Nada entre nós e Deus, 12 de Dezembro

Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, ... muito mais preciosa do que o ouro perecível, ... redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo. 1 Pedro 1:6, 7.EXA 418.3

Quando somos tentados a pôr nossas afeições nalgum objeto terreno que tem a tendência de absorver o nosso amor, precisamos buscar graça para afastar-nos disso e não permitir que se interponha entre nós e o nosso Deus. Temos de manter diante de nós as ricas promessas que Ele deixou registradas em Sua Palavra. Devemos estudar os grandes indicadores que assinalam os tempos em que vivemos. Sabemos que estamos muito perto do fim da história terrestre, e tudo que é de natureza terrena deve estar subordinado ao serviço de Deus. Temos de orar agora com muito fervor para estarmos preparados para as lutas do grande dia estabelecido por Deus. Devemos alegrar-nos na perspectiva de logo estar com Jesus nas mansões que Ele foi preparar para nós. Jesus pode suprir todas as vossas necessidades, se olhardes para Ele e confiardes nEle. Ao contemplá-Lo, ficareis encantados com as riquezas da glória de Seu amor divino. O amor idólatra das coisas que são vistas será suplantado por um amor mais elevado e superior pelas coisas que são imperecíveis e preciosas. Podeis meditar nas riquezas eternas até que vossas afeições se prendam às coisas lá do alto e sejais um instrumento para levar outros a colocarem suas afeições nos tesouros celestiais. Podeis ajudá-los a ver que o dinheiro gasto desnecessariamente é desperdiçado, e mais que desperdiçado; pois poderia ter sido usado para apresentar a verdade a pessoas prestes a perecer. Se o esbanjador for redimido, sê-lo-á por ser posto algo diante dele que lhe mostre o pecado de esbanjar os bens de seu Senhor. O Senhor requer que Seus servos incrementem os bens que deixou ao cuidado deles. Os talentos que lhes deu devem ser desenvolvidos pelo uso. O dinheiro colocado em suas mãos deve ser emprestado aos banqueiros. ... Aqueles que dão o devido valor ao dinheiro são os que vêem a sua utilidade para levar a verdade aos que nunca a ouviram, libertando-os desse modo do poder do inimigo. A pessoa que aceita a verdade verá desaparecer o seu amor pelas coisas terrenas. Vê a insuperável glória das coisas celestiais, e aprecia a excelência do que se relaciona com a vida eterna. Fica enlevada pelo que é invisível e eterno. Desfaz-se o seu apego às coisas terrenas; ela fixa o olhar com admiração nas glórias invisíveis do mundo celestial. Compreende que as provações produzem para ela eterno peso de glória muito mais excelente; e, em comparação com as riquezas que estão à sua disposição, considera-as como leves aflições que apenas duram um momento. — The Review and Herald, 23 de Junho de 1896.EXA 419.1