Loading...
Larger font
Smaller font
Copy
Print
Contents

Testemunhos para a Igreja 1

 - Contents
  • Results
  • Related
  • Featured
No results found for: "".
  • Weighted Relevancy
  • Content Sequence
  • Relevancy
  • Earliest First
  • Latest First
    Larger font
    Smaller font
    Copy
    Print
    Contents

    Capítulo 120 — A posição do marido

    Prezado irmão e irmã D:

    Enquanto falava na reunião de domingo à noite, quase não me pude conter de mencionar seus nomes e relatar algumas coisas que me foram mostradas. Vi que o irmão D não ocupa na família a posição que Deus lhe designou. A irmã D assume o controle. Ela possui uma vontade forte, que não se sujeita aos reclamos divinos. Ele, para agradar à esposa e livrá-la do desânimo, cede as suas vontades. A opinião da esposa sempre o faz vacilar e assim ele não tem sido um homem livre há vários anos.T1 707.1

    Quando o irmão D se envolveu no início com a obra de ensinar a verdade, era pequeno aos próprios olhos, e Deus pôde usá-lo como Seu instrumento. Mas vi que, por algum tempo no passado, ele não se humilhou sob a mão de Deus. Ele tem confiado na própria sabedoria e julgamento deficiente. Assim Satanás obteve vantagens sobre ele. Em vez de apoiar-se apenas em Deus e valer-se de Sua força, seu discernimento foi pervertido pela influência da esposa. Ela quer ver, ouvir e entender tudo o que se passa ao seu redor. Se a irmã D possuísse discernimento santificado e sabedoria celestial, veria e ouviria as coisas de modo santificado. Faria uso correto dos olhos e dos ouvidos, mas não acontece assim. “Quem é cego, senão o Meu servo ou surdo como o Meu mensageiro, a quem envio?” Isaías 42:19. Deus não deseja que ouçamos tudo que existe para ser ouvido, nem vejamos tudo que existe para ser visto. É grande bênção fechar os ouvidos para que não ouçamos, e os olhos, para não vermos. Nossa maior ansiedade deve ser a de ter clara visão para discernir as próprias faltas, e ouvido aguçado para captar todas as instruções e repreensões necessárias, para que não as deixemos escapar nem nos tornemos ouvintes esquecidos, não cumpridores da obra, por nossa desatenção e descuido.T1 707.2

    Irmão D, faz algum tempo que seus trabalhos não têm sido conduzidos de maneira sábia e bem-sucedida como no passado. Sua conduta não traz a impressão divina. Sua esposa administra seus negócios temporais e assume responsabilidades que lhe são muito pesadas, enquanto você está ausente. Isto desperta a simpatia do irmão e tende a perverter-lhe o discernimento, fazendo-o valorizar exageradamente as qualificações dela, pela capacidade de administrar os negócios. Satanás vigia cada oportunidade de obter toda a vantagem possível da confiança que o irmão deposita na esposa. Ele procura enredá-lo e destruir a ambos. Você tem confiado em grande parte a própria mordomia à sua esposa. Isso está errado. Ela deve fazer tudo quanto pode para desempenhar-se da própria responsabilidade sem assumir as do irmão, pelas quais Deus o considera responsável.T1 708.1

    A irmã D tem-se enganado em alguns pontos. Ela tem pensado que Deus a tenha instruído em sentido especial, e ambos têm crido e agido de acordo com isso. O discernimento que ela julgava ter em um sentido especial, é um engano do inimigo. Ela é por natureza rápida para ver, rápida para compreender, rápida para antecipar, e é de natureza extremamente sensível. Satanás tem-se aproveitado desses traços de caráter, levando cativos a ambos. Irmão D, você é um escravo há muito tempo. Muito daquilo que a irmã D tem julgado ser discernimento, é ciúme. Ela se dispôs a tudo considerar com olhos ciumentos, ser suspeitosa, conjecturando o mal, desconfiada de quase tudo. Isto causa infelicidade mental, desalento e dúvida, onde devia existir fé e confiança. Estes infelizes traços de caráter levam-lhe os pensamentos para um conduto sombrio, onde ela condescende com um pressentimento do mal, enquanto o temperamento grandemente sensível a leva a imaginar negligência, menosprezo e ofensa, quando isto não existe. Todas essas coisas impedem o progresso espiritual de ambos e afetam outros até a extensão de sua ligação com a causa e a obra de Deus. Há uma obra que vocês precisam realizar: “Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte.” 1 Pedro 5:6. Estes infelizes traços de caráter, com uma vontade forte e arraigada, têm de ser corrigidos e reformados, ou do contrário levarão ambos a sofrer o naufrágio da fé.T1 708.2

    Irmão D, você tem um dever a cumprir. Assuma a mordomia que você renunciou e no temor de Deus tome seu lugar à testa da família. Deve o irmão livrar-se da influência da esposa e confiar mais plenamente em Deus, obtendo dEle orientação e guia. O Senhor não instruiu especialmente a irmã D ou lhe deu luz para ensinar a outros qual seja o seu dever. Nem o irmão nem sua esposa podem ocupar a posição que Deus lhes destinou, enquanto as coisas permanecerem como estão. Jamais você será confirmado, fortalecido e estabelecido até permitir que sua esposa assuma a posição que lhe é destinada. Quando ela ocupar o lugar que lhe é próprio atenda ao seu julgamento, consulte-a acerca dos planos, mas seja cauteloso para não achar que o juízo dela é como o divino. Consulte-se com seus irmãos a quem Deus achou conveniente confiar as responsabilidades da obra. Se você houvesse procurado aqueles cujo conselho deveria ouvir, não teria cometido erro tão grande, tão lamentável disparate, como no caso de E. A causa de Deus foi prejudicada e envergonhada nesse caso. Sua esposa pensava ter grande luz nessa questão. Mas suas impressões não procediam de Deus e sim do inimigo, porque viu a oportunidade de atingir o irmão. Sua confiança extremada nas opiniões da esposa é contrária aos planos celestiais. Satanás escolheu essa maneira para em grande parte excluí-lo da influência dos coobreiros e irmãos em geral.T1 709.1

    Você tem tido aflições que poderiam ter sido evitadas se houvesse considerado a posição que sua esposa assumiu, na qual Deus não a pôs. O irmão tem implícita confiança no julgamento e sabedoria dela. Ela não tem sido uma pessoa consagrada a Deus e portanto seu julgamento também não o é. Ela não é feliz e a desventurada sucessão de idéias que sua mente adotou, produz grande dano à sua saúde física e mental. Satanás quer torná-lo inseguro, para que seus irmãos percam a confiança em sua capacidade de discernimento. O inimigo está procurando destruí-lo. Quando Deus chamar especialmente sua esposa para ensinar a verdade, então você deve apoiar-se em seu conselho e recomendações, e confiar em suas instruções. Deus pode dar a ambos, quando possuírem idêntico interesse e dedicação à obra, a qualificação para desempenhar destacada parte na mais solene obra de salvar pessoas. A grande obra que está diante da irmã D resume-se na diligência de procurar atender ao seu chamado e tornar certa a sua eleição, deixando de vigiar os outros e começando agora a obra de zelar por si mesma. Ela deve procurar abençoar a outros por seu piedoso exemplo, boa disposição, força, coragem, fé, esperança, alegria e perfeita confiança em Deus, que serão o resultado da santificação pela verdade. Ela precisa estar em perfeita conformidade com a vontade de Deus. Cristo lhe diz: “E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” Mateus 22:37-40.T1 710.1

    O texto acima foi escrito em Mount Pleasant, Iowa, em 4 de Outubro de 1867. Não tive tempo para concluir o testemunho e copiá-lo, assim, achei melhor terminá-lo quando voltasse do Leste para Greenville, Michigan, o que ocorreu em 30 de Janeiro de 1868.T1 710.2

    Prezados irmão e irmã D: Os irmãos já deveriam ter esta em mãos há muito tempo, mas meus trabalhos têm sido tão intensos que não tive oportunidade de escrever a vocês. Todo lugar que visitávamos trazia-me à mente muito do que vira nos casos individuais, e eu escrevia durante as reuniões, mesmo enquanto meu marido estava pregando.T1 711.1

    A visão me fora dada cerca de dois anos atrás. O inimigo impediu-me de todas as maneiras de enviar às pessoas a luz que Deus lhes enviava por meu intermédio. Primeiramente, o caso de meu marido foi tão desorientador, tão angustiante, que não pude escrever. Depois o desânimo que meus irmãos me causaram, deixou-me em tal condição de tristeza e aflição que eu não reunia condições para qualquer tipo de trabalho. Comecei a escrever quando iniciamos a viagem, no último verão, mas viajávamos tão rapidamente de um lugar para o outro, que tudo quanto podíamos fazer era assistir às reuniões. Havia muito trabalho a ser feito. Eu costumo levantar-me às quatro horas da manhã para escrever. Entretanto, o trabalho constante e agitado das reuniões sobrecarrega-me tanto o cérebro que me sentia incapaz de escrever. Minha mente está cansada.T1 711.2

    Lastimo não ter podido enviar esta carta antes, mas mesmo assim, que Deus possa torná-la uma bênção a vocês, é minha sincera oração. Que você, meu caro irmão, possa ter percebido e corrigido essas coisas antes da chegada deste testemunho. Espero que assim tenha sido. Você e sua esposa têm nossas simpatias e orações. Temos interesse em ambos. A vida de sua esposa é preciosa. Rogamos-lhe em Cristo, que procure obter aquele espírito manso e quieto que é de grande valor à vista de Deus. Um anjo apontou-me a irmã D e repetiu estas palavras: “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.” Filipenses 4:8. Eis aqui o saudável rumo de pensamentos para a mente seguir. Quando ela se desviar para outro caminho, traga-a de volta. Controle a mente. Eduque-a a demorar-se nas coisas que promovam paz e amor.T1 711.3

    Envio-lhes esta carta esperando e orando para que Deus possa abençoá-los, e que ambos possam ser tidos por dignos de alcançar a vida eterna.T1 712.1

    Larger font
    Smaller font
    Copy
    Print
    Contents