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O Grande Conflito (condensado)

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    Capítulo 31 — Maus espíritos

    Anjos de Deus e maus espíritos acham-se claramente revelados nas Escrituras, e inseparavelmente entrelaçados com a história humana. Os santos anjos que ministram “para serviço, a favor dos que hão de herdar a salvação” (Hebreus 1:14), são por muitos considerados como espíritos dos mortos. Mas as Escrituras apresentam prova de que estes não são os espíritos desencarnados dos mortos.GCC 225.1

    Antes da criação do homem, existiam anjos, pois quando os fundamentos da Terra foram lançados, “as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus”. Jó 38:7. Após a queda do homem, anjos foram enviados para guardar a árvore da vida, antes que algum ser humano tivesse morrido.GCC 225.2

    Diz o profeta: “Ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono.” Eles aguardam na presença do Rei dos reis — “valorosos em poder, que [executam] as Suas ordens, e Lhe [obedecem] à palavra”, “incontáveis hostes”. Apocalipse 5:11; Salmos 103:20, 21; Hebreus 12:22. Como mensageiros de Deus, eles saem “à semelhança de relâmpagos”, tão veloz é o seu vôo. O anjo que apareceu no túmulo do Salvador, tendo o rosto “como relâmpago”, fez com que os guardas tremessem e ficassem “como mortos”. Quando Senaqueribe blasfemou de Deus e ameaçou a Israel, “o anjo do Senhor [...] feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil”. Ezequiel 1:14; Mateus 28:3, 4; 2 Reis 19:35.GCC 225.3

    Anjos são enviados em missões de misericórdia aos filhos de Deus. A Abraão, com promessas de bênçãos; a Sodoma, para resgatar a Ló da condenação; a Elias, quase a perecer no deserto; a Eliseu, com carros e cavalos de fogo, quando ele estava cercado por seus adversários; a Daniel, quando abandonado na cova dos leões; a Pedro, condenado à morte no calabouço de Herodes; aos prisioneiros em Filipos; a Paulo, na noite tempestuosa, no mar; a abrir a mente de Cornélio para a recepção do evangelho; a enviar Pedro com a mensagem da salvação ao desconhecido gentio — assim é que os santos anjos têm ministrado ao povo de Deus.GCC 225.4

    Anjos guardiães — Um anjo da guarda é designado a todo seguidor de Cristo. “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem, e os livra.” Disse o Salvador, referindo-Se aos que nEle crêem: “Os seus anjos nos Céus vêem incessantemente a face de Meu Pai celeste”. Salmos 34:7; Mateus 18:10. O povo de Deus, exposto à vigilante malignidade do príncipe das trevas, recebe a certeza da incessante guarda dos anjos. Tal segurança é concedida porque há poderosas instrumentalidades do mal a serem enfrentadas — agentes numerosos, determinados e incansáveis.GCC 225.5

    Maus espíritos, criados a princípio sem pecado, eram iguais, em natureza, poder e glória, aos anjos santos que ora são os mensageiros de Deus. Mas, caídos pelo pecado, acham-se coligados para a desonra de Deus e a destruição dos homens. Unidos a Satanás na rebelião, cooperam com ele na luta contra a autoridade divina.GCC 226.1

    A história do Antigo Testamento menciona a sua existência, mas durante o tempo de Cristo os espíritos maus manifestaram seu poder de modo mais marcante. Cristo veio para a redenção do homem, e Satanás estava determinado a comandar o mundo. Havia sido bem-sucedido em estabelecer a idolatria em todas as partes da Terra, exceto na Palestina. À única terra que não havia cedido completamente ao domínio do tentador, Cristo veio, estendendo os braços de amor, convidando todos a que buscassem perdão e paz nEle. As hostes das trevas compreendiam que, se a missão de Cristo obtivesse êxito, o domínio que exerciam chegaria logo ao fim.GCC 226.2

    Que os homens tenham sido possuídos por demônios, é claramente afirmado no Novo Testamento. As pessoas afligidas dessa maneira não sofriam meramente de moléstias provenientes de causas naturais; Cristo reconheceu a presença direta e a operação dos maus espíritos. Os endemoninhados de Gadara, infelizes lunáticos, agitando-se, espumando, enfurecendo-se, faziam violência a si próprios e ameaçavam a todos os que deles se aproximassem. O corpo desfigurado e sangrante, tanto quanto a mente transtornada, apresentavam um espetáculo que agradava muito ao príncipe das trevas. Um dos demônios que controlavam os sofredores declarou: “Legião é o meu nome, porque somos muitos”. Marcos 5:9. No exército romano, a legião compunha-se de três a cinco mil homens. Ao mando de Jesus os anjos maus afastaram-se de suas vítimas, deixando-as submissas, inteligentes e dóceis. Mas os demônios varreram para o mar uma manada de porcos, e para os habitantes de Gadara a perda resultante sobrepujou a bênção conferida por Cristo; pediram ao Médico divino que Se retirasse. Mateus 8:23-34. Lançando sobre Jesus a culpa de seu prejuízo, Satanás suscitou os temores egoístas do povo e impediu-os de escutar as Suas palavras.GCC 226.3

    Cristo permitiu que os maus espíritos destruíssem os suínos como reprovação àqueles judeus que, por amor ao ganho, estavam criando animais imundos. Se Cristo não tivesse restringido os demônios, estes teriam arrastado para o mar não somente os porcos, mas também seus donos.GCC 226.4

    Além disso, esse evento foi permitido a fim de que os discípulos pudessem testemunhar o poder cruel de Satanás, tanto sobre homens como sobre animais, e assim não fossem enganados por seus artifícios. Era também Seu desejo que o povo contemplasse Seu poder em quebrar o cativeiro de Satanás e em libertar seus cativos. Embora Jesus Se retirasse, os homens tão maravilhosamente libertos ficaram para declarar a misericórdia de seu Benfeitor.GCC 226.5

    Outros exemplos acham-se registrados: a filha da mulher siro-fenícia era atrozmente atormentada por um demônio, que Jesus expulsou por Sua palavra (Marcos 7:26-30); um moço que tinha um espírito que muitas vezes o lançava “no fogo e na água, para o matar” (Marcos 9:17-27); o lunático que, atormentado pelo “espírito de um demônio imundo” (Lucas 4:33-36), perturbava a calma do sábado na sinagoga de Cafarnaum — todos estes foram curados pelo Salvador. Em quase todos os casos Cristo Se dirigiu ao demônio como uma entidade inteligente, ordenando-lhe não mais atormentar sua vítima. Os adoradores de Cafarnaum ficaram todos “grandemente admirados e comentavam entre si, dizendo: ‘Que palavra é esta, pois com autoridade e poder ordena aos espíritos imundos, e eles saem?’” Lucas 4:36.GCC 227.1

    Para o fim de obter poder sobrenatural, alguns recebiam alegremente a influência satânica. Estes, é claro, não tinham conflito algum com os demônios. Desta classe eram os que possuíam o espírito de adivinhação — Simão o Mago, o feiticeiro Elimas, a jovem que seguia Paulo e Silas em Filipos. Atos dos Apóstolos 8:9, 18; 13:8; 16:16-18.GCC 227.2

    Ninguém se acha em maior perigo do que aqueles que negam a existência do diabo e seus anjos. Muitos dão atenção às suas sugestões, supondo, entretanto, estar seguindo os ditames de sua própria sabedoria. Aproximando-nos do final do tempo, quando Satanás deverá operar com o máximo poder para enganar, ele espalha por toda parte a crença de que não existe. É sua política ocultar-se a si mesmo e agir às escondidas.GCC 227.3

    O grande enganador receia que nos familiarizemos com seus ardis. Para melhor encobrir seu caráter, faz-se representar de tal maneira a não provocar mais que ridículo e desdém. Ele se compraz muito em ser representado como um objeto burlesco, repugnante, meio animal e meio homem. Agrada-se de ouvir seu nome empregado na brincadeira e na zombaria. Por ter se mascarado com consumada habilidade é que tão amplamente se faz a pergunta: “Existe realmente tal ser?” É porque Satanás pode muito facilmente controlar a mente daqueles que estão inconscientes de sua presença, que a Palavra de Deus descobre ante nossos olhos as suas forças secretas, pondo-nos desta maneira de sobreaviso contra seus assaltos.GCC 227.4

    Poderemos encontrar refúgio e livramento no poder superior de nosso Redentor. Pomos cuidadosamente em segurança nossas casas por meio de ferrolhos e fechaduras, a fim de proteger contra homens maus nossa propriedade e vida, mas raras vezes pensamos nos anjos maus, contra os quais não temos, em nossa própria força, método algum de defesa. Se lhes permitirmos, podem distrair nossa mente, atormentar-nos o corpo, destruir nossas propriedades e vida. Mas os que seguem a Cristo estão sempre seguros sob Sua proteção. Anjos magníficos em poder são enviados para protegê-los. O maligno não pode romper a guarda que Deus pôs em redor de Seu povo.GCC 227.5

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