar para Ele como nosso Mestre, na expectativa de receber o que Ele tem a nos dizer, nos achegando a ele como crianças. Assim digo porque este não é o único texto que fala sobre a atitude daquele que deseja receber o reino de Deus. Em Mateus, o assunto é apresentado de tal forma que chega a cobrir todo o tempo depois que recebemos o reino de Deus pela primeira vez.MTA1893 13.5

    “Naquela hora, aproximaram-se de Jesus os discípulos, perguntando: Quem é, porventura, o maior no reino dos Céus? E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles. E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos Céus” (Mateus 18:1-3).MTA1893 13.6

    Agora, se alguém disser que o primeiro texto se refere a todo aquele que está recebendo o reino de Deus pela primeira vez e admite a verdade de que ele só pode recebê-lo como uma criança, confessando que, por si mesmo, não pode saber nada sobre ele e que não está em condição de dar qualquer passo em direção ao conhecimento dele, o segundo texto, por sua vez, mostra que tal atitude vai além desse momento e engloba até mesmo nossa vida depois de termos recebido o reino de Deus. Na verdade, a fim de sermos convertidos, devemos ser como uma criança, receber o reino de Deus como uma criança, reconhecendo que, de nós mesmos, nada sabemos e que não temos sabedoria própria. Não é nossa própria sabedoria que pode tornar o assunto claro para nós e abrir o caminho que nos permite compreendê-lo exatamente como ele é. Precisamos renunciar a toda nossa sabedoria a fim de obter o reino e nos tornar como crianças por meio da conversão. “Se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos Céus”. Que tipo de pessoas o texto menciona? “Crianças”. Crianças não têm muito orgulho de suas próprias opiniões. Os adultos não são tão dispostos a aprender. Assim, esse texto nos é dado como modelo e exemplo de como devemos nos aproximar da palavra de Deus a fim de aprendermos.MTA1893 13.7

    Há outro verso que nos diz a mesma coisa, talvez de maneira mais incisiva:MTA1893 14.1

    “Se qualquer pessoa pensa saber alguma coisa, não sabe nada ainda como convém saber” (1 Coríntios 8:2, KJV, tradução literal).MTA1893 14.2

    A quantas pessoas o texto se refere? “Qualquer pessoa”, todos nós que viemos aqui. Qualquer um, então, que veio aqui – será que o texto poderia se referir a nós de forma tão pessoal assim? Cada um de nós. Qualquer um de nós, então, que chegou aqui, que pensa que sabe qualquer coisa. A quantas coisas o texto se refere? O texto fala de qualquer um que pensa saber quanto? Que pensa saber o quê? “Alguma coisa”. Então, isso engloba todas as coisas? Sim, senhor. Então, o texto cobre todas as pessoas e todas as coisas que podem ser conhecidas. Assim, se qualquer um de nós pensa que sabe qualquer coisa, o que ele sabe? O quanto ele sabe? “Não sabe nada ainda como convém saber”.MTA1893 14.3

    Bem, todos concordamos que isso é verdade, não é mesmo? Tenha isso claro diante de si mesmo. Se você veio aqui pensando que você sabia alguma coisa, você deve decidir que você não sabe tal coisa como deveria saber. Podemos então nos aproximar deste estudo assim? Vamos então chegar aqui para estudar amanhã e no dia seguinte, ou em qualquer momento em que viermos aqui, tendo bem definido em nossa mente que não sabemos nada como deveríamos saber? Não importa se a pessoa for o ministro mais antigo de nossas fileiras. Ela deve vir e dizer: “Eu não sei nada ainda como convém saber. Ensina-me Tu”. E vamos aprender. Qualquer um que vier a esse recinto dessa forma aprenderá algo a cada lição que ouvir. E isso inclui até mesmo o ministro mais antigo de nossas fileiras. Ele aprenderá mais do que qualquer um de nós se ele se assentar com esse espírito. Mas que período de tempo esse texto cobre? Por quanto tempo ele será aplicável a nós? Será que o texto deixará de ser aplicável a nós durante este instituto? Não, senhor. Muito bem, então. Durante este instituto, fica estabelecido isso, caso pensávamos que sabíamos alguma coisa.MTA1893 14.4

    Há algumas coisas que pensávamos que sabíamos muito bem. Se houver qualquer coisa que pensávamos que sabíamos, vamos deixá-la de lado, pois não sabemos coisa alguma. Estamos sempre aprendendo muitas coisas com aqueles textos que mais conhecemos. Não se esqueçam disso. Estamos sempre aprendendo muitas coisas com os textos com os quais já estamos mais familiarizados. Vocês não percebem, então, que qualquer um que pega um texto, ou pondera sobre algum ponto, e o estuda por muito tempo e supõe que já extraiu todo o conhecimento que está nele, tal pessoa, com essa atitude, se fecha para o texto? Quando ele diz: “Agora consegui entendê-lo”, ele fecha a porta para aprender o que realmente se encontra nesse texto.MTA1893 14.5

    O irmão Porter, na lição da hora anterior, nos falou do propósito de Deus em tornar conhecidas a nós essas coisas. Sobre que tipo de propósito ele nos falou? Sobre um “propósito eterno”. E as Escrituras constituem a expressão dos pensamentos de Deus para nós nesse propósito eterno. As Escrituras constituem a expressão dos pensamentos de Deus a respeito desse propósito; e são elas que nos desdobram esse propósito, o anunciam e o tornam conhecido. Muito bem, que tipo de propósito é este? Eterno. Qual é a profundidade, então, dos pensamentos de Deus? Qual é a abrangência desse propósito? Eterna. Qual é a profundidade, então, dos pensamentos expressos nas Escrituras? Eterna. Em quantas expressões das Escrituras e em quantos textos bíblicos o pensamento ali tem uma profundidade eterna? Em quantas passagens? Em todas. Será então que todas as Escrituras, que foram produzidas para que o Senhor expressasse o que Ele deseja nos falar, contêm o Seu propósito eterno? Sim, senhor. Então, qual é a profundidade de cada pensamento em cada passagem da Bíblia e nas palavras usadas para expressá-lo? Eterna. Se é assim, quando uma pessoa alcança um desses pensamentos e pensa consigo mesma: “Agora já conheço isso, já compreendi”, a que distância ela está desse conhecimento ou compreensão? Qual a distância do trajeto que ela precisa percorrer até conseguir alcançar o pensamento que realmente está ali, o pensamento que está naquela passagem? [Vozes: Um trajeto tão longo quanto a distância entre sua mente e a de Deus]. Quando a pessoa diz: “Eu tenho a verdade. Eu captei o pensamento”, ela fecha sua própria mente e impede que ela alcance a sabedoria e o conhecimento de Deus. Ela coloca a si mesma e sua mente no lugar de Deus e de Seus pensamentos. Uma pessoa que fizer isso, não pode aprender mais. Vocês não percebem que nesse momento ela se exclui para sempre da possibilidade de aprender? E quem agir assim evidentemente não aprenderá nada que vá além de si mesmo, e, naturalmente, nunca terá o conhecimento de Deus.MTA1893 14.6

    Os pensamentos expressos nas declarações das Escrituras são de profundidade eterna. Assim, que limites podemos estabelecer para nós mesmos ao estudarmos esses pensamentos? Nenhum limite sequer. Então, não é um fato que essa realidade nos apresenta o esplêndido quadro e a grande perspectiva de que toda a mente eterna de Deus está completamente aberta diante de nós para que a investiguemos? Sendo assim, não nos esqueçamos que este é o campo de estudo no qual entraremos agora.MTA1893 15.1

    Já faz um bom tempo que estamos nele; por isso, vamos tomar cuidado para não acharmos que sabemos alguma coisa. Precisamos estar certos de que não fomos seduzidos pela ideia de que sabemos qualquer coisa como deveríamos saber. Vamos aceitar definitivamente agora, pela Palavra de Deus, que, de fato, não sabemos como convém saber. Há conhecimento a ser alcançado em cada linha de pensamento. E até que a eternidade e as profundezas do conhecimento de Deus se esgotem, nós nunca chegaremos ao ponto em que teremos o direito de pensar que conhecemos alguma coisa e que não há nada mais além. Alguém pensa o contrário? Muito bem, estou feliz em saber que temos um assunto tão amplo assim para estudar e um período de tempo tão extenso [como a eternidade] em que poderemos estudá-lo. A primeira coisa então que precisamos fazer é nos alegrar. Esse texto permanecerá conosco, pelo menos, enquanto estivermos neste mundo. Mesmo depois, ele não deixará de existir. É claro que ele não mais existirá nesse formato [impresso]. A Bíblia, a Palavra de Deus, na forma como a temos hoje, passará. Não há dúvida de que estas Bíblias serão queimadas como qualquer outro livro de papel e couro. Mas a Palavra de Deus não será consumida pelo fogo. Esse texto nesta forma [impressa] permanecerá somente enquanto este mundo existir; mas depois ele ainda permanecerá nesta forma [no corpo]. Portanto, esse texto ainda permanecerá conosco por todo o tempo, isto é, por toda a eternidade. “Se qualquer pessoa pensa saber alguma coisa, não sabe nada ainda como convém saber”. Não, ninguém sabe nada. Vocês não ficam felizes com isso, irmãos? Vocês não se alegram?MTA1893 15.2

    Mas não devemos nos delongar por muito tempo em nenhum desses textos, pois há muitos textos que gostaria de trazer à nossa atenção hoje à noite. Tendo em mente o pensamento que acabamos de considerar, aqui chegamos na expectativa de aprender muitas coisas que são novas e muitas coisas novas sobre aquilo que já aprendemos antes. Viemos aqui para aprender unicamente a verdade. Esse é o meu desejo. A única coisa que tem algum poder, a única coisa que tem algo de bom, a única coisa que tem alguma força santificadora é a verdade, a verdade como é em Jesus, naturalmente, pois a verdade não existe de outra forma. Tendo aqui chegado com esse propósito, o de conhecer somente a verdade, isso é tudo que devemos estudar; e é somente sobre isso que devemos indagar. Não cabe a vocês, nem a mim, decidir que coisa é velha ou nova, ou quem deverá falar neste instituto, ou se algo deverá ser estudado ou não por nós ou por qualquer outra pessoa, certo? O que devemos perguntar é o seguinte: Será que isto é a verdade? Se for a verdade, então aceite a Palavra de Deus como Ele a apresentar para nós, não importa quem Deus usar, não importa a maneira como ela vier e não importa se ela vier por um caminho completamente contrário daquele que esperávamos que viesse – e existe a probabilidade de que isso aconteça, pois “os vossos caminhos [não são] os Meus caminhos, diz o Senhor”. Então, quando temos um caminho pré-estabelecido em nossa mente, já podemos esperar que a verdade vai chegar por um caminho diferente.MTA1893 16.1

    O Senhor não permitirá que qualquer pessoa Lhe dê ordens ou defina planos para Ele. O modo de Deus agir é visto neste texto: “Verdadeiramente, Tu és o Deus que Te ocultas” (Isaías 45:15, ARC). É certo que podemos vê-Lo; contudo, Ele Se oculta. Não podemos estabelecer o modo como Ele sempre vai fazer as coisas. O melhor a fazer é deixar que Ele decida a maneira como Ele fará as coisas; e devemos adotar essa postura o tempo todo. Assim estaremos sempre seguros. Assim nunca precisaremos ficar ansiosos, nunca precisaremos nos preocupar com a maneira como Deus vai lidar com cada situação. Ele é totalmente sábio. Tudo o que Ele faz é correto. Cabe a nós simplesmente nos manter prontos para vê-Lo agir sempre que Lhe aprouver. Nada precisamos fazer, exceto nos deleitar em vê-Lo agindo. Tenho recebido grandes bênçãos ao estudar a Bíblia e observar o Senhor agindo. E quando tudo parece o mais sombrio e misterioso possível, aí, sim, estamos diante do melhor estudo, pois é nesse momento que reconhecemos nossa total incapacidade e passamos a ver Deus agindo. Se pudéssemos ver sempre o meio exato como a verdade se descortina diante de nós, ela não nos pareceria interessante. Quando tudo parece muito obscuro, esse é o momento de nos concentrar com mais intensidade e interesse para ver o Senhor abrir caminhos retos para nossos pés.MTA1893 16.2

    Assim, devemos aprender somente a verdade, não importa quem a fale – certamente é o Senhor que a falará para nós –, e não importa por meio de quem ela é falada, nem como ela virá. Se nós já a conhecíamos antes, graças a Deus que alguém mais a está conhecendo agora. Se não a conhecíamos antes, graças a Deus que a podemos conhecer agora. A única coisa que precisamos perguntar é: Será que isto é a verdade? Todos vocês conhecem estes versos em 2 Tessalonicenses 2:9 e 10:MTA1893 16.3

    “Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos.”MTA1893 17.1

    Por que será que esse iníquo faz tudo isso como esse grupo de pessoas? Porque eles não acolheram o amor da verdade. Aqueles que amarem a verdade e acolherem o amor da verdade, esses nunca serão iludidos pelos prodígios de mentira e por todo engano de injustiça. Não, senhor. Pois Jesus afirmou: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32). Então, todo aquele que acolher o amor da verdade, esta o libertará. A pessoa a quem Satanás engana com sinais e prodígios de mentira, será que ela é livre? Não. Ela é uma terrível escrava. Se fixarmos na mente que a única coisa que vamos buscar ou esperar é a verdade, então não precisamos ficar preocupados se Satanás vai nos enganar ou não.MTA1893 17.2

    Observem a última metade desse verso [de João]. O efeito da verdade é nos libertar. Na primeira metade temos a melhor promessa da Bíblia, se pudermos medir as promessas. Mas não podemos fazer isso porque todas as promessas são igualmente importantes. Todas refletem os pensamentos de Deus, e Seus pensamentos são eternos. Mas temos aqui uma excelente promessa: “Conhecereis a verdade”. Esta me parece ser uma promessa maravilhosa: “Conhecereis a verdade”. Você acha que a conhece? Você se questiona se a conhece? Você se questiona se este ou aquele ponto é a verdade? Assim não dever ser. “Conhecereis a verdade”. Esta é a promessa de Jesus Cristo para você e para mim, de que quando confiamos Nele e O seguimos, conheceremos a verdade. No momento em que nos submetemos a Ele e O seguimos, Ele Se encarregará de nos fazer conhecer a verdade. Essa é a nossa confiança. “Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido Nele: Se vós permanecerdes na Minha palavra, sois verdadeiramente Meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:31, 32). Como devemos conhecer a verdade? Devemos permanecer em Sua palavra e ser verdadeiramente Seus discípulos, e então conheceremos a verdade. Sua palavra, portanto, é a palavra da verdade. “Conhecereis a verdade”. Queremos nos agarrar a essa promessa. A impressão que tenho é que se essa fosse a única promessa da Bíblia, teríamos nela tudo de que precisamos. “Conhecereis a verdade”. Porque Cristo fez essa promessa, ela é para vocês e para mim, se tão somente O seguirmos e nos submetermos a Ele. Diante desse fato, parece-me que deveríamos ser as pessoas mais alegres da Terra, pela promessa que foi dada: “Conhecereis a verdade”.MTA1893 17.3

    Haverá muitas ocasiões, certamente – já houve, sem dúvida, nas primeiras lições que foram apresentadas –, em que certas pessoas aqui dirão: “Bem, será que isso é assim mesmo? Provavelmente já aconteceu aqui de alguém dizer: “Bem, não sei se isso é assim mesmo”. Sem dúvida haverá muitos e incontáveis momentos, antes de se encerrarem as seis semanas durante as quais o Senhor nos permitiu estudar Sua Palavra e modo de agir, em que seremos impelidos a dizer: “Será que isso é assim?” Qual é a promessa? “Conhecereis a verdade”. Contudo, o Senhor não quer que aceitemos as coisas só porque alguém as ensinou para nós. Quando alguém apresentar algo aqui, Deus não quer que afirmemos: “Bem, é assim mesmo porque fulano de tal está dizendo”. Não deve ser assim. Devemos saber que se trata da verdade porque Deus está falando. E não vamos nos esquecer da promessa: “Conhecereis”. Haverá momentos em que esta pergunta surgirá: “Será que isso é assim mesmo?” O que dizer sobre isso? A indagação vai surgir, mas com ela vem a promessa. Não se esqueça disso. Cada vez que surgir essa pergunta, Jesus diz a vocês: “Conhecereis a verdade”. Então, quando surgir essa pergunta diante de algum ponto no estudo, qual é a resposta para vocês e para mim? O que devemos considerar então? Qual deve ser nossa posição quando isso acontecer? Haverá momentos em que um irmão estará falando e, depois de ler uma, duas ou três passagens bíblicas, apresentará uma ideia nelas que é nova para mim ou fará uma declaração que é nova para mim. Surgirá então a pergunta: “Bem, isso é assim mesmo?” Qual é a resposta para mim? “Conhecereis a verdade”. O que devo fazer então com essa nova ideia e com essa indagação? Será que devo simplesmente guardar para mim essa indagação, aquela nova ideia que é nova para mim? Não deveria colocá-la diante de Cristo e perguntar-Lhe qual é a verdade? Ou não seria melhor eu procurar algum irmão e perguntar: “O que você acha sobre isso? O irmão A. está dizendo isso e aquilo. O que você acha disso? Isso é novo para mim. Tenho minhas dúvidas sobre isso”. “Olha, eu também duvido disso”, diz o outro irmão. Então, é claro que não pode ser verdade; está resolvido; não é verdade. Mas não cabe a ninguém depender do que eu penso sobre esse ou aquele ponto.MTA1893 17.4

    Eu me lembro de que, certa vez, numa reunião campal, um irmão leu algumas passagens do começo ao fim, sem parar. Isso foi tudo o que ele fez. Era uma leitura bíblica. Mas as ideias que ele suscitou com aquela leitura bíblica eram novas para um grande número de ouvintes. Uma meia dúzia de pessoas, mais ou menos, veio até mim, como grupo, e perguntou: “Então, irmão Jones, o que você acha sobre isso?” Eu respondi: “Não importa o que eu penso sobre isso. O que vocês mesmos pensam sobre isso?” “Bem, não sabemos o que pensar sobre isso”, responderam. Então eu disse: “Descubram”. Imaginem se eu tivesse dito que eu não acreditava naquilo. Eles teriam ido embora dizendo: “Eu não acredito nisso porque o irmão Jones disse que não acreditava”. Imaginem se eu tivesse dito que era verdade. Eles teriam dito: “É verdade mesmo. O irmão Jones diz que é verdade”. Assim, minha intenção é não lhes dizer nada sobre o que eu penso. Isso não lhes interessa. Vocês devem conhecer por conta própria o que é a verdade. Essa é a postura que eu pretendo adotar neste instituto. Minha expectativa é que coisas novas vão surgir aqui. Nunca participei de uma reunião dedicada ao estudo da Bíblia em que o Senhor não nos tenha dado algo que era novo, belo, grandioso e glorioso. Mas a posição que quero ocupar firma-se plenamente nesta promessa: “Conhecereis a verdade”.MTA1893 18.1

    Mas conheço pessoas, e vocês sem dúvida também, que parecem se apegar à ideia de que a única maneira de conhecer a verdade é levantar todas as objeções possíveis e exigir respostas. Mas quando eu levanto todas as objeções que conheço contra determinado ponto e encontro respostas para todas elas, será que passo a ter certeza do que é a verdade? Posso ter certeza dela? Não. Isso porque há objeções que eu nunca imaginei. Vocês percebem? Seguindo esse raciocínio, será que eu posso ter certeza de que é a verdade depois que toda objeção possível é apresentada contra ela por todo e qualquer ser no Universo? Posso ter certeza da verdade depois disso? Quando todas as objeções são respondidas, será que isso me garante que aquele ponto é de fato verdade? Se a resposta for sim, que garantia eu tenho de que viverei o tempo suficiente para conseguir respostas satisfatórias para todas as objeções? Podemos chegar à verdade dessa forma? Existe alguma possibilidade de chegar à verdade por meio de objeções levantadas e respostas alcançadas? Não, senhor. Qual a vantagem de iniciar por uma estrada cujo fim você nunca alcançará? Certamente uma estrada equivocada. O melhor é nem começar a viajar nela.MTA1893 18.2

    Outra coisa. É possível haver alguma objeção contra a verdade? Vamos pensar nisso com cuidado. Quando algo é apresentado, será que deveríamos dizer: “Eu tenho uma objeção contra isso”? É essa a postura que devemos adotar? Não. Devemos perguntar se é a verdade; e se for, não há nenhuma objeção e não pode haver nenhuma objeção contra ela. Nossa objeção é uma fraude. Vocês percebem? O que devemos perguntar é: Será que isso é a verdade?MTA1893 19.1

    Então, uma outra maneira que as pessoas têm de chegar à verdade é ouvir os dois lados da questão. Vocês mesmos já ouviram pessoas com esse pensamento. Elas dizem: “Esse é um lado da questão, mas agora eu quero o outro lado antes de decidir”. O que significa ouvir um lado da verdade? Se eu digo que existe um lado da verdade e que existe o outro lado da verdade, então, onde está a verdade? Buscar cada lado da verdade é o mesmo que buscar o erro. Alguns dizem: “Já ouvi um lado; agora quero ouvir o outro lado!” Com essa atitude, como posso dizer qual é a verdade, afinal de contas? Mas vamos imaginar que eu de fato ouvi uma verdade – e é disso que precisamos –, e eu não fico satisfeito até ouvir o outro lado. O que é esse outro lado? Se eu assumir que um lado é a verdade, o que será o outro lado? O erro. Isso significa então que, para podermos decidir melhor o que é a verdade, precisamos ouvir uma porção de mentiras? “Bem”, alguém pode dizer, “eu ouvi o seu lado da questão, e me parece que se trata da verdade, mas eu quero ouvir o outro lado!” A verdade é a Palavra de Deus. Mas o que alguns propõem é que devemos esperar ouvir o outro lado antes de saber se algo é verdade ou não. Em outras palavras, devemos comparar o ponto que achamos ser verdade com uma porção de mentiras. Assim, uma porção de mentiras se torna um teste da verdade.MTA1893 19.2

    Não precisamos ouvir o outro lado. Tudo o que queremos é a verdade. Temos aqui um lado da verdade, e ali o outro lado da verdade. Alguém ouve ambos os lados de acordo com seus objetivos. Como é que ele vai chegar à verdade? Do seu próprio modo. Ele ouviu isso e aquilo. Onde está a verdade? Ele precisa descobri-la de alguma forma. O que faz então? Ele compara um lado com o outro, pesa um em contraste com o outro, acha o ponto de equilíbrio e toma sua decisão sobre qual é a verdade. Bem, depois de fazer isso, será que ele pode saber que tem a verdade? Está ele seguro de que sua posição é a verdade? Minha opinião, meu julgamento, minha habilidade de pesar argumentos e decidir a respeito da verdade, será que tudo isso constitui o teste infalível da verdade? Seriam, por acaso, o julgamento de uma pessoa e suas faculdades o teste da verdade? Quando precisamos testar a verdade para saber se ela é a verdade, o teste deve ser infalível. Não é isso mesmo? Precisamos de um teste que nunca vai nos desapontar. Para que possa discernir a verdade e confirmá-la, o teste deve ser de uma precisão tal que nunca vai errar sob quaisquer circunstâncias, mesmo diante de dez mil argumentos e erros. O teste com o qual devemos verificar a verdade deve ser capaz de chegar até ela com sucesso ininterrupto, superando todo argumento contrário que os homens possam levantar. Não concordam comigo? Sabemos que a mente do homem não constitui o teste da verdade. É apenas sua própria ideia e a verdade sobre a qual ele se firma. “Porque os Meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os Meus caminhos, diz o Senhor” (Isaías 55:8).MTA1893 19.3

    Agora, irmãos, no tempo em que vivemos, há duas razões por que esse método não pode funcionar, mesmo que fosse correto. A primeira é que a verdade de Deus está se desenvolvendo tão rapidamente que não temos tempo para garimpar todas as objeções e ouvir todas as objeções de ambos os lados. Nesse caso, ficaríamos eternamente atrasados ao ficarmos ouvindo muitos argumentos e objeções. Mas não queremos nos achar nessa situação quando a porta da graça se fechar. O tempo é muito curto para isso, e ficaríamos de fora quando esse momento chegasse. Contudo, temos a promessa: “Conhecereis a verdade”.MTA1893 19.4

    Vamos ler novamente João 14:16 e 17: “E Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade”. Espírito do quê? Da verdade. Sim, graças a Deus por esta promessa: “Eu rogarei ao Pai”. O que Cristo está fazendo por nós nesta noite enquanto estamos aqui neste instituto? Rogando ao Pai.MTA1893 20.1

    Ele prometeu nos enviar o Consolador, o Espírito da verdade. Qual deve ser nossa atitude antes de chegarmos aqui para estudarmos a cada dia? Participar dessa oração para que possamos receber o Espírito da verdade, não é mesmo?MTA1893 20.2

    Então, Jesus está rogando, ou orando – e a propósito, enquanto Jesus está fazendo isso, será que não estamos em boa companhia quando fazemos o mesmo? Que possamos gastar muito tempo em oração durante este instituto! O que vocês acham? [Ouvintes: “Amem!”]. “Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará”. Ele não diz: “Eu rogarei ao Pai para que Ele possa enviar”, como se o envio do Espírito fosse algo a ser decidido depois de Sua oração, mas Ele diz: “Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará”. Certamente Sua oração é ouvida, pois Ele intercede por nós. Ele apresenta nossas orações de acordo com a vontade de Deus. Então Jesus orou, e nós também oramos para que Ele nos dê esse Consolador, e Ele nos dá. Quando pedimos, sabemos que receberemos, pois Ele assim declara. Se pedirmos qualquer coisa de acordo com Sua vontade, o que acontece? Ele nos ouve. E esta é a confiança que temos Nele nesta noite. Esta é a confiança que temos Nele, a saber, se pedirmos qualquer coisa de acordo com Sua vontade, Ele nos ouve. Então se tivermos essa confiança no Senhor, desfrutaremos de bons momentos no decorrer deste instituto. Peça qualquer coisa segundo Sua vontade e Ele nos ouve. É da vontade Dele que tenhamos o Espírito Santo. Podemos, assim, nos aproximar Dele a cada dia e a cada hora do dia, Lhe pedir o Espírito da verdade, e estar certos de que O receberemos e de que Ele nos ouve. E se sabemos que Ele nos ouve, sabemos que Ele atende às petições que Lhe apresentamos.MTA1893 20.3

    Vamos agora alinhavar os pensamentos. Nós pedimos qualquer coisa segundo Sua vontade, e Ele nos ouve. Cada vez que pedimos, Ele ouve. Quando Ele nos ouve, o que acontece? Sabemos que podemos obter o nosso pedido? Sabemos que o teremos? Sim, nós o temos. O que devemos fazer então? Quando pedimos de acordo com Sua vontade, sabemos que Ele nos ouve. E recebemos o que pedimos. O que devemos fazer então? Agradecer-Lhe a bênção recebida. Assim, antes de virmos ao instituto a cada manhã, peçamos ao Senhor o Espírito Santo de acordo com Sua vontade. Depois que vocês fizerem seu pedido, entreguem-se completamente ao Senhor, e Lhe agradeçam por Ele já ter respondido. Venham então com a expectativa de que Ele vai ensinar, e que Ele vai ensinar ao professor e que, por meio dele, nos ensinará.MTA1893 20.4

    “A fim de que esteja [...] convosco”. Por quanto tempo? “Para sempre”. Muito bem. O Espírito da verdade é capaz de tomar a verdade e torná-la conhecida a qualquer momento em meio a milhões de frases contendo o erro. Por quanto tempo? Para sempre. Não é maravilhoso? Não é uma ótima promessa, que Ele nos dará o Espírito da verdade e que Ele estará conosco para sempre? “O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê, nem O conhece; vós O conheceis, porque Ele habita convosco e estará em vós” (João 14:17).MTA1893 20.5

    “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, Ele vos guiará” (João 16:13). O que Ele fará? “Ele vos guiará”. Ele certamente o fará. Temos aqui uma afirmação positiva. Quando Ele vier, Ele fará isso. Bem, irmãos, será que não podemos confiar Nele então? Vamos colocar três pensamentos juntos: “Conhecereis a verdade”; “Eu rogarei ao Pai” e “Ele vos guiará”. Será que não podemos confiar Nele? Será que não podemos entregar tudo a Ele imediatamente sem uma única hesitação sequer sobre o que quer que seja? “Conhecereis a verdade”. O Pai dará a vocês o Espírito da verdade, e Ele vos guiará. Não devemos nós, então, entregar tudo a Ele, confiar Nele e esperar que Ele nos guie em cada estudo que fizermos aqui?MTA1893 21.1

    “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, Ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir” (João 16:13). O que Ele fará? Ele nos anunciará as coisas que hão de vir. Muito bem. Não é o desejo de Deus que vejamos agora coisas futuras antes que elas nos surpreendam? Vocês se lembram que Deus nos disse que as pessoas que verão agora o que está para nos sobrevir, por meio do que está sendo realizado diante de nós, não mais confiarão em invenções humanas, mas sentirão que o Espírito Santo deve ser reconhecido e recebido? Como veremos o que está para nos sobrevir? Por meio do que está sendo realizado diante de nós. Jesus nos anunciará as coisas que hão de vir. Ele não quer que sejamos pegos de surpresa por nenhuma dessas coisas. Ele quer que conheçamos de antemão o que está para vir a fim de estarmos plenamente protegidos e não sermos pegos de surpresa e derrotados.MTA1893 21.2

    “Ele Me glorificará, porque há de receber do que é Meu e vo-lo há de anunciar” (João 16:14). Quais são as características do Espírito? Ele é a verdade e o Espírito da Verdade. Ele pega o que é Dele e nos mostra. Então, quando o Espírito pega somente o que pertence ao Senhor (e isso é tudo que Ele sempre nos mostrará), Ele não Se coloca numa posição independente e faz grandes coisas por conta própria, da mesma forma que Jesus não agiu assim, mas submeteu-Se a Deus em tudo para que o Pai pudesse atuar e operar Nele. Então o Espírito Santo, estando no lugar de Cristo, faz exatamente as mesmas coisas que Jesus realizou. Ele não anuncia coisas próprias, mas Se apropria do que Deus disse a Jesus e conta isso a vocês e a mim. Portanto, Ele nos dá a verdade de Deus como ela é em Jesus. Ele é o Deus da verdade. “Tudo quanto o Pai tem é Meu; por isso é que vos disse que há de receber do que é Meu e vo-lo há de anunciar” (João 16:15). Nesse contexto, temos a seguinte passagem bíblica: “Mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam” (1 Coríntios 2:9). Aqui temos o propósito eterno de Deus e suas profundezas. É nessa plataforma que devemos nos firmar, pedindo, participando da oração de Jesus a cada dia, a fim de termos o Espírito da verdade em nossos estudos e em toda a nossa obra, nos guiando para a verdade.MTA1893 21.3

    Observem os seguintes trechos do livro Caminho a Cristo, p. 91, 109 e 110:MTA1893 21.4

    “Nunca deve a Bíblia ser estudada sem oração. Antes de abrir suas páginas, devemos pedir a iluminação do Espírito Santo, e ser-nos-á dada. Quando Natanael veio a Jesus, o Salvador exclamou: ‘Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo’. Natanael volveu: ‘De onde me conheces Tu?’ E Jesus respondeu: ‘Antes que Filipe te chamasse, te vi Eu estando tu debaixo da figueira’ (João 1:47-48). E Jesus ver-nos-á também nos lugares secretos de oração, se Dele buscarmos a luz para saber qual a verdade. Anjos do mundo da luz assistirão àqueles que, em humildade de coração, buscarem a guia divina.”MTA1893 21.5

    “O Espírito Santo exalta e glorifica o Salvador. É Sua missão apresentar a Cristo, a pureza de Sua justiça e a grande salvação que por Ele nos pertence. Jesus disse: ‘Ele [...] há de receber do que é Meu e vo-lo há de anunciar’ (João 16:14). O Espírito da verdade é o único Mestre eficaz da verdade divina. Quanto não deve Deus ter estimado a raça humana, para que desse o Seu Filho a fim de por ela morrer, e designasse o Seu Espírito para ser o mestre e constante guia do homem!”MTA1893 22.1

    “É desígnio de Deus que, mesmo nesta vida, as verdades de Sua Palavra se vão sempre desdobrando perante Seu povo. Só há um meio de obter esse conhecimento. Só nos é possível chegar a compreender a Palavra de Deus mediante a iluminação do Espírito pelo qual ela foi dada. ‘Ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus’ (1 Coríntios 2:11-10). E a promessa do Salvador a Seus seguidores foi: ‘Quando vier aquele Espírito da verdade, Ele vos guiará em toda a verdade [...] porque há de receber do que é Meu, e vo-lo há de anunciar’” (João 16:13-14).MTA1893 22.2

    “Deus deseja que o homem exercite suas faculdades de raciocínio; e o estudo da Bíblia robustecerá e elevará o espírito como nenhum outro. Convém, entretanto, acautelar-nos contra o deificar a razão, a qual está sujeita à fraqueza e enfermidade humanas. Caso não queiramos que as Escrituras se fechem ao nosso entendimento, de modo que as mais claras verdades deixem de ser compreendidas, devemos ter a simplicidade e a fé de uma criancinha, estar dispostos a aprender, buscando o auxílio do Espírito Santo. A consciência do poder e da sabedoria de Deus, e de nossa incapacidade para Lhe compreender a grandeza, deve inspirar-nos humildade, e devemos abrir Sua Palavra com reverência, como se entrássemos à Sua presença, com santo temor. Ao lermos a Bíblia, a razão deve reconhecer uma autoridade superior a si própria, e o coração e a inteligência se devem curvar perante o grande EU SOU.”MTA1893 22.3

    De agora em diante, e enquanto vivermos, quando lermos Sua Palavra tal como é, nunca vamos levantar um questionamento contra ela. Existe alguma dúvida em relação a ela? Ela pode ter alguma incerteza? Não há absolutamente nenhuma incerteza nela. Ela é simplesmente o que ela diz. Graças a Deus que assim é, e vamos deixar que Deus nos diga o que ela significa e como podemos alcançar suas profundezas.MTA1893 22.4

    Gostaria de ler novamente este trecho do livro Obreiros Evangélicos, p. 126 [edição de 1892 em inglês]:MTA1893 22.5

    “Deus deseja que recebamos a verdade com base em seus próprios méritos – porque ela é verdade. A Bíblia não deve ser interpretada para se adaptar às ideias de homens, não importa por quanto tempo eles tenham considerado essas ideias como verdadeiras.”MTA1893 22.6

    Isso significa que eu não devo interpretar a Bíblia para adaptá-la a este homem [o orador apontando para si mesmo]. Nem a você também. “O espírito com que chegamos para investigar as Escrituras irá determinar o caráter do assistente ao nosso lado” (idem, p. 127).MTA1893 22.7

    Há um ponto importante aqui. Estamos vindo aqui todos os dias para investigar as Escrituras. A advertência dada é: “O espírito com que chegamos para investigar as Escrituras irá determinar o caráter do assistente ao nosso lado”.MTA1893 23.1

    “Anjos do mundo das luzes estarão com aqueles que em humildade de coração procuram a orientação divina. Mas se a Bíblia for aberta com irreverência, com sentimento de autossuficiência, se o coração estiver cheio de preconceito, Satanás estará ao seu lado, e ele colocará as claras declarações da Palavra de Deus sob uma luz pervertida” (idem, p. 127).MTA1893 23.2

    Não queremos ter Satanás como nosso assistente. Portanto, precisamos estar seguros de que estamos unidos a Cristo naquela oração [pelo Consolador] antes de iniciar o estudo das Escrituras, e de que permaneceremos nesse espírito enquanto estudamos. “Precisamos estudar a Bíblia por nós mesmos. Não devemos confiar em ninguém para pensar por nós”. Isso não significa que não devemos ser guiados por alguém, se Deus estiver guiando essa pessoa, seja ela um homem ou uma mulher. Vocês conhecem a história de um homem que certa vez teria tomado a decisão correta se tivesse consentido em ser guiado por uma jumenta. Ele havia se proposto a ser guiado pelo Senhor apenas. Ele não tinha a intenção de que alguém o guiasse, mas isso o colocou em dificuldades. Não cabe a nós escolher quem nos guiará. Basta-nos escolher que o Senhor nos guiará.MTA1893 23.3

    Um homem certa vez estava falando contra o Espírito de Profecia e comentando o quanto era fácil os adventistas do sétimo dia serem enganados, o quanto eles estavam iludidos e que seus mestres se levantavam e lhes diziam certas coisas que eles engoliam por completo sem questionamento. Eu disse para mim mesmo que seria interessante se ele tentasse fazer isso, ou seja, fazer os adventistas aceitarem ensinamentos daquela forma. É um fato que os adventistas do sétimo dia não são guiados com facilidade. De certo modo, me alegro com isso. Meu desejo é que cada adventista do sétimo dia seja tão difícil de ser guiado que ninguém no Universo consiga guiá-lo, exceto Jesus Cristo. Sim, senhor. Mas, ó irmãos, vamos nos colocar numa posição que não torne a direção do Senhor demasiadamente difícil. Mas me alegro que eles sejam tão difíceis de ser guiados que ninguém consegue fazê-lo a não ser Cristo. Vamos ficar nessa posição o mais rápido possível, e, assim, permitir ser guiados tão facilmente como os cordeiros por Aquele que é o Cordeiro de Deus.MTA1893 23.4

    “Não devemos nos tornar rígidos em nossas ideias e pensar que ninguém deveria interferir em nossas opiniões. Quando algum ponto de doutrina que vocês não compreendem lhes chama a atenção, dirijam-se a Deus de joelhos para que compreendam o que é verdade; assim, vocês não serão achados como os judeus, lutando contra Deus. [...] É impossível que qualquer mente alcance toda a riqueza e grandeza de uma promessa sequer de Deus. Uma pessoa capta a glória de um ponto de vista, enquanto que outra, a beleza e a graça de outro ponto de vista, e a alma fica repleta da luz celestial. Se víssemos toda a glória, o espírito desfaleceria. Mas podemos suportar revelações muito maiores das abundantes promessas de Deus do que as que desfrutamos hoje. Meu coração fica triste ao pensar o quanto perdemos de vista a plenitude da bênção designada para nós. Ficamos satisfeitos com lampejos momentâneos de iluminação espiritual, quando poderíamos andar dia após dia na luz de Sua presença. [...] Aquele cuja missão é trazer todas as coisas à lembrança do povo de Deus e guiá-los em toda a verdade pode estar conosco na investigação de Sua santa Palavra” (idem, p. 129-131).MTA1893 23.5

    Oh! Que promessa nós temos, que conheceremos a verdade! Então, Ele nos dá o Espírito da verdade para guiar-nos em toda a verdade. E esse Espírito é um guia tão perfeito, tão infalível que silenciará qualquer outra voz que surgir quando todo vento de doutrina estiver soprando. Ele silencia todas as vozes, exceto a que procede Daquele que é a verdade e a vida. Bem, irmãos, vamos iniciar o estudo nesse espírito e permanecer nesse espírito, e Deus nos ensinará. E, como foi dito nos dias de Jó, e nas Escrituras, “quem ensina como Ele?” (Jó 36:22, ARC).MTA1893 24.1

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